O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Rodrigo Carreiro (UFPE)

Minicurrículo

    Professor do PPPGCOM e do Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco.

Ficha do Trabalho

Título

    O som em Game of Thrones

Seminário

    Estilo e som no audiovisual

Resumo

    A diferença sonora entre obras cinematográficas e televisivas parece, na atualidade, cada vez menor. Produtos de ambas as indústrias convergem em modo de produção e em padrões de estilo. Esta comunicação pretende verificar o grau de proximidade em que se encontram os modos de produção e as convenções estilísticas do som para cinema e TV, utilizando como estudo de caso o seriado Game of Thrones (2011-2019), um dos mais elogiados, premiados e assistidos desta década.

Resumo expandido

    Um padrão recorrente de valoração estética, presente em comentários de fãs, críticas e textos que elogiam aspectos narrativos e estilísticos da produção ficcional feita para televisão, consiste em descrever determinados seriados e programas de TV como “cinematográficos”, ou “cinemáticos” (EPSTEIN, 2016; ALEXANDER, 2017). Em geral, esses comentários recorrem implicitamente à convenção tácita, assumida por críticos, cineastas e cinéfilos, de que produção feitas para cinema são esteticamente superiores aos títulos realizados para a televisão.
    Há, sem dúvida, uma compreensão cultural implícita, complexa e polêmica acerca dos valores culturais que associam a produção ficcional televisiva a uma categoria audiovisual inferior à ficção cinematográfica, a ponto de que, quando alguma obra feita para a TV recebe elogios incomuns, costuma ser retirada do gueto televisivo e alçada ao patamar supostamente superior do “cinemático”.
    Este é o ponto de partida deste artigo, cujo objetivo imediato consiste em comparar o modo de produção e as convenções estilísticas das ficções televisiva e cinematográfica atuais, na área do som. Essa análise comparativa nos permitirá discutir, para além de impressões vagas e valores preconcebidos, o sound design contemporâneo de produções audiovisuais multimídia. Queremos aferir quais são as diferenças e semelhanças entre modo de produção e modelo estilístico de filmes e seriados, no que se refere ao som. Queremos saber, em resumo, quão próximos dos parâmetros do cinema estão estilo e modo de produção das ficções para TV.
    TV e cinema desenvolveram, ao longo do tempo, convenções estilísticas distintas. Isso aconteceu, pelo menos em parte, porque os modelos de produção têm diferenças significativas desde, pelo menos, a década de 1940: seriados, soap operas e novelas são realizados com orçamentos menores e cronogramas mais curtos do que longas-metragens (GUIMARÃES, 2007; BUHLER, NEUMEYER, DEEMER, 2010). A consequência óbvia é que as bandas sonoras de novelas ou seriados costumam ser gravadas, editadas e mixadas por equipes menores, e em menos tempo.
    Além de tudo isso, o último elo da cadeia produtiva – a reprodução – costuma impor uma diferença expressiva entre obras cinematográficas e televisivas, já que a diferença tecnológica das formas de acesso a essas obras tem sido historicamente significativa. Desde os anos 1990, contudo, essa situação passou a sofrer mudanças progressivas. A digitalização de todos os elos da cadeia sonora da indústria do audiovisual provocou alterações nos modelos de produção das duas mídias, e os modos de consumo audiovisual se multiplicaram, o que modificou drasticamente os sistemas de reprodução sonora em salas de cinema e no mercado doméstico. Assim, as convenções sonoras características das ficções televisiva e cinematográfica passaram a sofrer mudanças consideráveis.
    Nesta comunicação, faremos uma análise dessa questão através de um estudo de caso focado em uma ficção televisiva. Selecionamos, para isso, um dos seriados mais vistos e premiados do século XXI: Game of Thrones (2011-2019). Ao longo do texto, vamos examinar o fluxo da cadeia produtiva do som e o uso de convenções estilísticas sonoras do seriado, comparando-os aos processos similares codificados há décadas pela indústria cinematográfica.
    A análise será dividida em dois aspectos, sendo o primeiro dedicado à comparação entre o modo de produção da série e o modelo tradicional de produção adotado pela indústria cinematográfica, conforme descrito por David Lewis Yewdall (1999) e Débora Opolski (2018, p. 185). O segundo tópico tratará das diferenças estilísticas entre as bandas sonoras das ficções televisiva e cinematográfica. Para permitir uma análise mais minuciosa, selecionamos um episódio da série e realizaremos uma análise detalhada de seus componentes sonoros. “Batalha dos Bastardos”, nono episódio da sexta temporada (2016), foi escolhido por ter dado à equipe de som o prêmio Emmy de melhor mixagem.

Bibliografia

    ALEXANDER, Julia. “Game of Thrones showrunners ignite debate over whether it’s a TV show or movie”. Polygon, 13/03/2017. Disponível em https://www.polygon.com/tv/2017/3/13/14911318/game-of-thrones-tv-movie. Acesso em 12/02/2018.
    BUHLER, James; NEUMEYER, David; DEEMER, Rob. Hearing the Movies: Music and Sound in Film History. New York: Oxford University Press, 2010.
    EPSTEIN, Adam. “Game of Thrones” is the most cinematic TV show ever made”. Quartz, 21/06/2017. Disponível em https://qz.com/712430/game-of-thrones-is-the-most-cinematic-tv-show-ever-made/. Acesso em 12/02/2018.
    GUIMARÃES, Lyana Peck. “Mixagem para cinema: Pressão e cuidado na última fase do som no cinema”. Áudio, Música e Tecnologia [revista], n. 194, Brasília (DF), outubro de 2007.
    OPOLSKI, Débora. “A prática de edição e mixagem de som no audiovisual”. O som do filme: uma introdução. (Org. Rodrigo Carreiro). Curitiba: Editora da UFPR/Editora da UFPE, 2018, p. 181-220.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br