O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Maria Helena Braga e Vaz da Costa (UFRN)

Minicurrículo

    Professora Titular do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Pós-doutorado em Cinema pelo International Institute – University of California at Los Angeles (UCLA) – USA; Doutorado e Mestrado em Estudos de Mídia pela University of Sussex – Inglaterra; Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Ficha do Trabalho

Título

    Cartografia Cinematográfica e a Identidade em Rio Doce/CDU

Resumo

    Esse trabalho reflete sobre a representação da experiência urbana e da identidade no documentário pernambucano Rio Doce/CDU (Adelina Pontual, 2013). Parte-se aqui da análise das imagens de duas cidades: Olinda e Recife, considerando-as no âmbito de uma representação através da qual o espaço urbano está envolto em uma moldura cultural de percepção do espaço que possibilita novos entendimentos sobre a identidade e a experiência do viver no espaço urbano como lugar vivido e imaginado.

Resumo expandido

    Normalmente, nos textos atuais, quando há menção à “cartografia de cinema”, a referência diz respeito a “mapas” introdutórios que focam na ideia de “cartografar” (no tempo) as produções e representações fílmicas no contexto de determinados tipos, gêneros, nacionalidades, etc., em suas manifestações cinematográficas (SUPPIA, 2013; 2017). Isto é, diz respeito a fazer uso de uma abordagem consagrada, que é a do “mapeamento” dentro de um contexto específico, a fim de expandir o cânone, revisitar e revisar a história da produção cinematográfica.
    Alternativamente, uma “cartografia cinematográfica” corresponde ao estudo do mapeamento das práticas e perspectivas críticas que informam sobre a relação entre o espaço, o lugar e a cultura visual; a cultura da imagem em movimento que proporciona a visualização do movimento das pessoas e dos objetos no espaço. Se um mapa representa uma totalidade espacial, uma vez que os cineastas editam diferentes cenas/tomadas de uma cidade, e de sua arquitetura, onde se desenvolve a ação, por exemplo, a ideia de “cartografia cinematográfica” se configura como uma proposição de reorientação e reorganização do espaço (urbano), produzindo, consequentemente, a demolição e a reconstrução da imagem do lugar objeto da construção imagética (PASSOS e KASTRUP, 2009).
    O substantivo feminino “cartografia” tem como definição: “conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que orienta os trabalhos de elaboração de cartas geográficas”. Por sua vez, o adjetivo “cinematográfico” corresponde ao que é “relativo à cinematografia e ao cinema” ou “relativo ao cinema como meio de expressão”. Assim, a discussão sobre “cartografia cinematográfica”, proposta nesse trabalho, se dará a partir do entendimento de que filme, resultante de “operações técnicas e artísticas”, pode ser estudado como uma “carta geográfica” de um determinado espaço geográfico, que é elaborada assumindo uma condição cinematográfica; isto é: uma composição imagética que se expressa por meio da impressão visual de movimento, de imagens dos corpos e dos objetos que se movimentam no espaço geográfico.
    Vista por outra perspectiva, isto é, considerando o ponto de vista do “produtor” dessa cartografia, é importante levar em consideração a posição de cineastas como o alemão Wim Wenders que já afirmou que, em sua opinião, um mapa geográfico é um roteiro de filme. Essa visão corrobora com o entendimento de Rubens Machado (2018) quando afirma que cada lugar nos solicita um modo de olhar. É a noção de que o próprio espaço (urbano) apela ao nosso senso e intenção de organização cartográfica dos espaços de nosso interesse.
    Nesse sentido, esse trabalho propõe uma reflexão sobre a representação das experiências urbanas e das identidades construída no filme/documentário pernambucano Rio Doce/CDU (Adelina Pontual, 2013). Parte-se, nesse caso, da análise das imagens em movimento do e no espaço urbano de duas cidades pernambucanas: Olinda e Recife, aqui consideradas no âmbito de uma representação através da qual o espaço urbano filmado e projetado (no sentido cinemático e geográfico) está envolto em uma moldura cultural de percepção do espaço que possibilita novos entendimentos sobre a identidade e a experiência do viver no espaço urbano como lugar vivido e imaginado.
    Considerar o entrecruzamento das imagens dessas duas cidades no filme, por meio da análise crítica do discurso construído aos moldes do que considero uma “cartografia cinematográfica”, nos parece primordial para estabelecer parâmetros de entendimento da relação posta entre as imagens em movimento do espaço urbano, a experiência humana de deslocamento no espaço, e a imaginação geográfica constituída a partir da representação da experiência espacial do lugar e da identidade que, esta última sabemos ser constituída a partir de ambas existências: real e fílmica.

Bibliografia

    DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs. v.1. Rio de Janeiro: Editora 34 Letras, 1995.
    MACHADO Jr., R. L. R. Ecos Sinfônicos de Berlim em São Paulo nos anos 1920. Apresentação de trabalho na XXII Socine, UFG, Goiânia, 2018.
    PASSOS, E.; KASTRUP, L. E. Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.
    SUPPIA, A. Cartografias para a Ficção Científica Mundial: cinema e literatura. São Paulo: Alameda, 2017.
    SUPPIA, A. Cinema(s) Independente(s): Cartografias para um Fenômeno Audiovisual Global. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br