O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Pedro Peixoto Curi (ESPM)

Minicurrículo

    Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, onde desenvolveu a pesquisa “À margem da convergência: hábitos de consumo de fãs brasileiros de séries de TV estadunidenses”. Tem graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFRJ e mestrado em Comunicação pela UFF. Pesquisa temas relacionados a Televisão, cultura de fãs, cultura jovem e convergência midiática. Atualmente é professor da ESPM-Rio, onde coordena a graduação em Cinema e Audiovisual.

Coautor

    MARCELA DUTRA DE OLIVEIRA SOALHEIRO CRUZ (PUC-Rio)

Ficha do Trabalho

Título

    Não é feitiçaria, é sinergia: a eterna juventude de Sabrina

Resumo

    Protagonista de mais de cem HQs, três filmes e cinco séries em quase sessenta anos, Sabrina, a bruxa adolescente, é um exemplo de sinergia do mercado de entretenimento para o público jovem e, a cada nova aparição, atualiza e complexifica sua narrativa. A partir de “O mundo sombrio de Sabrina”, produzida pela Netflix, este trabalho lança um olhar sobre o universo da personagem, a relação entre suas múltiplas manifestações e o diálogo que estabelece com a cultura pop, seu público e a realidade.

Resumo expandido

    Nos início dos anos 1960, a Archie Comics apresentou Sabrina na edição 22 da revista Archie’s Mad House. A bruxinha que mora com as tias e descobre seus poderes aos 16 anos conquistou os leitores e continuou a aparecer nas páginas da publicação, até que, em 1971, ganhou sua própria série em HQ, Sabrina, a bruxa adolescente. Nas décadas seguintes, ela protagonizou três filmes, uma série de TV com sete temporadas e três séries de animação, até que, em 2014, voltou a aparecer nas revistinhas da Archie Comics. Mais uma vez, o público ficou encantado e o universo ganhou uma outra série de HQs, O mundo sombrio de Sabrina, que demonstrava um desejo de amadurecer e atualizar a narrativa da bruxinha adolescente. Em 2018, essa nova versão de Sabrina ganhou uma adaptação audiovisual, uma ficção seriada em streaming para o Netflix, com referências narrativas e estéticas particulares.
    Desde sua apresentação até os dias de hoje, a história de Sabrina e seu gato preto caminha por múltiplas versões, adaptações e apropriações, múltiplas linguagens e plataformas midiáticas, acumula referências, estabelece novos vínculos com diferentes gerações de fãs e ganha, a cada nova manifestação, outros contornos, complexificando debates e atualizando a bruxinha conhecida há quase 60 anos.
    A prática de veicular um produto de entretenimento através de múltiplas mídias, para explorar melhor diferentes mercados, destaca uma estratégia importante para a indústria cultural no fim do século XX: a sinergia. Nos anos 1990, os produtos voltados para o público jovem eram uma mistura complexa de diferentes mídias, incluindo filmes, programas de televisão e clipes musicais. Certamente, a cultura jovem já se caracterizava pela associação de diferentes textos, por números musicais de artistas consagrados que eram televisionados e depois integravam trilhas sonoras, e até por personalidades e ídolos juvenis que apareciam em diferentes produtos audiovisuais desde a década de 1950 (Davis e Dickinson, 2004).
    Sunaina Maira e Elisabeth Soep (2005) caracterizam os jovens como o principal alvo da indústria do entretenimento e colocam no centro da globalização. Baseando-se mais em uma posição social estruturada por poderes de consumo, criatividade e cidadania do que na idade biológica, apresentam a juventude como um lugar de conflito ideológico que evoca questões relacionadas ao poder em contextos locais, nacionais e globais.
    Mesmo quando os jovens não tinham participação nos rumos da sociedade, a juventude já possuía um caráter de espírito do tempo, que aos poucos se converteu em novos hábitos e comportamentos. De um grupo marcado pelos papéis sociais que eram esperados dele por um mundo adulto, os jovens passaram também a difundir gostos, ideias e formas de conduta para indivíduos de outras idades. O papel da cultura massiva foi fundamental nesse processo (Enne, 2010).
    A longevidade deste universo midiático é sintomático das relações entre os produtos da cultura massiva e o anseios do público jovem. Sabrina mantém-se alicerçada no repertório narrativo do texto fonte enquanto constrói interlocuções com as referências do contexto adaptativo através de dinâmicas que se desenham em um movimento espiralado de manutenções, trocas e atualizações (Soalheiro, 2014).
    O texto fonte, que tinha certas linhas narrativas e certas questões estéticas, através do processo apropriativo na geração de uma nova obra midiática, é repensado para o novo contexto histórico social, se integrando a debates que são, agora, caros. Desta forma, como processo mercadológico, aliando dinâmicas de produção e recepção, estes novos textos se inserem em debates contemporâneos que interessam seu público alvo, atualizando-os.
    Neste artigo, tomamos o universo da personagem Sabrina e suas múltiplas manifestações ao longo de quase seis décadas, como ponto de partida para pensar diferentes adaptações e apropriações em contextos sócio-políticos diversos, assim como a sobreposição e acúmulo de referências na Cultura Pop.

Bibliografia

    DAVIS, G.; DICKINSON, K. (orgs.). Teen TV: Genre, Consumption, Identity. London: BFI, 2004.
    ENNE, A. L.. “Juventude como espírito do tempo, faixa etária e estilo de vida: processos constitutivos de uma categoria-chave da modernidade”. Comunicação, Mídia e Consumo. Revista do PPDCOM-ESPM. Vol. 7, n° 20, p. 13-35. São Paulo: ESPM, 2010.
    MAINGUENEAU, D.. O contexto da obra literária: enunciação, escritor sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
    MAIRA, S. e SOEP, E. (orgs.). Youthscapes: the popular, the national, the global. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2005.
    MITTEL, J.. Television and American Culture. Nova York: Oxford University Press, 2010.
    ROSS, S. M.; STEIN L. E. (orgs.). Teen Television: Essays on Programming and Fandom. Jefferson, Mc Farland & Company, 2008.
    SANDERS, J.. Adaptation and Appropriation. Nova Iorque: Routhledge, 2006
    SOALHEIRO,M.. Jane Austen é pop: o papel do leitor e do espectador na AustenMania. Dissertação de mestrado. PPGCOM-UFF, 2014.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
1650 Downloads

Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br