O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Belisa Brião Figueiró (UFSCar)

Minicurrículo

    Mestre em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutoranda em Ciência, Tecnologia e Sociedade, na mesma instituição. Autora do livro Coprodução de Cinema com a França: Mercado e Internacionalização (Editora Senac São Paulo, 2018). Foi produtora de informação e imagem do Programa Cinema do Brasil/Apex-Brasil e editora assistente da Revista de Cinema.

Ficha do Trabalho

Título

    Brasil e Argentina nos festivais de Cannes e Berlim (1994 – 2017)

Seminário

    Audiovisual e América Latina: estudos estético-historiográficos comparados

Resumo

    Esta comunicação analisa as políticas de internacionalização da Ancine e do INCAA, e em que medida essas ações estimularam a seleção dos filmes brasileiros e argentinos nos festivais de Cannes e Berlim. Dessa forma, pretende-se examinar o papel do Estado na difusão e na circulação internacional das obras. O levantamento inicial aponta para uma proeminência dos cineastas Walter Salles e Lucrecia Martel no período, cujos longas-metragens verificaremos também a partir da recepção francesa.

Resumo expandido

    Os festivais internacionais de cinema se tornaram as maiores vitrines para os filmes de autor dos realizadores do Brasil e da Argentina, nas últimas seis décadas. No âmbito da internacionalização brasileira, o alcance a essas mostras esteve presente entre as prioridades dos produtores e cineastas, não raras vezes estimulados pelas próprias políticas públicas voltadas para o setor, sobretudo neste começo do século XXI. Na Argentina, igualmente verifica-se a importância dos festivais na circulação dos filmes ao longo da história, mas houve uma preocupação dos diferentes governos em associar a produção cinematográfica à imagem do país que se queria promover no exterior.

    Como bem define a pesquisadora Marijke de Valck (2006, p.18), os festivais internacionais de cinema assumem várias funções ao selecionar filmes dos mais diversos países e ao convidar profissionais de todos os ramos da atividade. Em suas palavras, esses eventos reúnem, simultaneamente, “cultura e comércio, experimentação e entretenimento, interesses geopolíticos e financiamento global”. Com relação à premiação, Valck é categórica em afirmar que os troféus concedidos aos realizadores “são um protocolo altamente eficaz para incluir e excluir pessoas e artefatos” e “contribuem para a preservação do sistema” (p. 37-38).

    Para esta comunicação, examinaremos as políticas de internacionalização aplicadas pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e pelo Instituto de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA), e em que medida essas ações impulsionaram a seleção dos filmes brasileiros e argentinos nos festivais de Cannes (França) e Berlim (Alemanha), desde meados dos anos 1990, promovendo a difusão das obras nesse circuito e fomentando um nicho alternativo de circulação.

    Do lado brasileiro, é especialmente por meio da Assessoria Internacional da Ancine que as ações de promoção e difusão se viabilizam, encorajando e financiando a participação dos filmes e dos realizadores brasileiros nos mais importantes festivais e mercados de cinema ao redor do globo (FIGUEIRÓ, 2018). Em 2006, foi instaurado o Programa de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro, que premia filmes selecionados em festivais e concede recompensas financeiras pelo desempenho das obras em eventos nacionais e internacionais.

    Na Argentina, a partir de 1994, com a aprovação da chamada “Nueva Ley de Cine”, o Fundo de Fomento Cinematográfico ficou mais fortalecido, com fontes de arrecadação e medidas reformuladas, destacando a coprodução, a difusão e a promoção internacionais (CABRAL, 2014; GONZÁLEZ, 2015). Pelo artigo 28 da normativa, uma parte dos recursos do fundo explicitamente deveria ser destinada à participação dos filmes e dos realizadores em festivais internacionais, e à promoção – no país e no exterior –, de atividades para melhorar a difusão, a distribuição e a exibição de filmes argentinos.

    No recorte que será apresentado (entre 1994 e 2017), encontramos 14 longas-metragens brasileiros e argentinos (ou em coprodução minoritária) selecionados para a Competição Oficial do Festival de Cannes, e 17 filmes na principal mostra da Berlinale. O cineasta brasileiro Walter Salles e a diretora argentina Lucrecia Martel são os que tiveram mais obras selecionadas, nos dois festivais. De Salles, elencamos os seguintes: Central do Brasil (1998), Diários de motocicleta (2004), Linha de passe (codirigido por Daniela Thomas, 2008), e Na estrada (2008). Da filmografia de Martel, foram selecionados pelos curadores: O pântano (2001), A menina santa (2004), e A mulher sem cabeça (2008).

    Tendo em vista essa proeminência de ambos, também buscaremos avaliar a repercussão dessas obras na imprensa francesa, a partir das críticas e reportagens encontradas na pesquisa já realizada na Cinémathèque Française, em Paris, por esta autora.

Bibliografia

    ARGENTINA. Lei nº 24377, de 14 de outubro de 1994. Disponível em: https://docs.argentina.justia.com/federales/leyes/ley-n-17741-may-30-1968.pdf.
    Acesso em: 05.abr.2019.

    CABRAL, Ana Julia Cury de Brito. Luz, câmera, (concentr)ação!: As políticas públicas e os mercados cinematográficos do Brasil e da Argentina nos anos 1990. 242p. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

    FIGUEIRÓ, Belisa. Coprodução de cinema com a França: mercado e internacionalização. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018.

    GONZÁLEZ, Roque. Políticas públicas cinematográficas: Neofomentismo en Argentina, Brasil y México (2000-2009). 304p. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Facultad de Periodismo y Comunicación Social, Universidad Nacional de La Plata, La Plata, 2015.

    VALCK, Marijke de. Film festivals: History and theory of a European phenomenon that became a global network. Universiteit van Amsterdam. 2006.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br