O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Ana Maria Acker (ULBRA)

Minicurrículo

    Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e mestre pela mesma instituição. Professora dos cursos de Comunicação e Gestão Pública (EAD) da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA. É bacharel em Comunicação Social – Jornalismo e especialista em Cinema pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos. É autora do livro Experiências estéticas do futebol no cinema brasileiro, lançado pela editora Appris em 2018.

Coautor

    Juliana Monteiro (UAM)

Ficha do Trabalho

Título

    Subterrâneos do horror e experiência em Amizade Desfeita 2 – Dark Web

Mesa

    História (s) do horror mundial: estética, tecnologia e convergências

Resumo

    A proposta investiga características de estilo, peculiaridades narrativas e de experiência com o desconhecido (THACKER, 2011 e 2015) no subgênero desktop horror, filmes por interface de computador ou múltiplas telas. Amizade Desfeita 2 – Dark Web (2018), de Stephen Susco, é a produção para a análise da fruição estética e seus desdobramentos tecnológicos. A abordagem da apropriação criminosa da internet se aproxima das reflexões de Thacker sobre a escuridão no horror e os limites do pensamento.

Resumo expandido

    A partir da observação da câmera subjetiva diegética, o aparelho sem olho humano e a imagem técnica como constituidora de ambiências no horror found footage (ACKER, 2017), a proposta investiga transformações de estilo, peculiaridades narrativas e de experiência com o desconhecido (THACKER, 2011 e 2015) no subgênero desktop horror ou screenlife/social media horror (LARSEN, 2019). Esses filmes se apresentam por interface de computador ou múltiplas telas e demandam uma atenção particular aos planos e respectivos limites (LARSEN, 2019), uma vez que vários quadros narrativos se abrem em uma situação familiar à experimentada pelos espectadores em artefatos de uso cotidiano. Tais realizações podem ser categorizadas, ainda, como falsos found footage de horror. Amizade Desfeita 2 – Dark Web (2018), de Stephen Susco, é a produção para a análise da fruição estética e seus desdobramentos tecnológicos. Destacando-se pela relação performática entre os personagens, o longa-metragem distingue-se pela simulação do espaço hipermediado da web. Fotos e pastas na área de trabalho, o movimento do cursor do mouse, a múltipla utilização de redes sociais, sites desconhecidos, vídeos misteriosos, aplicativo de música e conversas via videoconferência, estão acumulados na tela como camadas de ação que, em determinados momentos, são convocados para o primeiro plano do quadro pelo personagem principal. Essa visualidade leva a um achatamento da imagem e se descola da tradição da perspectiva ou câmera subjetiva diegética, algo comum nos filmes de falsos registros documentais. Transcorrendo em tempo contínuo, tencionando compor um longo plano sequência, Amizade Desfeita 2 – Dark Web apresenta personagens que controlam os principais elementos estilísticos a fim de desvincular o longa de uma produção cinematográfica industrial e simular um evento real. O uso do suposto tempo real não é novo e sugere mais estranhamento do que medo. O filme repete a configuração que consagrou o predecessor – Amizade Desfeita (2014), dirigido por Levan Gabriadze – porém abandona a temática sobrenatural do primeiro, com o espírito vingativo na rede virtual, para adentrar no universo obscuro da Dark Web – apropriação criminosa da internet por meio do uso de protocolos não rastreados. Essas ações ocorrem pela Darknet, que não necessariamente é ilegal. As manifestações nebulosas pela rede acontecem por sistemas criptografados, com roteamento anônimo, poucas aplicações e visibilidade escondida (AKED; BOLAN; BRAND, 2013). Em Amizade Desfeita 2, a web profunda possui aspectos ainda mais sinistros que envolvem vigilância, jogos sádicos e assassinato. Embora o horror realista seja explorado, uma vez que a Dark Web existe, a obra remete, de certa forma, à relação entre sobrenatural e tecnologia, algo bastante comum no século XIX e com rastros na contemporaneidade (ANDRIOPOULOS, 2014). A interface proibida, com referências ao mundo subterrâneo da mitologia grega, se abre em espiral e aniquila quem por ela navega. É impossível sobreviver fora da Dark Web tendo entrado em contato com os seus mecanismos, expressados no filme na figura de caronte, barqueiro que leva os espíritos pelo Rio Estige até o reino de Hades. Os personagens lutam contra um inimigo oculto, que age nas sombras, e, uma vez acionado, se vale de mecanismos de vigilância, que levam todos a um desfecho mortal. Conforme Eugene Thacker (2015), o que assombra o conceito de escuridão no horror é a possibilidade de pensar o impossível. Há um limite para o conhecimento humano, algo inalcançável. “Isso sugere que não há nada fora, e que este nada-fora é absolutamente inacessível. […]. Não há nada, e isso não pode ser conhecido” (THACKER, 2015, p. 42). A internet profunda em Amizade Desfeita 2 traz percepções acerca de um limite cognitivo para o desconhecido do mundo, no caso em estudo, na rede. Assim, a estratégia narrativa se potencializa diante da certeza de um abismo que é assustadoramente real.

Bibliografia

    ACKER, Ana M. O dispositivo do olhar no cinema de horror found footage. Tese de doutorado, PPGCOM, UFRGS. Abr., 2017.

    AKED, Symon; BOLAN, Christopher; BRAND, Murray. Determining what characteristics constitute a darknet. 11th Australian Information Security Management Conference, Australia, December, 2013

    ANDRIOPOULOS, Stefan. Aparições espectrais: O idealismo alemão, o romance gótico e a mídia óptica. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.

    LARSEN, Miranda R. Desktop horror and captive cinema. Blog of Henry Jenkins. Feb. 2019.

    MONTEIRO, Juliana. Aventuras do dispositivo no ambiente online: uma análise do filme Amizade Desfeita. Dissertação de Mestrado em Comunicação, Anhembi Morumbi. Mar. 2018

    THACKER, Eugene. In the Dust of this Planet. [Horror of Philosophy, vol. 1]. Washington, USA: Zero Books, 2011.

    ______. Starry Speculative Corpse. [H. of P., vol. 2]. Washington, USA: Zero Books, 2015.

    ______. Tentacles Longer Than Night. [H. of P., vol. 3]. Washington, USA: Zero Books, 2015

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br