O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Josmar de Oliveira Reyes (Unisinos)

Minicurrículo

    Mestre em Estudos Francófonos pela UFRGS (1994)
    Doutor em Ciências da Informação e da Comunicação pela Université de Paris 3 (Sorbonne Nouvelle) (2008)
    Pós-doutorando pela Université de Paris 3 (Sorbonne Nouvelle) com pesquisa sobre a filmografia do cineasta coreano Kim Ki-duk.
    Professor do Curso de Realização Audiovisual (Unisinos)
    Publicou o livro: Le film comme lecteur du texte littéraire: L´Heure de l´Étoile et Les Nuits du Sertão (Presses Universitaires de Lille)

Ficha do Trabalho

Título

    Representações/metáforas da água na filmografia de Kim Ki-duk

Resumo

    Pretende-se abordar a água, como elemento que encontra diversas representações na filmografia do realizador coreano Kim ki-duk: o rio em Crocodilo, o mar em Birdcage inn. , a ilha em A Ilha, o aquário em Birdcage inn e em Pietà, o lago em Primavera, verão, outono, inverno…Primavera, o banho em Samaria. Estas representações aquáticas ao longo da filmografia do cineasta propõem uma leitura simbólica e metafórica que se constrói no interior da narrativa e/ou no diálogo entre os diversos filmes.

Resumo expandido

    Pretende-se abordar a água, enquanto elemento que encontra diversas representações/metáforas ao longo da filmografia do realizador coreano Kim ki-duk: o rio, o mar, a ilha, o aquário, o lago, o banho etc. O tema aquático se alia a uma concepção estética de Kim Ki-duk como em Real Fiction (2000) onde cordas de chuva são a superfície através da qual a narrativa se desenrola. O elemento líquido servirá de superfície. Um plano de A Ilha (2000) mostra algumas notas de dinheiro que boiam sobre a superfície de um lago. O cineasta filme do interior do lago recobrindo a tela de uma camada líquida que valoriza as notas de dinheiro, como coladas ao nosso olhar. Quando uma jovem mergulha a mão na água, ela deforma, portanto, diretamente a visão que temos dela. Os aquários estão presentes ao longo da filmografia do cineasta, sendo que podemos pensar numa referência ao videoartista mais famoso da Coreia, Nam June Paik, e sua reiterada temática do aquário. A água, segundo Bachelard, é um lugar de morte, de limpeza/purificação e de conforto. Além de A Ilha, citado acima, e Primavera, verão, outono, inverno… Primavera (2003), podemos citar Crocodilo (1996) como sendo um de seus filmes mais aquáticos. Ele conta uma história de amor violenta às margens do rio Han entre um mendigo e uma jovem. A água é um espaço alternativo à dura realidade da cidade e à violência do mundo dos mendigos. Seul é filmada a partir de planos extremamente próximos ao chão. Sob a água, na proximidade da ponte onde ele mora, o mendigo dispõe de uma “sala” aquática: um sofá sobre o qual está pendurado um quadro roubado de um quarto de hotel. A água está associada a práticas religiosas e espirituais (Primavera, verão, outono, inverno… Primavera; Samaria etc.). As personagens de Kim Ki-duk se banham no mar, se refugiam na chuva ou fazem do ritual do banho um verdadeiro meio de comunicação entre elas como em Samaria (2004). As duas personagens “mudas” de O Arco (2005) habitam em um barco, no meio de um rio, não se vendo jamais um pedaço de terra. Elas adotam um modus vivendi em que todas as necessidades humanas são supridas neste espaço. O contato com a terra é feito pelo “avô”, que traz da terra (jamais vista) tudo o que é necessário para a sobrevivência dos dois. Este avô, no seu canto dos cisnes, morre pacificamente retornando à mãe-água. A pesca, onipresente em A Ilha e O Arco, é uma atividade de lazer privilegiada para os coreanos. Seu filme documental autobiográfico, Arirang (2011), tem a água e as variações climáticas como elemento constante. No seu filme mais premiado, Pietà (2012), a água encontra pelo menos duas representações contundentes na presença do aquário e do rio. Estas representações ao longo da filmografia do cineasta propõem uma leitura simbólica e metafórica que se constrói no interior da narrativa e/ou no diálogo entre os diversos filmes como a melancolia, a passagem do tempo, a busca espiritual, a metáfora da fluidez corporal, ou ainda da felicidade ou da crueldade, o jogo maniqueísta da vida etc.

Bibliografia

    ALMEIDA, Julia Maria Costa. Falas, silêncio e imagens: o cinema de Kim Ki-duk. Ponto de Acesso, Salvador, v. 4, n. 1, pp. 30-44, abril 2010.
    CHENG, Anne. La notion d´espace dans la pensée traditionnelle chinoise. Asies II Aménager l´espace.
    GOMBEAUD, Adrien. Séoul cinéma: les origines du nouveau cinéma coréen. Paris : L´Harmattan, 2006.
    Kim, Ki-Duk. “Kim, Ki-Duk on Kim Ki-Duk.” Kim Ki-Duk: The Untamed or a Scapegoat. Ed. Sung-Il Chung. Seoul: Happy Reading, 2003.
    MERAJVER-KURLAT, Marta. Kim Ki Duk: On Movies, the Visual Language. Mexico, Jorge Pinto Books Inc, 2009.
    RIVIÈRE, Danièle. Kim Ki-duk. Edition Disvoir, Paris, 2006.
    SEUNG CHUNG, Hey. Kim ki-duk (Contemporary Film Directors). Illinois, University of Illinois Press, 2012.
    SHIN, CHI-YUN, Julian Stringer. New Korean Cinema. New York: New York. University Press, 2005.
    YAU SHUK-TING, Kinnia. East Asian Cinema and Cultural Heritage: From China, Hong Kong, Taiwan to Japan and South Korea. Londres, Palgrave Macmillan, 2011.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br