O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Hanna Henck Dias Esperança (UFSCar)

Minicurrículo

    Hanna Henck Dias Esperança é bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual do
    Paraná – UNESPAR. Atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som
    da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, na linha de pesquisa História e Políticas do
    Audiovisual, sob orientação da Profa. Dra. Luciana Sá Leitão Corrêa de Araújo.

Ficha do Trabalho

Título

    Mulheres na direção: documentários de média-metragem no Brasil em 1980

Resumo

    Considerando a grande parcela que as mulheres ocupam na direção de documentários de curta e média metragem no Brasil entre 1980-1989, o presente trabalho tem como objeto de estudo dois eixos temáticos relevantes da produção em questão: a relação da mulher com o trabalho e a mulher marginalizada. Para que seja possível discuti-los, selecionamos dois filmes de cada eixo para análise, Sulanca (1986), de Kátia Mesel e Como um olhar sem rosto (1983), de Maria Inês Villares respectivamente.

Resumo expandido

    Enquanto há um crescimento cada vez maior e mais diversificado dos estudos voltados ao cinema de mulheres, seja na forma de pesquisas ou na criação de espaços e eventos para discussão, ainda existe um direcionamento desses estudos focado nos filmes de longa-metragem de ficção. O curta e o média documentais permanecem, portanto, um território pouco explorado, mesmo que as mulheres tenham produzido com bastante vigor em ambos os formatos. É o que aconteceu no Brasil nos anos 1980, quando as mulheres ocuparam mais de 30% da realização documentária de menor metragem, com aproximadamente 160 filmes, graças a uma série de aspectos que viabilizaram não só as condições propícias para a produção como também a distribuição e exibição. A Lei da Obrigatoriedade, a organização da classe cinematográfica em torno da Associação Brasileira de Documentaristas (ABD), as realizações do Prêmio Estímulo em São Paulo, a formação de profissionais em graduações de cinema, o surgimento de alternativas para a distribuição e exibição externas ao circuito comercial e a discussão ativa de pautas feministas desde meados dos anos 1970, são apenas alguns fatores que tornaram possível não só o grande número de produções documentárias de curta e média-metragem nos anos 1980, como também a inserção ativa das mulheres nesse processo. É olhando por esse viés que a década oitentista se torna um período rico para o estudo voltado à direção feminina. Considerando as informações expostas, o recorte deste trabalho reside em analisar dois documentários que integram os dois eixos temáticos que julgamos entre os mais relevantes da produção estudada. Dessa forma, será possível estabelecer um diálogo tanto comparativo entre as temáticas, quanto de aproximação com o restante da filmografia. O primeiro eixo é voltado à relação da mulher com o trabalho, onde agrupamos filmes nos quais há ou uma denúncia das más condições das trabalhadoras, perpassando por questões como a dupla jornada, o baixo salário e a falta de amparo legal, ou há uma valorização do trabalho como meio de independência financeira e afetiva da mulher. Para investigar essa temática, escolhemos o média-metragem pernambucano Sulanca: A revolução econômica das mulheres de Santa Cruz do Capibaribe (1986), de Kátia Mesel. Já no segundo eixo situamos filmes protagonizados por mulheres marginalizadas, que objetivam uma aproximação e humanização da presidiária, da prostituta ou da moradora de rua, seja através da observação dos seus locais de vivência ou das relações que estabelecem com seus pares. Nesse caso, escolhemos outro média-metragem, o documentário paulistano Como um olhar sem rosto (As presidiárias) (1983), de Maria Inês Villares. A partir da exibição de trechos, da análise fílmica e da contextualização da produção em questão, propomos abordar uma filmografia ainda pouco explorada, compreender as diferentes interpretações da mulher brasileira contidas nesses documentários, as manifestações estéticas e ideológicas e também estabelecer possíveis diálogos de aproximação entre eles.

Bibliografia

    AVELAR, Lúcia; BLAY Eva Alterman (Orgs.). 50 anos de feminismo: Argentina, Brasil e Chile. São Paulo: Edusp, 2019.

    BERNARDET, Jean Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Brasiliense, 1985.

    CATÁLOGO DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO. Disponível em: documentariobrasileiro.org

    HOLANDA, Karla; TEDESCO, Marina (Orgs.). Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro. Campinas: Papirus, 2017.

    PADOVAN, Carlos José. Audácia e diversidade: curta-metragem e Prêmio Estímulo (1968-1984). 2001. 150 f. Dissertação (Mestrado em Multimeios) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

    SILVA, Denise. Vida longa ao curta. 1999. 188 f. Dissertação (Mestrado em Multimeios) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

    TELES, Paulo César. Filmes de média-metragem (1960-1990): “abandonados no tempo?”. 2001. 199 f. Dissertação (Mestrado em Multimeios) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br