O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Fernanda Bastos Braga Marques (ECO-UFRJ)

Minicurrículo

    Fernanda Bastos é editora de audiovisual desde 1999, tendo editado diversos produtos como programas de TV, comerciais, clipes e filmes – incluindo curta e longa metragens, bem como filmes de artistas. Atualmente trabalha na recuperação, organização e edições inéditas da filmografia da artista plástica Brígida Baltar.
    Jornalista e mestre pela ECO – UFRJ, cursa agora doutorado na mesma instituição, com a tese Tempo visível, que trata de imagens do tempo engendradas por aparelhos e dispositivos.

Ficha do Trabalho

Título

    Três narrativas mínimas de Brígida Baltar

Seminário

    Montagem Audiovisual: reflexões e experiências

Resumo

    Este artigo propõe analisar três fotofilmes da artista Brígida Baltar – Abrindo a janela, Os 16 tijolos que moldei, Os mergulhos de – com enfoque no processo de montagem audiovisual, que os constrói atribuindo características cinematográficas, como duração e lógica sequencial a imagens estáticas.
    São filmes estruturados em narrativas mínimas, constantemente presentes na obra da artista.

Resumo expandido

    Brígida Baltar é uma artista plástica brasileira totalmente inserida no conceito de artevida. Ela tem o próprio corpo e a própria casa/ateliê como campos de experimentação e fontes de criação de sua obra, que inclui desenho, pintura, escultura, bordado, fotografia, cinema e vídeo. O trabalho da artista está quase sempre ligado aos processos, às experiências e aos afetos. Sendo assim, alguns de seus filmes são registros de performances, como Abrigo e Torre (ambos de 1996); outros são performances encenadas para a câmera, como Maria Farinha Ghost Crab (2004) e Voar (2011).
    Este artigo propõe analisar três fotofilmes da artista, são eles: Abrindo a janela (1996), Os 16 tijolos que moldei (2008), Os mergulhos de (1999). Além da origem fotográfica de suas imagens, os três filmes tem em comum a curta duração e a narrativa mínima, construída pela montagem audiovisual que atribui duração e sequencialidade às imagens estáticas. Por outro lado, cada um tem uma característica técnica, o que, associado às possibilidades da montagem, gera resultados muito diferentes.
    Abrindo a janela e Os 16 tijolos que moldei fazem parte da longa pesquisa realizada por Baltar sobre tijolos e pó de tijolos, desde 1992, na qual realizou trabalhos como os já citados Torre e Abrigo, Paisagens Vermelhas (2009), Passagem Secreta (2007) etc. No primeiro, a artista e seu filho abrem um buraco na parede da casa/ateliê, inventando uma nova janela. No segundo, ela mistura o pó de tijolo retirado da casa/ateliê ao barro do sertão brasileiro para fazer tijolos artesanais em uma olaria. Em Os mergulhos de, Baltar homenageia alguns colegas de uma residência artística da qual participou na Bahia fotografando seus mergulhos no mar. Ou seja, além das características formais já citadas, que reúnem os três filmes, podemos observar a marca do afeto cotidiano constante na obra da artista.
    Os fotofilmes são um campo experimental por excelência, uma vez que têm como premissa a desconstrução de um modelo – o cinema clássico – e a investigação de suas possibilidades imagéticas e narrativas. Inicialmente, com o desenvolvimento dos campos fotográfico e cinematográfico, nas áreas técnica e comercial, os discursos e saberes construídos em seu entorno, principalmente a partir da segunda metade do século passado, trataram mais de opô-los e separá-los por suas diferenças e de olhar para suas especificidades como meios, deixando um pouco de lado as interseções e diálogos. São discursos e saberes ligados a uma visão de mundo moderna, na qual tudo é separado e categorizado, em busca da pureza essencial de cada objeto, por isso mesmo as fronteiras e áreas de interseção não são consideradas. (LATOUR, 1994) Mas sempre há o desvio e o “entre”, e os fotofilmes habitam justamente essa fronteira entre a fotografia e o cinema – imagem fixa e imagem em movimento; interrupção e fluxo; matéria e luz – com a liberdade formal, que o rótulo de “experimental” lhes permite, alcançando resultados bem diversos.

Bibliografia

    BALTAR, Brígida. Passagem secreta. Rio de Janeiro: Editora Circuito, 2012.
    FATORELLI, Antônio, CARVALHO, Victa e PIMENTEL, Leandro (orgs.). Fotografia contemporânea – desafios e tendências. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016.
    FATORELLI, Antonio. Fotografia contemporânea: entre o cinema, o vídeo e as novas mídias. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2013.
    GONÇALVES, Osmar (org.). Narrativas sensoriais. Rio de Janeiro: Editora Circuito, 2014.
    LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janiero: Editora 34, 1994.
    MACIEL, Katia (Org.). Cinema Sim: Narrativas e Projeções. São Paulo: Itaú Cultural, 2008. Catálogo.
    ________. Transcinemas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2009.
    PARENTE, André; CARVALHO, Victa de. Entre cinema e arte contemporânea. revista Galáxia, São Paulo, n. 17, 27 p. 27-40, jun. 2009.
    ________. Narrativa e Modernidade: os cinemas não-narrativos do pós-guerra. Campinas: Papirus, 2000.
    TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br