O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Cristiane da Silveira Lima (UFSB)

Minicurrículo

    Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da UFMG. Realizou estágio doutoral no Départment d’Histoire de l’Art et d’Études Cinématographiques, da Université de Montréal – Canadá, no âmbito do laboratório de pesquisa La Création Sonore – Cinéma, Arts Médiatiques et Arts du Son (PDSE/CAPES). É pesquisadora da SOCINE e coordenadora do programa de extensão Imagina! Circuito Permanente de Audiovisual.

Ficha do Trabalho

Título

    Circulação audiovisual e formação de público no interior da Bahia

Resumo

    Em atividade desde 2018 na UFSB, o programa de extensão Imagina! Circuito Permanente de Audiovisual tem como objetivo promover os circuitos alternativos de exibição e a formação de público na região do sul da Bahia. Neste trabalho, propomos um relato teórico e crítico acerca desta experiência prática, buscando refletir sobre as potências e os desafios de se atuar com o audiovisual neste território e contribuir para a implementação de uma universidade pública que pretende ser inclusiva e popular.

Resumo expandido

    Em atividade desde abril de 2018, o Imagina! Circuito Permanente de Audiovisual é um programa de extensão vinculado à Universidade Federal do Sul da Bahia, na cidade de Porto Seguro. Concebido com o objetivo promover os circuitos alternativos de exibição audiovisual e contribuir para a formação de público na região do extremo Sul da Bahia, o programa atualmente abrange quatro projetos: o Imagina! Apresenta, voltado à realização de sessões de cinema ou mostras temáticas, sempre com bate-papo após as exibições, num formato mais próximo à atividade cineclubista; o Imagina! Reverbera, voltado às experimentações de formatos de exibição e fruição das obras, buscando reverberações entre o audiovisual e outras artes, particularmente as artes sonoras; o Imagina! Oficinas: voltado à oferta de workshops e minicursos de capacitação ou atualização, com foco na dimensão prática da realização audiovisual e o F.EST.A – Festival Estudantil de Audiovisual, voltado à produção audiovisual estudantil, aberto a inscrições de todo o estado da Bahia, em formato itinerante, realizado, a cada ano, em uma escola pública de ensino médio.

    Mariella Pitombo Vieira e Milene de Cássia Silveira (2017), em estudo recente, discutem como se dão os circuitos alternativos no território baiano e destacam a importância das mostras e festivais para a qualificação profissional na região. Além disso, explicam que esses circuitos são espaços significativos para a produção audiovisual contemporânea brasileira, que muitas vezes não encontram seus públicos das salas de exibição comerciais tradicionais. Paulo Corrêa (2019), por sua vez, nos oferece o seguinte panorama: em 2018 foram registrados 356 festivais em todo o país. Destes, apenas 88 ocorreram na região nordeste, número bastante inferior à região sudeste, que totalizou 143 no mesmo ano. Entre os estados do nordeste, a Bahia ocupa o segundo lugar, tendo realizado 20 festivais. Estes festivais ocorreram em Salvador, Cachoeira, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Luís Eduardo Magalhães, São Francisco do Conde e Porto Seguro. Destes, a maioria são estreantes, como é o caso do F.EST.A – Festival Estudantil de Audiovisual, único festival da região com abertura de chamada de trabalhos.

    Apesar da escassez de equipamentos culturais e políticas públicas relacionadas ao audiovisual na região do sul da Bahia, o que se observa é que começam a surgir iniciativas nesse sentido. Percebe-se que há uma grande demanda da população por projetos desta natureza e um enorme potencial ainda por ser desenvolvido na região. Mas o que significa, afinal, formar público a partir do cinema neste território? Como o cinema poderia contribuir para um projeto de universidade inclusiva, popular, que almeja contribuir para o desenvolvimento humano e a transformação de uma dada região, como é o caso da UFSB?

    A partir da leitura de Jean-Louis Comolli (2008), ao caracterizar a experiência do espectador de cinema, e Jacques Rancière (2017), acerca do espectador emancipado, buscaremos discutir os sentidos relacionados à experiência de se ver um filme. Se o espectador de cinema possui a capacidade de fazer associações e dissociações, traçando um percurso próprio diante de uma obra (Rancière, 2017), é no encontro das múltiplas capacidades e sensibilidades dos vários sujeitos que compõem um coletivo é que se forma um público ou uma comunidade de espectadores (Guimarães, 2015). Assim, atuar para a formação de público vai muito além de formar consumidores ou frequentadores, trata-se antes de instaurar espaços de partilha em torno das imagens, onde é possível ver junto e estar exposto às multiplicidades e alteridades. É na clivagem entre o saber e o não saber, entre o visível e o invisível (Comolli, 2008), entre as singularidades dos vários sujeitos que – reunidos, postos em relação com um filme e também com os outros – é que um público pode ser construído, formado, imaginado enfim.

Bibliografia

    BARONE, J. G. Exibição, crise de público e outras questões do cinema brasileiro. Diversidade Cinematográfica. Porto Alegre, n.20, dezembro/2008. Famecos/PUCRS, pp. 6-11.
    COMOLLI, J-L. Cinema contra o espetáculo. Catálogo Fórumdoc.bh – 2001. Belo Horizonte, Filmes de Quintal, 2001. pp.127-130.
    CORRÊA, P. V. L. Os Festivais/Mostras Audiovisuais Brasileiros em 2018: Geografia e Virtualização. São Paulo, Kinoforum, 2019. 150p. (online) https://issuu.com/pauloluzcorrea/docs/v1_os_festivais-mostras_audiovisuai
    GUIMARÃES, C. O que é uma comunidade de cinema? Revista Eco-Pós, Arte, Tecnologia e Mediação. V. 18, N. 1, 2015, pp.45-56.
    MIGLIORIN, C. Cinema e escola, sob o risco da democracia. Disponível em:
    http://www.fe.ufrj.br/artigos/n9/9_posfacio_cinema_e_escola_104_a_110.pdf. Acesso
    em: 22 jul. 2015.
    RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br