O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Breno Mota Alvarenga (UFPE)

Minicurrículo

    Graduado em Comunicação pela UFMG (2014) e mestrando em Comunicação pela UFPE. É ainda realizador audiovisual, trabalhando como roteirista e diretor de curtas metragens. Apresentou em 2018 na SOCINE o trabalho “A Música e a Narrativa Fílmica: o Papel da Canção Popular em Aquarius”, primeiras reflexões sobre a futura dissertação.

Ficha do Trabalho

Título

    Sons do passado: relatos nostálgicos em paisagens sonoras fílmicas

Seminário

    Estilo e som no audiovisual

Resumo

    O trabalho tem como intenção investigar a possibilidade de paisagens sonoras fílmicas de instaurarem atmosferas específicas, em especial atmosferas nostálgicas. Para tal, propõe-se a análise da sonoridade de três filmes: Nostalgia (1983), Memórias do Subdesenvolvimento (1967) e Aquarius (2016). Por meio de uma reflexão sobre o uso de ruídos, silêncios, músicas e vozes nos três filmes, almeja-se questionar se o som do cinema faz comparecer a nostalgia de seus personagens.

Resumo expandido

    O objetivo do trabalho é explorar a capacidade do som do cinema de criar atmosferas nostálgicas nos filmes, investigando o uso de ruídos, voz, música e silêncio como possíveis elementos construtores de paisagens sonoras fílmicas de nostalgia.

    Para tal, propõe-se a revisão do conceito de nostalgia. A partir das investigações de Linda Hutcheon (2000), busca-se rever a origem da palavra e o percurso histórico das investigações acerca de tal sensação, abarcando desde o século XVIII (quando era considerada uma enfermidade) até atualmente, momento indicado pela pesquisadora como sendo de uma crise coletiva de nostalgia. Ainda, propõe-se uma reflexão sobre os estudos de Svetlana Boym (2001), especialmente sobre a distinção feita por ela entre nostalgia restaurativa e nostalgia reflexiva.

    A partir disso, uma análise do termo paisagem sonora seria instaurada, partindo em especial dos estudos de R. Murray Schafer. Segundo o autor, a paisagem sonora seria todos os elementos sonoros que fazem parte de um “ambiente acústico” (SCHAFER, 2001). Ou seja, qualquer tipo de evento sonoro circunscrito em um espaço e tempo, onde “o espaço acústico de um objeto sonoro é o volume de espaço no qual o som pode ser ouvido. O máximo espaço acústico habitado pelo homem será a área dentro da qual se pode ouvir a sua voz” (SCHAFER, 2001, p.299). Partindo para a aplicação deste conceito no cinema, busca-se refletir sobre as investigações de Fernando Morais da Costa (2010) sobre a paisagem sonora fílmica, em especial sobre os diferentes elementos sonoros que a compõem (ruídos, diálogos, silêncios e músicas, por exemplo).

    No que tange a parte analítica, almeja-se a reunião de um corpus fílmico que seja capaz de fornecer reflexões sobre os diferentes elementos sonoros pertencentes a uma paisagem sonora fílmica. Por exemplo, ao investigar a capacidade do silêncio e ruídos de instaurarem nostalgia, o filme Nostalgia (1983) será convocado para uma reflexão sobre a ausência de som e uso de ruídos minimalistas como uma estratégia de criação de uma atmosfera melancólica e saudosista do personagem em relação à sua infância. Já para investigar a voz, Memórias do Subdesenvolvimento (1967), por meio da relação do personagem com fitas antigas de um gravador, permite notar a capacidade da voz e do diálogo em rememorar tempos de outrora. Por fim, em relação ao uso da música, intenciona-se analisar o filme Aquarius (2016) a partir do uso de canções populares como pontes entre o presente e o passado da personagem Clara. Em especial nesta parte, as proposições de Tia DeNora (2004) sobre música e memória afetiva se farão enriquecedoras.

    Quanto à metodologia empregada, o estudo se valerá principalmente da análise de conteúdo. Ainda que os filmes sejam de países e anos distintos, procura-se encontrar os pontos de conexão entre eles, numa espécie de constelação reunida a partir de um som nostálgico. Por meio da reunião deste corpus fílmico e do referencial teórico necessário, o investigador se propõe a analisar a materialidade fílmica em seus pormenores (planos, montagem, fotografia e outros aspectos estéticos), além da narrativa do filme (que se deixa transparecer por meio de elementos como roteiro, direção e atuação), tendo sempre como ponto de referência a relação destes com o som. Uma importante metodologia para tal é a análise dos pontos de escuta, proposta por Michel Chion. O autor divide o som de um filme sob dois aspectos: o ponto de escuta espacial e o ponto de escuta subjetivo (CHION, 2011). Neste segundo, por exemplo, o pesquisador ocuparia um lugar em que toma como referencial o “personagem na ação, [onde ele] vê aquilo que eu vejo” (p. 74).

    Dessa forma, o seguinte estudo parte da hipótese de que os diferentes elementos sonoros fílmicos podem ser capazes de criar certas atmosferas em suas paisagens sonoras, em especial atmosferas nostálgicas. Para a comprovação ou refutação de tal hipótese, escolher-se-á um ou mais filmes para cada elemento sonoro.

Bibliografia

    BOYM, Svetlana. The Future of Nostalgia​. New York: Basic Books. 2001

    CARRASCO, Ney. Trilha musical: música e articulação fílmica​. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, 1993.

    CHION, Michel. Audio-vision: sound on screen​. New York: Columbia University Press, 1994.

    COSTA, Fernando Morais da. Pode o cinema contemporâneo representar o ambiente sonoro em que vivemos? Rio de Janeiro: Logos: Comunicação e Audiovisual. Ano 17, nº01, 2010.

    DENORA, Tia. Music In Everyday Life. Cambridge. Cambridge University Press. 2004

    HUTCHEON, Linda; VALDÉS, Mario J. Irony, Nostalgia, and the Postmodern: A Dialogue​. Poligrafías. Revista de Literatura Comparada, División de Estudios de Posgrado, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Nacional Autónoma de México, Ciudad Universitaria, México, 2000.

    SHAFER, R. Murray. A afinação do Mundo​. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br