O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    João Guilherme Barone Reis e Silva (PUCRS)

Minicurrículo

    Professor titular da PUCRS, pesquisador no PPGCOM da FAMECOS e docente no Curso de Produção Audiovisual. Doutor em Comunicação pela PUCRS (2005) e Mestre em Comunicação e Indústrias Audiovisuais pela Universidade Internacional da Andaluzia (1999). Coordenador do Laboratório de Pesquisas Audiovisuais, LaPav-PPGCOM-TECNA-PUCRS. Tem pesquisas e publicações em cinema e indústria audiovisual, tecnologias, cinema brasileiro, política.

Ficha do Trabalho

Título

    CINEMA, PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E TECNOLOGIA. SOBRE ORIGENS E DESCOBERTAS

Resumo

    Relato de um novo experimento da pesquisa Interseções tecnológicas, espaço e tempo. O bias do audiovisual, voltado para observações sobre as origens dos processos que possibilitaram a organização de padrões para a permanência da obra audiovisual no espaço-tempo inaugurado pelo cinema. A proposta é de revisitar o período inicial, de 1894-1905, em busca de evidências que demonstram a busca pelo controle do master como forma de assegurar a produção de cópias.

Resumo expandido

    Este novo experimento da pesquisa Interseções tecnológicas, espaço e tempo. O bias do audiovisual, é voltado para observações sobre as origens dos processos que possibilitaram a organização de padrões para a permanência da obra audiovisual no espaço-tempo inaugurado pelo cinema. A proposta é de revisitar o período inicial, de 1894-1905, em busca de evidências que demonstram a busca pelo controle do master como forma de assegurar a produção de cópias. A posse e a guarda do master é o que dá início ao patrimônio das primeiras companhias cinematográficas nesse período. Para tanto, surgem as tecnologias que permitem o arquivamento e preservação dos masters, essenciais para a confecção e distribuição de cópias ao circuito exibidor nascente – e em expansão- igualmente operado pelas companhias produtoras. São estas tecnologias, baseadas na configuração físico-química do suporte fílmico, que possibilitam um avanço sistemático da circulação espacial da obra cinematográfica e a sua permanência no tempo. Logo, o pressuposto é de que a organização dos primeiros arquivos fílmicos, corresponde ao processo de construção do patrimônio das empresas, antecedendo uma preocupação com a memória e a preservação, que se configura somente com o surgimento das cinematecas, na década de 1930 (exceção da França, com iniciativas em 1926). Na sistematização desta pesquisa, operamos uma transposição dos enunciados de Harold Innis(1991) para o campo audiovisual, na busca dos indicadores de um bias tecnológico que nasce e se desenvolve com o cinema e fornece padrões para o audiovisual. Nesse sentido, é a configuração fisica do suporte fílmico, como decorrência de diferentes interseções tecnológicas (física, química, mecânica), a determinante das suas condições de circulação espacial e permanência no tempo. Importante notar a transição ocorrida entre 1894 e 1905, período que corresponde a uma gênesis industrial do cinema, quando o foco da atividade desloca-se da venda de equipamentos – câmeras e projetores- para a exploração do espetáculo público cinematográfico. Essa condição, corresponde igualmente ao interesse crescente do público pelos filmes e pressupõe a expansão do negócio com a produção diversificada de títulos, cuja maior circulação se concretiza pela quantidade de cópias alcançada. Tal deslocamento pode ser observado nas trajetórias de Tomás Edison e dos Irmãos Lumièré. Ambos acreditaram inicialmente que os resultados viriam da venda de equipamentos e, em pouco tempo passaram a atuar também como produtores de seus próprios filmes, aferindo lucros mais substanciais com a venda de cópias. Muitos são os relatos dispersos sobre filmes cujos negativos foram destruídos em decorrência do desgaste pela grande confecção de cópias. Caso emblemático é o do pioneiro da indústria cinematográfica do Reino Unido, Sessill Hepworth, ao produzir o filme Rescued by a Rover, em 1905, conforme registro no Episódio 1 da série Cinema Europa (Kevin Brownlow e David Gill, Reino Unido – Alemanha, 1995). Dirigido por Luanne Fitz Heymann, com orçamento de sete libras esterlinas, contava a história do sequestro de um bebe por uma cigana e o seu resgate pelo cão da família. Inovador pelo uso da montagem para criar a tensão necessária a um filme de suspense, as vendas mundiais de cópias foram equivalentes a um blockbuster. Para atender a grande demanda, foram necessárias duas refilmagens, uma vez que os negativos não suportavam o desgaste do processo de copiagem intensa. Neste relato, a evidência da alta capacidade de reprodutibilidade técnica do suporte fílmico, no mais absoluto sentido Benjaminiano. Ao mesmo tempo, o indicador do início de um aprendizado que leva ao estabelecimento de um ambiente tecnológico especifico, capaz de assegurar a guarda, a preservação e o correto arquivamento dos negativos, bem como a confecção de cópias em grande escala. Notar ainda que neste período, o cinema já circula regularmente entre continentes.,

Bibliografia

    ACLAND, R. Charles and BUXTON, William J. (editors). Harold Innis in the new century. Reflections and refractions. McGill-Queen`s University Presss. 1999.
    BARONE, João Guilherme B. Reis e Silva. Notas sobre o bias tecnológico do cinema. In: CATANI, Afrânio Mendes; FABRIS, Mariarosaria; GARCIA, Wilton. (Org.). Estudos de Cinema SOCINE Ano VI. São Paulo: Nojosa.
    BENJAMIM, Walter. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: Benjamim e a obra de arte. Técnica, imagem, recepção. CAPISTRANO, Tadeu (org.). – Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
    INNIS, Harold A. The Bias of Communication. University of Toronto Press. Toronto, 1991.
    METZ, Cristian. Linguagem e Cinema. Ed. Perspectiva. São Paulo, 1980.
    RAMOS, Fernão Pessoa. Mas, afinal, o que sobrou do cinema. A querela dos dispositivos e o eterno retorno ao fim. In, Cinemas em Redes. Tecnologia, estética e política na era digital. SOBRINHO, Gilberto Alexandre (org.)- Campinas, SP: Papirus.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br