O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Filipe Brito Gama (UESB)

Minicurrículo

    Graduado em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande, Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos. Professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia nas áreas de Produção, Economia e Mercado, Políticas do Cinema e Documentário. É realizador e atualmente coordena o projeto de pesquisa intitulado Mapeamento e Análise do mercado exibidor na Bahia: um estudo sobre os segmentos de mercado.

Ficha do Trabalho

Título

    O Parque exibidor no Interior da Bahia contemporânea

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    É significativo o crescimento do número de salas de cinema no Brasil, nos últimos anos, mas são poucas as cidades do interior que as possuem. Este trabalho tem como objetivo analisar o cenário atual do mercado de salas de cinema no interior da Bahia e as características do parque exibidor nos diversos municípios do estado, observando a predominância dos complexos cinematográficos no shoppings centers locais.

Resumo expandido

    Nas últimas duas décadas, observa-se um significativo crescimento no número de salas de cinema no Brasil, superando a crise do mercado exibidor vivida nas décadas de 80 e 90, período que sucedeu o fechamento de diversos cinemas no país, fazendo com que “cidades pequenas que tinham apenas 1 ou 2 telas ficaram sem nenhuma, a ponto de apenas 7% dos municípios brasileiros possuírem salas” (ALMEIDA; BUTCHER, 2003). Se, em 1995, foram registradas apenas 1.033 salas, em 2018 este número sobe para 3.356, em 812 complexos. Porém, diferente dos anos 70, quando há uma efetiva quebra dos monopólios e o estabelecimento de um mercado fortalecido e segmentado (DE LUCA, 2010), chegando a 3.276 salas em 1975, hoje, estas salas estão concentradas nas grandes e médias cidades, em complexos multiplex, contando com a presença de grandes grupos exibidores. (IKEDA, 2015). Mas o aumento do número de salas de cinema não repercute necessariamente na ampliação de número de municípios com cinemas. De acordo com o Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro 2017 da Ancine, dos 5.570 municípios, apenas 396 possuíam salas (7,1%), e a maior parte delas está em cidades acima de 500 mil habitantes, contando também com forte crescimento nas cidades entre 100 e 500 mil. Há hoje um mercado crescente, mas concentrado, bem diferente da realidade da década de 1970.
    A Bahia também conviveu com o fechamento de cinemas no período de crise do mercado exibidor, mas na última década o número de salas volta a crescer, passando de 56, em 2001, para 72, em 2008, e chegando a 114, em 2018, se tornando hoje o estado do Nordeste com maior número de municípios com cinemas, totalizando 16. Dessas salas, 63 estão em Salvador, contando com a presença de grandes complexos em shoppings, tais como: o UCI Orient do Shopping Bahia (12 salas), o Cinemark Salvador Shopping (10 salas) e o Cinépolis Bela Vista (09 salas). A cidade ainda conta com cinemas com perfil de programação diferentes, salas que pertencem ao “circuito de arte”, como o grupo Sala de Arte e o Espaço Itaú Cultural.
    Das 15 cidades do interior com cinema, 04 são municípios com até 100 mil habitantes: Guanambi, Luís Eduardo Magalhães, Serrinha e Cachoeira. Neste cenário se destaca a empresa Cinemas Premier, especializada em cinemas no interior, operando na Bahia em Guanambi, Luís Eduardo e Barreiras. Em Serrinha o cinema já está localizado no shopping e é operado pela Orient, uma das principais empresas do mercado exibidor do Nordeste. O Cine-Teatro Cachoeirano, em Cachoeira, é um caso singular, sendo o único do interior a funcionar em um prédio tombado de um antigo cinema, com programação além dos filmes. Nas cidades acima de 100 mil habitantes, observa-se a predominância dos complexos em shoppings. Os cinemas de rua estão em cidade como Alagoinhas (Cine Laguna), Eunápolis (Cine Hobby), Barreiras (Premier), Ilhéus e Teixeira de Freitas (ambos com Cine Filmes). Já em Santo Antônio de Jesus (Cine Itaguari), Porto Seguro (Cine Filmes) e Teixeira de Freitas (Cinesercla), seus cinemas estão localizados em shoppings locais.
    Nas maiores cidades do interior da Bahia, a realidade se aproxima das capitais: complexos Multiplex que operam em shoppings, buscando atender a um alto padrão de conforto e qualidade de imagem e som. Em Camaçari e Juazeiro, os cinemas são do Cinemark (maior grupo exibidor do Brasil em 2018). Feira de Santana e Vitória da Conquista possuem 09 salas de cinema cada, divididas em dois complexos, localizados em shoppings, e operados por empresas nacionais de grande e médio porte (LB Cinemas e Orient em Feira e Centeplex e Moviecom em Conquista). Observa-se que, de maneira geral, os cinemas do interior da Bahia seguem dois perfis distintos: em cidades de médio porte, mantém-se a lógica do multiplex, com grandes grupos exibidores nacionais e estrangeiros. Nas cidades menores, vê-se maior diversidade, com salas de cinemas em shoppings e fora deles, operadas por empresários locais ou pequenos grupos exibidores.

Bibliografia

    ALMEIDA, Paulo Sergio; BUTCHER, Pedro. Cinema, desenvolvimento e mercado. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2003.
    ANCINE. Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro: 2017. Agência Nacional do Cinema – Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. 2018.
    ANCINE. Listagem de complexos de exibição por município e UF 2018. Agência Nacional do Cinema – Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. 2019.
    BARONE, João Guilherme. Sessões do Imaginário. Exibição, crise de público e outras questões do cinema brasileiro. Porto Alegre, nº 20, Dez. 2008.
    FILME B. Database Brasil 20 anos de mercado. Filme B: 2017.
    LUCA, Luiz Gonzaga Assis de. Mercado exibidor brasileiro: do monopólio ao pluripólio. In: MELEIRO, Alessandra. (org.). Cinema e mercado. São Paulo: Escrituras Editora, 2010. p. 53-73.
    IKEDA, Marcelo. Cinema brasileiro a partir da retomada: aspectos econômicos e políticos. São Paulo: Summus, 2015.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br