O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Marta Cardoso Guedes (UFRJ)

Minicurrículo

    Doutoranda Educação UFRJ. Mestre Educação UFRJ. Especialista Psicomotricidade UNIIBMR. Professora Educação Física UGF. Atriz (DRT 20.318). Professora Educação Física Rede Municipal do Rio de Janeiro (SME). Professora Cursos de Pós-graduação da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD/UFRJ). Professora responsável pelo Projeto Cinema para Aprender e Desaprender (LECAV/UFRJ) na Escola Municipal Prefeito Djalma Maranhão no Rio de Janeiro.

Ficha do Trabalho

Título

    SUPER-8 E CINEMATECA DO MAM: A IMAGEM COMO CONDENSAÇÃO DE TEMPOS

Resumo

    Experiência de pesquisa com preservação de películas super-8 pelo projeto de cinema da escola do Vidigal (CINEAD) em parceria com a Cinemateca do MAM/RJ. Em 2017 encontramos imagens sobre a tentativa de remoção da favela do Vidigal na década de 1970, feitas por uma cineasta amadora em super-8. Em 2018, as imagens restauradas, são exibidas na mesma Cinemateca, visando a construção de uma memória coletiva (BENJAMIN, 2009) e a produção de um documentário como método historiográfico (LEANDRO, 2015).

Resumo expandido

    Em 2017, o projeto de cinema da escola promove o reencontro de antigos moradores/ativistas pela não remoção do Vidigal na década de 1970 e encontra imagens super-8 de uma cineasta amadora, guardadas por 40 anos em uma caixinha de isopor no armário de sua casa. Muitas dessas imagens feitas podiam estar danificadas pela ação do tempo devido às condições de armazenamento. “Submetidas à umidade e ao mofo dos armários, por exemplo, as imagens impressas nesses filmes ganharam manchas e outras cicatrizes do tempo, sem que seus guardiões pudessem perceber” (BOSI, 2016, p. 67). Assim, em dezembro deste mesmo ano nos reunimos na Cinemateca do MAM/RJ com Hernani Heffner (especialista em preservação e curador da Cinemateca), com o propósito de abrir a caixinha de isopor. De dentro dela, com odor característico de vinagre, emergiram filmes super-8, fotografias, fitas cassete e documentos da época. O material, doado pela cineasta amadora, passou a fazer parte do acervo da Cinemateca do MAM, sob o Lote da Associação dos Moradores do Vidigal.
    Em 2018, sob a tutela de Hernani, começamos o processo de recuperação do material. Foram algumas semanas limpando e preenchendo fichas de entrada dos filmes na cinemateca, telecinando e digitalizando todo acervo. O material, recuperado pelo projeto de cinema da escola, agora está preservado em 4 diferentes mídias. Super-8, Mini DV, HD, e salvo também em DVD. Foi assim que em 13 de agosto deste mesmo ano promovemos o evento Vidigal: imagens, memória e resistência nesta Cinemateca, que tornava-se para nós um lugar mágico, dada a natureza dos encontros que ali vivenciávamos. O evento contou com a presença dos antigos moradores/ativistas, dos estudantes do projeto de cinema da escola e do grupo de pesquisa do CINEAD/UFRJ. Os comentários durante a projeção revelavam emoção nas falas. A voz, por vezes embargada, lembrava momentos de luta, vitória e também de dor da perda de alguns que já não estão mais entre eles. Consonante com Benjamin (2009), a articulação histórica do passado não significa reconhecê-lo como de fato aconteceu, mas sim apropriar-se de uma recordação como ela relampeja no momento do perigo. A todo momento escutávamos soluços, risadas, cochichos, perguntas de reconhecimento e testemunhos advindos das imagens. “A imagem seria, portanto, o lampejo passante que transpõe, tal um cometa, a imobilidade de todo o horizonte” (DIDI-HUBERMAN, 2011, p. 117). Ao final da sessão muitas conversas, “causos” narrados, abraços apertados, troca de telefones, pois muitos haviam perdido contato entre si.
    A partir desta experiência na Cinemateca do MAM tornou-se imperativo, para além da escrita de nossa tese de doutorado, a realização de um documentário, pois as imagens e documentos do passado ajudam na elaboração de uma memória histórica e pessoal.
    Um método científico se distingue pelo fato de, ao encontrar novos objetos, desenvolver novos métodos – exatamente como a forma na arte que, ao conduzir a novos conteúdos, desenvolve novas formas. Apenas exteriormente uma obra de arte tem uma e somente uma forma, e um tratado científico tem um e somente um método (BENJAMIN, 2009, p. 515).

    Assim é que estamos em fase de produção de um documentário como um método historiográfico (LEANDRO, 2015). Nas filmagens, confrontaremos os entrevistados – testemunhas dos acontecimentos – com o material de arquivo encontrado, rodado em 1977, 1978. A imagem vista como uma condensação de tempos. “Não é que o passado lança sua luz sobre o presente ou que o presente lança sua luz sobre o passado; mas a imagem é aquilo em que o ocorrido encontra o agora num lampejo, formando uma constelação” (BENJAMIN, 2009, p.505). Vale lembrar ainda que a memória, sempre em disputa, é fundamental nas lutas, resistências e conquistas. Quais são as implicações de um encontro desta natureza no âmbito escolar? Este material pode ser utilizado na elaboração de uma memória coletiva e na educação permanente dos estudantes?

Bibliografia

    BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: editora da Universidade Federal de Minas Gerais. 2009

    BOSI, Maíra Magalhães. A cidade de Fortaleza nos filmes de família em super-8: representação imagética e construção de memória. 1º Colóquio Internacional de História Cultural da Cidade, Sandra Jatahy Pesavento. Sessão temática sensibilidade pgs. 560.572. Porto Alegre, 9-11 de março de 2015.

    DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos Vaga-Lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

    LEANDRO. Anita Montagem e história: Uma arqueologia das imagens da repressão. In: http://www.compos.org.br/biblioteca/artigo_com-autoria_compos-2015-3443f24d-7f10-4aaf-857c-1441b53a7204_2837.pdf. Acessado em 13 de abril de 2019.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br