O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Matheus José Pessoa de Andrade (UFPB)

Minicurrículo

    Matheus Andrade é professor de Fotografia Cinematográfica do curso de Cinema e Audiovisual do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba; Doutorando do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação da UFPB. Áreas de interesse: fotografia, documentário e memória. Publicou os livros: Documentário Paraibano: modos de representação (e-book, 2016, org.), REC: uma iniciação à filmagem (Editora Ideia, 2013) e O sertão é coisa de cinema (Marca de fantasia, 2008).

Coautor

    Fernando Trevas Falcone (UFPB)

Ficha do Trabalho

Título

    Manoel Clemente: memórias da direção de fotografia na Paraíba

Seminário

    Teorias e análises da direção de fotografia

Resumo

    A história da direção de fotografia no Brasil está em construção, principalmente pela diversidade de práticas cinematográficas que ocorreram no país. Na Paraíba, a produção de referência é o ciclo de documentários da década 1960. Nesse contexto, Manoel Clemente estreou como diretor de fotografia, tendo trabalhado em obras importantes do cinema nacional. Nossa proposta, portanto, consiste em resgatar as memórias da trajetória do fotógrafo, sobretudo analisando as especificidades do seu trabalho.

Resumo expandido

    A presente pesquisa consiste na construção das memórias do diretor de fotografia paraibano Manoel Clemente da Penha. Nascido em João Pessoa, na década de 1940, o fotógrafo é dono de uma trajetória significativa no desenvolvimento do cinema paraibano. Entretanto, constatamos, de início, a ausência de registros sobre seu tratado enquanto fotógrafo cinematográfico.
    Quando Aruanda (Linduarte Noronha, 1960) entra em cena no cinema brasileiro, a fotografia de Rucker Vieira chama a atenção por sua ousadia estética, rompendo as convenções e ressaltando a luminosidade sertaneja. O recurso de destelhar os ambientes para a luz ser vista em contraste com as sombras indicava novos caminhos para a imagem cinematográfica. Além da sua força temática e ousadia narrativa, propondo uma ruptura da linha que separava ficção e documentário, as escolhas de planos contribuem de maneira decisiva com sua relevância fotográfica. Ao tempo que inaugura o Ciclo do Documentário Paraibano, Aruanda abriu uma nova perspectiva para a fotografia brasileira, que podemos ver nos estouros de luz articulados por Luis Carlos Barreto em Vidas Secas, por exemplo.
    Na Paraíba, o nome que vai se destacar na feitura da fotografia cinematográfica em sintonia com as novas demandas estéticas do cinema será o de Manoel Clemente. Vindo do fotojornalismo, atuando no jornal A União, Clemente inicia-se no cinema como assistente de fotografia de Hans Bantel em Romeiras da Guia (João Ramiro Mello/Vladimir Carvalho, 1962).
    Em seguida, estreia como diretor de fotografia no curta-metragem A Bolandeira (Vladimir Carvalho, 1968), no qual demonstra seu rigor na captação dos movimentos daquela estrutura arcaica que extraia, a partir da tração animal, o sumo da cana-de-açúcar. Aspectos decisivos para a poeticidade do filme, sendo o reconhecimento do seu potencial enquanto fotógrafo e operador de câmera. No longa-metragem O País de São Saruê (Vladimir Carvalho, 1971) a precariedade da produção obriga Clemente a utilizar negativos de diferentes procedências, alguns até de qualidade duvidosa. A fotografia acompanha a própria escassez material do sertão paraibano da época e faz do Sol uma personagem decisiva na construção de um painel sobre as potencialidades e as desigualdades da sociedade daquele lugar. No mesmo ano, fotografou o longa-metragem Fogo: o salário da morte (Linduarte Noronha, 1971), o primeiro filme de ficção feito na Paraíba.
    Nos anos 1980, seu trabalho fotográfico em Nau Catarineta (Manfredo Caldas, 1987) é decisivo para que o filme consiga captar a beleza, o colorido e a coreografia da manifestação folclórica da cidade portuária de Cabedelo. Com sua agilidade corporal, Clemente insinua sua câmera entre os integrantes da dança, sendo um registro importante para a cultura popular da Paraíba.
    Figura-chave no processo de surgimento de uma nova geração de realizadores do cinema paraibano, ele participou do Ciclo do Super-8 produzido pelo NUDOC (Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB). Em 24 Horas (Marcus Vilar, 1987) e Itacoatira – A Pedra no Caminho (Torquato Joel, 1987) exerce a função de diretor de fotografia já numa fase da sua carreira em que o trabalho no set tem como desdobramento a atuação em sala de aula, como professor das disciplinas de fotografia, documentário e realização audiovisual nos cursos de Comunicação da UFPB. Trata-se, enfim, de uma referência na formação de diretores de fotografia paraibanos, oriundo das suas atividades docente e de sua filmografia.
    Assim, para a pesquisa que aqui se apresenta, como metodologia, partimos da revisão bibliográfica, na qual, inicialmente, percebemos a ausência de suas memórias, principalmente ao confrontarmos com uma entrevista concedida pelo próprio fotógrafo. Resultando, também, num convite a revisarmos a filmografia de Manoel Clemente, empreendendo um olhar analítico sobre suas imagens, destacando sua habilidade com a luz natural.

Bibliografia

    AMORIM, Lara; FALCONE, Fernando Trevas. Cinema e memória: o super-8 na Paraíba nos asno 1970 e 1980. João Pessoa: Editora da UFPB, 2013.
    CARVALHO, Vladimir. O País de São Saruê. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1986.
    CARVALHO, Vladimir. Jornal de Cinema. São Paulo: É Tudo Verdade. Festival Internacional de Documentários, 2015.
    GAUTHIER, Guy. O documentário: um outro cinema. Campinas, SP: Papirus, 2011.
    HOLANDA, Karla. Documentário nordestino: mapeamento, história e análise. São Paulo: Annablume, 2008.
    LEAL, Wills. Cinema na Paraíba, Cinema da Paraíba. João Pessoa: Edição do Autor, 2007.
    MARINHO, José. Dos homens e das pedras: o ciclo do cinema documentário paraibano (1959-1979). Niterói, RJ: Eduff, 1998.
    MATTOS, Carlos Alberto. Vladimir Carvalho: pedras na lua e pelejas no planalto. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br