O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Wilton Garcia Sobrinho (FATEC / UNISO)

Minicurrículo

    Pesquisador e artista visual, possui graduação em Letras pela PUC-SP; Mestrado e Doutorado em Comunicação pela ECA-USP; e Pós-Doutorado em Multimeios pelo IA-UNICAMP. Professor da FATEC-Itaquá/SP e do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da UNISO. Desenvolve pesquisa sobre artes, corpo, cinema, fotografia, homoerotismo e estudos contemporâneos. É autor de “Feito aos poucos_anotações de blog” (2011), entre outros, e membro Socine desde 1998.

Ficha do Trabalho

Título

    Diversidade Videoclipe em Paraíso Perdido: anotações e memórias

Resumo

    Este texto expõe uma leitura a respeito do tema Diversidade Videoclipe (DV), por diferentes facetas no filme brasileiro “Paraíso Perdido” (2017), com direção de Monique Gadenberg. A trama aborda passagens singulares ilustradas por um conjunto especial de canções brasileiras, ao explorar afeto, corpo, erótica, performance e fetiche como categorias estratégicas. Os resultados dessa escrita ensaística sobre a DV privilegiam a produção de conhecimento e subjetividade no campo do cinema atual.

Resumo expandido

    O cinema atual apresenta-se recheado de possibilidades inusitadas. A criatividade exposta pela cultura brasileira, por exemplo, abre espaço para singularidades, cujo peculiar se faz recorrente. Trata-se de observar a qualidade inventiva do criar; em um espaço de agenciamento/negociação da representação humana. E no campo atual do cinema não é diferente, pois tentativas são expostas quase que diariamente nas salas de cinema do país. São apostas que nem sempre dão certo, mas estão na cena cinematográfica para tentar iluminar “novos/outros” caminhos.

    Este texto expõe uma leitura a respeito do tema Diversidade Videoclipe (DV) por diferentes facetas no filme brasileiro “Paraíso Perdido” (2017), dirigido por Monique Gadenberg. O enredo mostra um clube noturno, movimentado por apresentações musicais. Nele, um policial é contratado para ser segurança particular. Entre o agente e o clã de artistas eloquentes revelam-se nós surpreendentes, uma vez que movimentos oscilatórios de circunstâncias deslizantes estendem valores humanos.

    Na película, a música brega incorpora o kitsch para acrescentar uma (re)dimensão entre o brega, o cafona, o alegórico, entre outras. Pautada por baladas românticas, a trama aborda passagens singulares ilustradas por um conjunto especial de canções brasileiras, ao explorar afeto, corpo, erótica, performance e fetiche como categorias estratégicas.

    Nos (re)cortes dessa narrativa, (dis)junções transversais afrouxam (des)territorialidades nessa proposição DV como tecido estratégico de transversalidades. Nesse caso, a DV ocupa um lugar no mundo e, também, constitui condições adaptativas do sujeito que envolve sua extensão para com o/a Outro/a. O uso de mensagens desafiadoras com a DV convida o/a espectador/a a refletir sobre alteridade e diferença. Isso (retro)alimenta estrategicamente a produção de conteúdos, para ultrapassar o sistema hegemônico (EAGLETON, 2016), perante as mediações da linguagem videoclipe (CANCLINI, 2016).

    Do ponto de vista estrutural do roteiro, artimanhas paradoxais e contraditórias aproximam técnicas do discurso cinematográfico (com profundidade visual, por exemplo) e da linguagem videoclipe – fragmentada, não-linear e/ou paródica. Pautada por deslocamentos e flexibilidades, imagem e som intermediam uma disputa emblemática/simbólica dos enunciados (BARROS, 2017; MACHADO, 2000), com as canções românticas performatizadas no palco da boate – em formato de blocos narrativos. Para evitar qualquer descompasso com a realidade, a dinâmica dessa linguagem intercala a música com os fatos: o que provoca a DV.

    O filme “Paraíso Perdido” possibilita examinar situações contundentes para exemplificar a diversidade como produção cultural desdobrada pela produção de conteúdo na internet, por exemplo. Embora aponte, como produção cultural, para as dinâmicas estratégicas de sua (re)dimensão performativa cinematográfica, diante da política identitária de afeto, corpo, erótica e fetiche que fortalece essa DV.

    Dessa maneira, os estudos contemporâneos (GUMBHRECHT, 2015) aproximam os estudos culturais (EAGLETON, 2016; HALL, 2016; YÚDICE, 2016) e as tecnologias emergentes (QUINTARELLI, 2019), ao promover uma dinâmica de atualização e inovação. Com isso, o percurso metodológico, neste estudo, ancora-se em uma leitura crítico-reflexiva com três níveis distintos, porém complementares: observar, descrever e discutir fragmentos dessa narrativa cinematográfica. Esses níveis arquitetam o modus operandi dessa leitura fílmica, a fim de explorar aspectos econômicos, identitários, socioculturais e/ou políticos.

    Os resultados dessa escrita ensaística (CANCLINI, 2016) sobre a DV privilegiam a produção de conhecimento e subjetividade no campo do cinema atual. Trata-se de um esforço – como desafio da linguagem emergido na perspectiva fílmica.

Bibliografia

    BARROS, L. M. de O giro lúdico na experiência estética audiovisual musical. In: Anais do XXVI Encontro Anual da Compós. Faculdade Cásper Líbero, São Paulo-SP, 06 a 09 de junho de 2017.

    CANCLINI, N. G. O mundo inteiro como lugar estranho. São Paulo: EdUSP, 2016.

    EAGLETON, T. A morte de Deus na cultura. Rio de Janeiro: Record, 2016.

    GUMBRECHT, H. U. Nosso amplo presente: o tempo e a cultura contemporânea. São Paulo: Unesp editora, 2015.

    HALL, S. Cultura e representação. Rio de Janeiro: PUC-Rio : Apicuri, 2016.

    MACHADO, A. A televisão levada a sério. São Paulo: Senac, 2000. p. 173-196.

    QUINTARELLI, S. Instruções para um futuro imaterial. São Paulo: Elefante, 2019.

    YÚDICE, G. Os desafios do novo cenário midiático para as políticas públicas. Observatório, São Paulo, Itaú Cultural, n. 20, p. 87-113, jan/jun 2016.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br