O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    ana rosa marques (UFRB)

Minicurrículo

    Professora e vice-coordenadora do Colegiado do curso de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia onde ministra as disciplinas de montagem, documentário e estética do vídeo. Realizou diversos documentários como “A porta da rua”(2002) e “Cordeiros” (2008). É curadora e coordenadora do Cachoeiradoc – Festival de Documentários de Cachoeira. É mestre pela Universidade Federal Fluminense e bacharel e doutora em comunicação pela Universidade Federal da Bahia.

Ficha do Trabalho

Título

    Montagem, documentário e política: uma proposta de método de análise

Seminário

    Montagem Audiovisual: reflexões e experiências

Resumo

    Nosso objetivo é estabelecer princípios e um método para observar o gesto político da montagem e aplicá-lo à análise de um documentário. Se nosso foco principal é a montagem, nos parece importante não estabelecer uma separação das outras etapas de realização fílmica. Assim, pretendemos relacionar a montagem às formas de abordagem e de mise en scène na proposição de uma partilha mais democrática entre realizador, personagens e espectador na construção dos sentidos e significados do filme.

Resumo expandido

    Nosso objetivo é estabelecer princípios e um método que identifique e possibilite a observação do gesto político da montagem no documentário e a partir disso empreender uma breve análise de um filme. Se nosso foco principal é a montagem, nos parece importante não estabelecer uma separação estanque, apartada das outras etapas de realização fílmica, pois seu papel é justamente relacional, não apenas entre as imagens e sons, mas com os diversos elementos da cena e com o mundo. Assim, pretendemos relacionar a montagem às formas de abordagem e de mise en scène na proposição de uma partilha mais democrática entre realizador, personagens e espectador na construção dos sentidos e significados do filme.
    Em um primeiro momento, confrontar a montagem com as formas que o cineasta escolhe para abordar determinada realidade é importante porque já nesta etapa se desenham uma série de escolhas enunciativas e políticas: qual o ânimo do cineasta ela expressa? Que relação procura estabelecer com os sujeitos filmados? Como essas formas divergem ou dialogam com as formatações do mundo e de outras narrativas? Que espaço abrem para a heterogeneidade (de vozes, de presenças, de ação e pensamento) e o acaso?
    Num segundo momento observaremos como a montagem se relaciona tanto com os aspectos que dão dimensão física à cena em seu aspecto plástico (cenários, iluminação, operações de câmera) quanto na ação desenvolvida diante da câmera ( a atuação dos personagens). Para autores como Fernão Ramos (2011) e Jean Louis Comolli (2008), o “coração da mise en scène” pulsa especialmente na ação do corpo do sujeito filmado, no seu movimento, expressão e relação estabelecida com as diversas operações de cinematografia e os outros sujeitos da cena (demais personagens e o diretor). Assim é importante verificar como o outro filmado é escutado e influencia as formas da montagem (seus gestos, expressões, ritmo, pausas, fala, atitude). Como as relações desenvolvidas na cena vão orientar as escolhas em termos de seleção, organização e justaposição dos planos? Essas escolhas reiteram os lugares e papéis já dados a esses sujeitos no mundo ou questionam, tensionam?
    A partir da discussão já empreendida por autores como Cézar Migliorin, Marie José Mondzain e Didi-Huberman destacaremos e definiremos alguns princípios que regem formas mais democráticas de escritura fílmica: como o acaso, a heterogeneidade e o desajuste. Como a montagem se pauta por eles?
    Ainda há um outro princípio a ser verificado para observar o gesto político da montagem. Para se constituir como um espaço de criação, a montagem precisa dar a ver algo que não estava imediatamente visível nas imagens que só surge com um trabalho de associações, aproximações e distâncias. Para Georges Didi-Huberman, distanciar paradoxalmente não é meramente afastar-se, mas aproximar-se para desvelar e fazer ver melhor o que há sob o caráter ilusório da imagem (DIDI-HUBERMAN,2008, p. 76). Como afirma o pesquisador André Brasil, é necessário criar uma forma crítica: “é preciso devolver ao mundo uma forma que não estava lá e que produza descontinuidade em relação aos seus desígnios (BRASIL, 2011).

Bibliografia

    BRASIL, André. A montagem no cinema brasileiro. 2011. Disponível em: http://gabrielmascaro.com/wp-content/uploads/2010/07/ .
    _________. Modulação/Montagem: ensaio sobre biopolítica e experiência estética. 2008. Tese – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
    COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
    DIDI-HUBERMAN, Georges. Cuando las imágenes toman posición. Madri: A. Machado Libros, 2008.
    MIGLIORIN, Cezar. Eu sou aquele que está de saída. Dispositivo, experiência e biopolítica no documentário contemporâneo. 2008. Tese – CFCH/ECO, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
    MONDZAIN, Marie-José. Temps et montage. 2009. Disponível em http://leblogdocumentaire.fr/temps-et-montage-14-par-marie-jose-mondzain/.
    RAMOS, Fernão. A mise en scene do documentário. 2011. Disponível em http://web.iar.unicamp.br/docentes/fernaoramos/20Mise-en-SceneSiteCineDocumental.pdf

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br