O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Eduardo Simões dos Santos Mendes (ECA USP)

Minicurrículo

    Professor do Curso Superior do Audiovisual e membro do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Ficha do Trabalho

Título

    Primeiras considerações sobre dramaturgia para VR

Resumo

    A partir de obras ficcionais criadas para VR, reflito sobre a inadequação da atual dramaturgia linear e com um único ponto de direcionamento do olhar e a necessidade de criação de uma nova dramaturgia que considere a circulação do espectador pelo espaço.

Resumo expandido

    Nos dois últimos anos, durante os congressos da CILECT (Associação Internacional de Escolas de Cinema e Televisão), tive a oportunidade de experimentar diferentes modelos e usos de realidade virtual (VR). Desde cavernas digitais criadas por artistas plásticos, instalações com capacetes digitais, games com capacetes ou óculos e fones e sempre com interfaces hápticas até uma experiencia de vôo como um pássaro, deitado de bruços numa máquina.
    Também havia muitos formatos e gêneros audiovisuais desenvolvidos para VR: Teasers de longas-metragens, ficções de curta-metragem, video-clips, animações e documentários; todos eles a partir de óculos e fones.
    A primeira constatação que se faz é a importância do som como orientador da narrativa e, consequentemente, do olhar. Já que nós, seres humanos, não temos visão de 360 graus, precisamos ser guiados para onde acontece a cena. Assim, evita-se que fiquemos girando sobre nosso eixo incessantemente atrás da informação.
    A segunda constatação é a transposição direta da atual dramaturgia ficcional audiovisual para VR. Todos as obras são pensadas em cenas para serem seguidas de forma linear e com o olhar preso em uma única direção, como numa tela de cinema. A cada fim de cena, o espectador é chamado pelo som a se virar para outro ponto cardial e acompanhar a próxima cena. Muitas das obras reforçam essa ideia da tela de cinema com a utilização de fades para o preto entre as cenas.
    O resto do campo visual possibilitado pelo VR, os outros 220 graus, não possui informação relevante. Apenas complementa o espaço diegético visual. O som segue este mesmo modelo. Não muito diferente do uso que se faz hoje dos canais de surround nos sistemas estereofônicos audiovisuais.
    Ou seja, a transposição direta do modelo de dramaturgia atual para o VR gera obras cuja diferença do cinema tradicional é a necessidade de se virar a cabeça, como se a ação saísse de um palco e continuasse em outro.
    Não se pode esquecer que a tecnologia desenvolvida para captação de imagens em VR parte de uma câmera capaz de captar imagens em 360 graus a partir de um único eixo colocado no centro do espaço da cena. Isso limita a imersão do espectador. Se estamos acompanhando um personagem andando na nossa frente, podemos nos virar para trás e ver o espaço que está às nossas costas porém, se quisermos ultrapassar o personagem para andarmos de costas vendo o seu rosto, nunca conseguiremos.
    No Congresso CILECT 2018, Ravindra Velhal, engenheiro da Intel especialista em VR e cinema imersivo, apresentou uma proposta de construção de um estúdio de captação com câmeras em 360 graus que permitirá que o espectador se mova livremente pelo espaço como em holografias.
    Essa nova proposta para VR obrigará a criação de uma nova dramaturgia que considere a circulação do espectador por esse(s) espaço(s). Acredito que já seja possível desenvolver no modelo presente de captação de imagens, dramaturgias que considerem o paralelismo de ações e não se prendam tanto à linearidade. Com o modelo proposto por Velhal, o modelo de tela única não mais cabe. A procura por uma dramaturgia própria do VR se faz obrigatória
    A linearidade talvez não seja o caminho a ser seguido. O desenvolvimento de obras criadas a partir de fragmentos, como um livro de Julio Cortazar e/ou a partir de ações paralelas em diferentes espaços ou mesmo em um mesmo espaço, expandindo as linhas narrativas distribuídas em diferentes profundidades do plano, como Robert Altman empregou em Nashville.
    Claro que mesmo com a construção dessa nova dramaturgia que permitirá uma maior imersão do espectador, faltará a interação. Os espectadores serão fantasmas que andam pelo espaço diegético apenas observando os personagens. Um resultado bastante limitado se pensarmos no uso que MMORPG já nos dá hoje com a mesma tecnologia.
    O que queremos mesmo é holodeck mas, por enquanto, há uma trilha a se percorrer no se contar histórias em VR.

Bibliografia

    Antônio Valério Netto, Liliane S. Machado e Maria Cristina F. de Oliveira. Realidade Virtual – Definições, Dispositivos e Aplicações. Revista Eletrônica de Iniciação Científica – REIC. Porto Alegre, 2002 vol.2, nº 2, p. 70-89
    Murray, Janet H. Hamlet no Holodeck. São Paulo, Editora Unesp, 2003.
    Pimentel, K. ; Teixeira, K. Virtual reality – through the new looking glass. New York, McGraw-Hill, 1995, apud Rodrigues, G. P.; Rodrigues, C. M. P.. Realidade virtual: conceitos, evolução, dispositivos e aplicações. Interfaces Científicas – Educação. Aracaju, vol. 1 nº3, p. 97-109, junho de 2013.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br