O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Marcella Grecco de Araujo (USP)

Minicurrículo

    Marcella Grecco de Araujo é doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), com projeto de tese intitulado “Cleo de Verberena: uma cineasta brasileira”. Possui graduação em Midialogia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pós-graduação em Jornalismo Cultural pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e mestrado em Multimeios, também pela UNICAMP.

Ficha do Trabalho

Título

    Entre versões de O Mistério do Dominó Preto (1931)

Resumo

    O Mistério do Dominó Preto (1931), de Cleo de Verberena, é um filme silencioso considerado perdido. A sinopse publicada na revista Cinearte antes de sua estreia e imagens divulgadas entre 1930 e 1931 em jornais e revistas do período nos davam uma ideia de seu formato e narrativa. Porém, a recente descoberta das versões literárias em que foi baseado traz novas perspectivas de análise. Proponho uma reflexão envolvendo as três versões escritas de Aristides Rabello e a de Cleo de Verberena.

Resumo expandido

    O período silencioso do cinema é o mais lacunar devido às perdas provocadas pelo tempo e ação do homem. Pela característica da película em nitrato, extremamente inflamável e de fácil deterioração quando não armazenada corretamente, muitos filmes desta época foram destruídos. É fato que alguns escolhiam se desfazer dos filmes depois de esgotadas as exibições, tendo em vista, por exemplo, a dificuldade e o perigo em sua manutenção. Porém, a maior parte das perdas foi resultado do descaso e da falta de politicas públicas para preservação do audiovisual.
    O filme O Mistério do Dominó Preto (1931), de Cleo de Verberena, primeira mulher reconhecida como diretora de cinema no Brasil, está perdido. Levando em consideração os problemas mencionados acima, provavelmente não existe mais. O que eu sabia sobre o enredo do filme tinha como base uma sinopse publicada na revista Cinearte pouco antes de sua estreia. Frames do filme divulgados em revistas e jornais entre os ano de 1930 e 1931 também ajudavam no entendimento da narrativa. Essas imagens e a sinopse publicada na Cinearte podem hoje ser acessadas por meio da hemeroteca da Biblioteca Nacional. Eu sabia que o filme havia sido baseado na novela de mesmo nome de Aristides Rabello, que na ocasião utilizou o pseudônimo Martinho Corrêa. Essas informações e outras relacionada à vida de Cleo de Verberena foram comunicadas por mim no encontro Socine de 2017.
    Busquei por cerca de um ano o romance no qual o filme foi baseado, de forma a preencher algumas lacunas na narrativa. Para minha surpresa encontrei não somente uma, mas três versões do mesmo autor. Uma, intitulada O Mystério do Dominó Preto, publicada na revista O Commentário em 1926, outra, intitulada El Misterio del Dominó, publicada em 1921 na revista argentina La Novela Semanal e a primeira publicada em 1912 no jornal A Noite em forma de cartas. Estou em posse de todas. A primeira versão em específico é muito interessante pois o jornal publicou cartas anônimas de uma pessoa que dizia ter o cadáver de uma mulher fantasiada de dominó preto em seu quarto e sabia quem era o assassino. A pessoa dizia estar enviando a carta ao jornal de forma a fazer o assassino se pronunciar, caso contrário, iria denunciá-lo à polícia. Uma série de cartas, inclusive do assassino, foram publicadas no jornal ao longo de alguns dias, de forma a dar impressão de que se tratava de um caso real. A história desse suposto assassinato ficou bastante famosa na época.
    A descoberta dessa literatura possibilitou o preenchimento de algumas lacunas da história do filme perdido. Quando comparadas as versões de Aristides Rabello e de Cleo de Verberena é possível notar importantes diferenças, especialmente em relação aos finais, que não são os mesmos. Minha proposta para o encontro Socine desse ano é uma análise comparativa entre as diferentes versões, compartilhando conteúdo inédito e promovendo reflexões tais como: o que a descoberta dessa literatura fornece para o entendimento do filme? Em quais aspectos as narrativas divergem e convergem? Como Cleo de Verberena contou o caso de O Mistério do Dominó Preto?

Bibliografia

    CORRÊA, Martinho. O Mysterio do Dominó Preto. In. VEIGA, Miranda. (org.). O Commentário. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1926, v.2.
    O mysterio do dominó preto. Cinearte, Rio de Janeiro, v.6, n. 256, p. 6, 21 jan. 1931. Disponível em: . Acesso em: 7 fev. 2019.
    PRADO, José Maria do. Memórias do cinema paulista: 1896-1981. São Paulo: datiloscrito depositado na Cinemateca Brasileira, 1981.
    RABELLO, Aristides. “El misterio del dominó”. La novela semanal, Buenos Aires, v.5, n.186, 1921.
    ROSA, Ary. “A primeira diretora do cinema brasileiro”. Cinearte, Rio de Janeiro, n. 222, p. 6, 1930. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2019.
    UM MISTÉRIO?. A Noite, 24 fev. 1912. Disponível em:. Acesso em: 17 fev. 2019.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br