O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Ian de Vasconcellos Schuler (UERJ)

Minicurrículo

    Doutorando em artes visuais (UERJ), mestre em comunicação (UFRJ).

    Congressos:

    Socine: apresentação em seminário temático (2018)
    Anpap Regional: Apresentação em seminário (2018)
    Socine: apresentação em seminário temático (2012)
    Socine: apresentação em panorama (2013)

    Ensaios e publicações:

    Anpap, Estado de Alerta! Livro 3: “Algumas perspectivas sobre a filmagem de objetos estáticos” (2018)
    Revista Beira: “Cantos de Trabalho” (2017)
    Revista A!: “Em busca de uma verdade acidental” (2013)

Ficha do Trabalho

Título

    A Fotografia em Tempo de Alta Resolução: contrausos da nitidez

Seminário

    Interseções Cinema e Arte

Resumo

    No ensaio “Em defesa da Imagem Pobre” (2009) Hito Steyerl argumenta em favor das imagens de baixa resolução, convertidas e reconvertidas nas linhas piratas das redes. No entanto, em anos recentes, pequenos produtores assistiram a um crescente barateamento das tecnologias de captação de imagem em alta resolução, o que produziu um ambiente propício para experiências que fazem um uso crítico das condições de captação desses instrumentos. Essa apresentação pretende comentar alguns desses casos.

Resumo expandido

    No ensaio “Em defesa da Imagem Pobre” (2009) a ensaísta e artista visual Hito Steyerl argumenta em favor das imagens de baixa resolução, convertidas e reconvertidas nas linhas piratas das redes. O resultado dessas imagens (cuja “pixelização”, baixo registro de cores e achatamento da profundidade passam a fazer parte de suas próprias condições de visibilidade) igualmente produz um espaço de circulação que escapa às programações dos grandes mercados: emergem redes piratas dedicadas a exibição de filmes experimentais, filmes ensaios e todas as formas em vídeo e filme que recusam as lógicas clássico-narrativa de produção – e por isso são dispensadas pelos agentes exibidores tradicionais. Esse circuito exibidor alternativo cria comunidades pulverizadas e espontâneas entre cinéfilos relativamente despreocupados com as condições ideais de exibição, com a qualidade relativa de um produto fílmico autêntico e primeiro. As condições genéticas da imagem digital, em suas vantagens e deficiências, se torna bandeira estética para distintos cineastas, despertando o interesse tanto de jovens realizadores quanto de cineastas veteranos, incluindo alguns que operam dentro da lógica produtiva de Hollywood, como Michael Mann (“Inimigos Públicos”, 2009, “Miami Vice”, 2006), até cineastas que trabalham à margem dos grandes mercados, como Pedro Costa, e Jean-Luc Godard.

    No entanto, aproximadamente nos últimos dez anos, os consumidores domésticos e os pequenos produtores de filmes assistiram a um crescente barateamento das tecnologias de captação de imagem em alta resolução, no formato popularmente conhecido como “Full HD”, referentes à resolução de captação em 1920 pixels horizontais por 1080 pixels verticais. O relativo baixo custo de acesso a esse padrão de captação permitiu que uma nova geração de cineastas e artistas pudesse produzir imagens com uma resolução e textura similares às produções de alto custo: imagens excessivamente nítidas, que remetem a uma plasticidade típica tanto da publicidade quanto do cinema profissional.

    Esse “novo ambiente” produtivo permite que inúmeras experimentações em Full HD (ou suas derivações de resolução ascendente, como as tecnologias 2k, 4k, 8k, etc.) sejam construídas, inclusive algumas que passam a fazer um uso crítico ou paródico das condições de captação desses novos instrumentos, ou seja, do próprio Full HD. Entre esses casos, podemos mencionar o trabalho da artista visual Bárbara Wagner, que em seus trabalhos produz cruzamentos entre imaginário popular e publicitário, entre ambientes de estrutura social e econômica precária e imagens “polidas”, como se filmasse anúncios publicitários ou videoclipes de música pop em pequenas cidades de interior.

    A relativa democratização do acesso às imagens em alta resolução abre espaço para modos de usar que não são mais restritos as produções de alto custo, onde a correspondência entre nitidez e qualidade técnica geralmente é entendida como automática. A “liberação” da nitidez permite que em certas condições ela atue contra ela mesma, contra a “pureza” e a invisibilidade de seu mecanismo produtivo. Os contrausos da nitidez seriam aqueles que operam uma torção de seu uso típico, que comentam seu ascetismo excessivo pela produção de imagens à beira da repulsa (como em “La Peau”, 2007, de Thierry Kuntzel), ou em sátiras semi publicitárias (como em “Terremoto Santo”, 2017, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca).

    Essa apresentação pretende comentar alguns desses pontos, observando casos onde a alta resolução seria usada fora de seus padrões representativos ou industriais. Onde a sua pulverização permite que ela seja abordada a partir de outras lógicas produtivas.

Bibliografia

    AUMONT, Jacques. O olho interminável (cinema e pintura). São Paulo: Cosac e Naify, 2004.

    BELLOUR, Raymond. O ponto da arte. In: Cinema Sim. Narrativas e Projeções. Org: MACIEL, Kátia. São Paulo: Itaú Cultural, 2008.

    FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta. Rio de Janeiro: Sinergia Relume Dumará, 2009.

    MEKAS, Jonas. Anti-100 Years of Cinema Manifesto. Incite!, 2009.
    Disponível em: http://www.incite-online.net/jonasmekas.html?fbclid=IwAR0HhRzj9MdTeO2GgucuyMirFvblwvAulkUwO535mlnvbufpkA4txQXQEhk

    STEYERL, Hito. In Defense of the Poor Image. E-Flux: Journal 10. 2009.

    STEYERL, Hito. Duty Free Art: Art in the Age of Planetary Civil War. Verso, 2018.

    XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. RJ: Paz e Terra, 1984.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br