O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Eduardo Antonio de Jesus (UFMG)

Minicurrículo

    Eduardo de Jesus integra o Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da UFMG. Publicou “The Reterritorializations of Urban Space in Brazilian Cinema” no livro “Space and Subjectivity in Contemporary Brazilian Cinema” (Palgrave Macmillan, 2017) e organizou a publicação da pesquisa desenvolvida por Walter Zanini “Vanguardas, desmaterialização e tecnologias na arte” interrompida com seu falecimento em 2013, (Martins Fontes, 2018).

Ficha do Trabalho

Título

    Potências heterotópicas da imagem em movimento

Seminário

    Interseções Cinema e Arte

Resumo

    A imagem em movimento está presente em inúmeras propostas artísticas .Nesse contexto de múltiplas formulações, estratégias e processos de inserção da imagem em movimento na arte contemporânea que tomamos a exposição MitoMotim (São Paulo, 2017) para refletir sobre como os discursos curatoriais podem produzir espaços expositivos que em suas formulações reafirmam e enfatizam questões conceituais renovando as práticas expositivas em novos desdobramentos, ativando uma potência heterotópica.

Resumo expandido

    A presença da imagem em movimento é “um elemento chave na prática da arte contemporânea e na exibição em galeria e museus” (NASH, p. 83, 2008) que vem reconfigurando os espaços expositivos, criando atravessamentos e desvios entre o tradicional cubo branco das artes plásticas e a caixa preta típicas das exibições cinematográficas. Essa inserção se constituiu historicamente, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, aproximando vertentes vindas da arte e do cinema e vice-versa. Nas últimas décadas tornou-se ainda mais intensa promovendo potentes agenciamentos que, de alguma forma, acabaram por reconfigurar o modo de inserção das obras nos espaços expositivos, desterritorializando suas linhas de força com novos vetores como escala, duração e modos de exibição.

    Entre inúmeros outros fatores, o desenvolvimento tecnológico também impulsionou a presença marcante da imagem em movimento em diversos espaços da vida cotidiana indo dos celulares em nossas mãos aos monitores de vídeo em lojas, aeroportos e restaurantes. Já aprendemos com Las Vegas como Venturi, Scott e Izenour (2011) que sugeriram (em tom irônico) o afastamento das utopias dogmáticas da arquitetura moderna para uma aproximação com placas, letreiros e luminosos num léxico próximo à Pop Art americana. Superamos Las Vegas e talvez estejamos mais próximos do que Rem Koolhaas chamou de Junkspace (espaço-lixo). Na crítica severa de Koolhaas, as formas contemporâneas de produção do espaço, especialmente ativadas pela arquitetura, ao contrário do racional programa moderno que queria “distribuir universalmente as beneses da ciência” (KOOLHAAS, p. 195, 2011), formam o junkspace, aquilo que “sobra depois que a modernização ocorre, as partículas radioativas liberadas em sua explosão” (KOOLHAAS, p. 195, 2011). Apesar de tratar das imagens em movimento apenas de passagem, Koolhaas as aproxima do universo do entretenimento e da vigilância apontando como a “videoetnografia” acaba por reverberar nos modos como experimentamos a cidade engolida em seus espaços artificiais e quase efêmeros. Assim como o cinema soube, a seu tempo e em sua história, revelar e ocultar o que há nos espaços da cidade (COMOLLI, 2008), agora outras imagens nos assediam em todos os espaços que experimentamos, inclusive nos espaços da arte.

    Nos espaços da arte a imagem em movimento pode assumir os mais distintos arranjos, vale tanto aqueles intermediários que absorvem elementos dos processos mais tradicionais recriando pequenas salas de exibição cinematográfica quanto experimentações de toda ordem que se abrem para diálogos com a história da arte e seus desdobramentos contemporâneos. São inúmeras vertentes que se colocam em jogo na produção das obras de arte desde as especificidades da película em Tacita Dean, as narrativas em múltiplas telas de Isaac Julien, os filmes meta-etnográficos de Jonathas de Andrade, os documentários poéticos de Cao Guimarães ou as imagens capturadas da internet de Rachel Rose, entre muitas outras possibilidades.

    A imagem em movimento está presente em uma miríade de propostas artísticas e junto com esses usos mais dedicados a fruição e experimentação artística outras inserções se fazem na criação de cenografias com efeitos espetaculares e sedutores em museus menos dedicados a arte e mais a informação.

    É nesse contexto de múltiplas formulações, estratégias e processos de inserção da imagem em movimento na arte contemporânea que se coloca a exposição MitoMotim nos instigando a refletir sobre a forma como os discursos curatoriais podem produzir espaços expositivos como uma espécie de matéria moldável que em suas formulações reafirmam e enfatizam questões conceituais renovando as práticas expositivas em novos desdobramentos.

Bibliografia

    COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder. A inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008.

    FOSTER, Hal. Running room. IN: Revista Serrote, Instituto Moreira Sales: São Paulo, 2013.

    FOUCAULT, Michel. Outros Espaços (1967). IN: FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

    KOOLHAAS, Rem. Junkspace. IN: Revista Serrote, Instituto Moreira Sales: São Paulo, 2011.

    NASH, Mark. Entre o cinema e uma lugar rígido: dilemas da imagem em movimento como pós-mídia. IN: MACIEL, Kátia (org.). Cinema sim: narrativas e projeções: ensaios e reflexões. São Paulo: Itaú Cultural, 2008.

    VENTURI, Robert, SCOTT, Denise e IZENOUR, Steven . Aprendendo com Las Vegas. São Paulo. Cosac Naify, 2011.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br