O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Francisco Etruri Parente (PUC-SP)

Minicurrículo

    Graduado em Cinema pela FAAP, Mestrando de Comunicação e Semiótica na PUC-SP e pós-graduando de Filosofia EAD pela Estácio.

Ficha do Trabalho

Título

    Mutações do gênero faroeste nos anos 1960

Resumo

    O trabalho abordará as mutações que o gênero cinematográfico norte americano do faroeste sofreu durante a década de 1960 em três contextos cinematográficos diferentes, com os filme Yojimbo de Akira Kurosawa, 1961; Por Um Punhado de Dólares de Sergio Leone; e Os Deuses e Os Mortos de Ruy Guerra, 1970. Os três filmes foram escolhidos pois possuem a mesma narrativa.

Resumo expandido

    O faroeste que nas décadas de 1940 e 1950 foi utilizado por Hollywood para construir a identidade do povo norte-americano, como aqueles que venceram a barbárie e selvageria do Oeste e conseguiram construir sua civilização, entra em crise na década de 1960 devido à saturação da linguagem e narrativa deste estilo de filme que fazia sucesso nos cinemas desde o início da década de 1940; às séries baratas de televisão, que podiam proporcionar um entretenimento a altura dos westerns e a crise do heroísmo de fronteira devido a guerra do Vietnã, que afastava os jovens desse tipo de conteúdo. Esta crise abriu espaço para que novas releituras do gênero ganhassem visibilidade.
    No japão da década de 1950, Akira Kurosawa vinha ressuscitando os filmes Jidaigeki (samurai) da década de 1930 a partir de uma abordagem mais americanizada, principalmente inspirada por John Ford, seguindo este caminho em 1961 o diretor japonês lança o filme Yojimbo, contando a história de um ronin (samurai sem mestre ou clã) que ao chegar em uma pequena cidade, dividida entre duas facções criminosas, decide combater os mal feitores e liberta-la de tal situação. Kurosawa usa da adaptação do western para construir uma obra que discute valores morais que transcendem barreiras nacionais e usa de uma estética que é mais próxima do público médio internacional, por terem um repertório prévio da linguagem do faroeste que circulava nos cinemas de todo o mundo.
    Com o sucesso internacional do filme japonês, Sergio Leone adaptou a obra para o filme Per un pugno di dollari (Por Um Punhado de dólares, 1964), ambientado no velho oeste, o filme segue com a mesma trama, mas se pretende a um revisionismo do Faroeste, tratando a situação apresentada no filme de maneira niilista e utilizando de tecnologias novas para compor a gramática do filme.
    Em 1970 com o filme Os Deuses e Os Mortos, Ruy Guerra parte desta mesma narrativa para desconstruir completamente a narrativa heroica convencional e usa da dialética histórica marxista para construir o contexto da história do filme, colocando nosso protagonista como uma mero pião em um tabuleiro muito maior. Sua desconstrução também visa atacar a estética convencional dos filmes comerciais com seu cinemanovismo e assim estabelecer um confronto entre a industria de cinema internacional dos países de primeiro mundo e um cinema crítico de terceiro mundo.
    Partindo da contextualização acima que traçou as características do faroeste norte-americano e suas mutações sofridas nos três filmes escolhidos pela pesquisa, procuraremos solucionar a seguinte questão: Em que medida o diálogo com a tradição do faroeste hollywoodiano é mantido ou abandonado nas mutações realizadas pelos três cineastas aqui escolhidos? contribuem para a renovação do gênero?
    O objetivo Geral é estudar como o diálogo entre a tradição do faroeste de hollywood e as mutações feitas no gênero nas três obras, aqui selecionadas, contribuem para a renovação da linguagem cinematográfica.
    Minha metodologia será a comparação entre as características gerais dos filmes de faroeste das décadas de 1940 e 1950 e os três filmes selecionados pela pesquisa. Para realizar a análise estética das obras irei usar da semiótica peirciana, para a análise narrativa usarei do estruturalismo e o livro Story de Robert Mckee e para trabalhar o contexto global entre as obras irei usar das análises marxistas de Paulo Emilio Sales Gomes e Ismail Xavier.
    Os resultados desta pesquisa servirão para as áreas de história do cinema e teoria cinematográfica no que tange às questões do faroeste fora dos EUA na década de 1960, uma vez que esta década é marcada por movimentos revisionistas e renovadores da linguagem cinematográfica. A partir deste estudo também iremos abarcar as relações estéticas e narrativas entre o grande cinema industrial, neste trabalho representados pelos diretores Akira Kurosawa e Sergio Leone, e o cinema de guerrilha do terceiro mundo, representado pela figura de Ruy Guerra.

Bibliografia

    RICHIE, Donald (1990). Japanese Cinema – An Introduction. Oxford University Press.
    BERNARDET, Jean (1967). Brasil em Tempo de Cinema. Civilização Brasileira.
    BERGAN, Ronald (2010). Ismos Para Entender o Cinema. Editora Globo.
    KEMP, Philip (Editor Geral) (2011). Tudo Sobre Cinema. Sextante.
    Xavier, Ismail (1997). Os Deuses e Os Mortos: Maldição dos Deuses ou Maldição da História. Artigo, Ilha do Desterro, Florianópolis No 32.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br