O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Yuri Garcia Piedade Kurylo (UNESA)

Minicurrículo

    Doutor e Mestre em Comunicação Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Coordenador do grupo de pesquisa “Transposições das Narrativas de HQ no Cinema”. Atua no grupo de pesquisa “Culturas Tecnológicas: medialidades, materialidades e temporalidades” coordenado pelo prof. Dr. Erick Felinto. Membro da ACCRJ – Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro e curador do Cineclube Silvia Oroz da Universidade Estácio de Sá. Autor do livro “Drácula: o vampiro camaleônico” (2014)

Ficha do Trabalho

Título

    O ESTRANHO UNIVERSO FÍLMICO DE H. P. LOVECRAFT

Resumo

    O presente trabalho introduz um breve levantamento de algumas incursões de H. P. Lovecraft no cinema. Enquanto a utilização de seus elementos costumam render filmes com boas críticas e bilheterias, as transposições das narrativas do autor parecem habitar nichos mais específicos, sobretudo em um âmbito considerado mais trash.. Através do estudo de autores que versam sobre o assunto e exemplos mais emblemáticos, demonstraremos esse estranho paradoxo no cinema e apresentando algumas hipóteses.

Resumo expandido

    O presente trabalho procura fazer um breve levantamento de algumas incursões do universo ficcional de H. P. Lovecraft no cinema. Criador de um panteão teratológico único, objetos profanos variados e uma perspectiva filosófica pessimista, apontando para a insignificância do humano diante de um cosmos aterrador, o escritor acaba se tornando um amplo material para apropriações cinematográficas. Dentre essa utilização das criações de Lovecraft no cinema, um curioso fenômeno toma forma. Enquanto uma massiva utilização de elementos lovecraftianos ganham contornos cada vez maiores em filmes com boas críticas e bilheterias, as transposições das narrativas do autor parecem habitar um nicho mais específico de filmes, sobretudo em um âmbito considerado mais trash do audiovisual. Através do estudo de alguns autores que versam sobre o assunto e alguns exemplos mais emblemáticos, demonstraremos esse estranho paradoxo no cinema e tentaremos ensaiar algumas possíveis hipóteses.
    Nascido na cidade de Providence em 1890, o escritor estadunidense faleceu em 1937 sem alcançar nenhum reconhecimento fora de um ciclo amador de produções. Com o passar do tempo, seu mundo imaginário do horror ganha maior repercussão, sendo um nome comumente encontrado em diversos meios da cultura contemporânea, sobretudo no cinema. No entanto, as criações lovecraftianas ganham contornos paradoxais nesse processo de apropriação midiática. O escritor desenvolve um panteão teratológico único e uma perspectiva filosófica do humano como insignificante em um universo hostil e indiferente à nossa existência.
    Diversos elementos de sua escrita são vistos rondando uma interessante gama de produções cinematográficas. Todavia, enquanto os filmes que versam com as criações encontradas no universo lovecraftiano sem se ater mais precisamente às suas histórias ganham uma maior visibilidade e repercussão, as transposições de seus contos parecem não conseguir atingir os mesmos resultados. Esse trabalho procura evidenciar alguns casos dessa curiosa apropriação de Lovecraft no cinema nas transposições diretas de suas obras e na utilização de elementos lovecraftianos de forma indireta outras.
    O artigo Lovecraft tel qu’en outsider le cinéma le change (2017) de Philippe Met apresenta uma pesquisa sobre Lovecraft no cinema e discute as questões que dificultam suas transposições, assim como aponta alguns filmes que parecem ter conseguido se utilizar da narrativa lovecraftiana ou se apropriar de alguns elementos de seu universo de forma mais eficiente.
    Talvez a linguagem de Lovecraft, suas criações e suas narrativas estejam destinadas a apropriações para o cinema trash, visto que é um terreno em que algumas das estranhezas que o autor apresenta poderiam se adaptar melhor. Apesar da noção de cinema trash ser um pouco ampla, nos apoiaremos em trabalhos como ‘Trashing’ the academy: taste, excess, and an emerging politics of cinematic style (1995) de Jeffrey Sconce, Enjoying trash films: Underlying features, viewing stances and experimental response dimensions (2016) de Keyvan Sarkhosh e Winifried Menninghaus e Changing Highbrow Taste: From Snob to Omnivore (1996) de Peterson e Kern como suporte teórico.
    O levantamento filmográfico será desenvolvido a partir dos livros The Complete H. P. Lovecraft Filmography (2001) de Charles P. Mitchell e The Lurker in the Lobby: A guide to the cinema of H. P. Lovecraft (2006) de Andrew Migliore e John Strysik. Outros filmes poderão ser acrescidos como complemento para identificar esse interessante fenômeno.
    Lovecraft é um autor paradoxal. Ao focarmos em suas transposições fílmicas, nos deparamos com uma variedade de películas consideradas trash. Todavia, a utilização de elementos lovecraftianos e/ou sua perspectiva filosófica pessimista parecem alcançar outros horizontes cinematográficos. Com breve levantamento de alguns filmes, vemos a mitologia lovecraftiana cada vez mais pregnante em nossa cultura e suas criações cada vez mais presentes no cinema.

Bibliografia

    MET, Philippe. H. P. Lovecraft tel qu’en outsider le cinéma le change. In: KELLY, G; MENEGALDO, G. (org.) Lovecraft au prisme de l’image: Littérature, cinema et arts graphiques. Cadillon: Le Visage vert, 2017. p.133-149.
    MIGLIORE, Andrew; STRYSIK, John. The Lurker in the Lobby: A guide to the cinema of H. P. Lovecraft. Portland: Night Shade Books, 2006.
    MITCHELL, Charles P.. The Complete H. P. Lovecraft Filmography. Westport: Greenwood Press, 2001.
    PETERSON, Richard A.; KERN, Roger M.. Changing Highbrow Taste: From Snob to Omnivore. American Sociological Review, Vol. 61, No. 5 (Oct., 1996), pp. 900-907.
    SARKHOSH, Keyvan; MENNINGHAUS, Winfried. Enjoying trash films: Underlying features, viewing stances,and experiential response dimensions. Poetics, Vol 57, August 2016, Pages 40–54 (1-15).
    SCONCE, Jeffrey. ‘Trashing’ the academy: taste, excess, and an emerging politics of cinematic style. Screen, vol. 36, issue 4, p.371-393, 1995.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br