O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Danilo Fantinel (PPGCOM – UFRGS)

Minicurrículo

    Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é bacharel em jornalismo pela UFRGS. Após dissertação sobre as relações entre imaginário, comunicação e cinema documentário, prepara tese sobre mitocrítica fílmica – uma proposta teórica metodológica para a pesquisa em cinema na perspectiva dos Estudos do Imaginário. Deu cursos de extensão, foi professor substituto no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). É professor de Comunicação no Centro Universitário Fadergs.

Ficha do Trabalho

Título

    Mitocrítica fílmica: base teórico-metodológica para pesquisa em cinema

Resumo

    Nesse artigo, propomos a mitocrítica fílmica como processo teórico-metodológico adequado à pesquisa em cinema que tenha o imaginário como heurística. Nosso objetivo é clarear a observação e a interpretação dos elementos imaginários que energizam filmes cinematográficos dando sempre atenção ao símbolo e ao sensível, mas também aos componentes estruturantes da linguagem audiovisual que ecoam, refletem ou fazem emergir teores simbólicos e fragmentos míticos dinamizadores dessas obras.

Resumo expandido

    Diversas ramificações do conhecimento consolidaram os estudos fílmicos ao longo do tempo, refletindo algumas das principais correntes do pensamento crítico. Entre contextos de reflexão bastante conhecidos e eficazes, destacam-se as análises fílmica, do discurso e da narrativa, as abordagens de semiótica crítica acerca da imagem cinematográfica ou da montagem, bem como estudos culturais, de recepção ou de gênero. Entretanto, na última década pesquisadores da comunicação e do cinema brasileiros passaram a dar mais atenção às relações entre cinema, percepção e imaginário, se alinhando aos interesses de autores como Edgar Morin (2014), Robert Desnos (1983) ou Luis Buñuel (1983). Mais recentemente, surgiram no Brasil consistentes esforços para abordar o cinema do ponto de vista da imagem, do sensível, do poético, do sonho ou do mítico. Porém, apesar de esses olhares resultarem em ampla variedade temática, algumas barreiras teóricas e metodológicas se apresentam, como a problemática do imaginário a partir do senso comum, sem contexto científico, e certa confusão metodológica que tenta identificar os conteúdos simbólicos de ordem imaginária que motivam filmes apenas nas imagens visuais exibidas nessas obras. Nesse artigo, situamos a necessidade de uma compreensão acadêmica mais profunda do imaginário antropológico na vertente da Escola de Grenoble, pela qual a imagem é entendida como símbolo de raiz arquetípica, sendo então a base de todo um sistema semântico imaginário dinamizador do simbolismo e da cultura. Paralelamente, propomos a mitocrítica fílmica como processo teórico-metodológico adequado a toda pesquisa em cinema que tenha o imaginário como heurística. Nosso objetivo é clarear a observação e a interpretação dos elementos imaginários que energizam filmes cinematográficos dando sempre atenção ao símbolo e ao sensível, mas também aos muitos componentes estruturantes da linguagem audiovisual que ecoam, refletem ou fazem emergir teores simbólicos e fragmentos míticos dinamizadores dessas obras. Não se trata de uma simples conferência das imagens visuais de filmes em busca de representações literais do símbolo imaginário, mas sim de um processo de interpretação sensível de narrativas audiovisuais complexas que possa dar conta dos elementos imaginários, simbólicos e míticos que ativam roteiro, narrativa, fotografia, encenação, interpretação, direção ou montagem. Essa amplitude de focos de atenção dialoga com o poder semântico irradiador do imaginário, o qual recai não apenas sobre os filmes em si e suas imagens em movimento, mas também sobre os sujeitos imaginantes que realizam esses produtos culturais e midiáticos. Para sustentar a mitocrítica fílmica, sugerimos atualizações no pensamento crítico sobre as relações entre a imagem simbólica (DURAND, 1996, 2012) e a imagem técnica (FLUSSER, 2011) ou visual (AUMONT, 2011) no contexto da linguagem audiovisual. Esse amálgama de imagens imateriais e de materialidades fílmicas chama a nossa atenção. Para melhor compreendê-lo no âmbito da pesquisa científica, estamos desenvolvendo, em nossa tese de doutoramento, a noção de mitocrítica fílmica como proposta capaz de observar e pensar o cinema pela perspectiva do imaginário. Nesse artigo, pretendemos apresentar pensamentos preliminares acerca de nossa pesquisa.

Bibliografia

    AUMONT, J.A estética do filme.Campinas:Papirus, 2009
    ____. A imagem.São Paulo:Papirus, 2011
    BACHELARD, G.A poética do devaneio. São Paulo:Martins Fontes, 1988
    ____. O ar e os sonhos.São Paulo: Martins Fontes, 1990
    Buñuel, L. Cinema:instrumento de poesia. In:XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro:Graal, 1983, p. 331 – 338
    DESNOS, R. O sonho e o cinema. In: XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983, p.315-327
    DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário.São Paulo:Martins Fontes, 2012
    ____. Campos do imaginário.Lisboa:Instituto Piaget, 1996
    ELIADE, M. Imagens e símbolos.São Paulo:Martins Fontes, 2002
    ____. Mito e Realidade.São Paulo:Perspectiva, 2016
    FLUSSER, V.A filosofia da caixa preta.São Paulo:Annablume, 2011
    JUNG, C.G.Os arquétipos e o inconsciente coletivo.Petrópolis:Vozes, 2002
    MORIN, E.O Cinema ou o homem imaginário.São Paulo:É Realizações Editora, 2014
    STAM, R.Introdução à teoria do cinema.Campinas:Papirus, 2018

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br