O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Adriana Mabel Fresquet (CINEAD/FE/UFRJ)

Minicurrículo

    Professora Associada da Faculdade de Educação da UFRJ. Coordena o grupo CINEAD do Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual que desenvolve atividades de pesquisa e ensino vinculadas ao programa de extensão em projetos na educação básica, no setor pediátrico e geriátrico do Hospital Universitário e em parceria com a Cinemateca do MAM-Rio. Atualmente, realiza seu pós-doutorado sobre “Políticas e pedagogias do cinema e da educação na escola” orientada por Inés Dussel (CINVESTEV-DF), Mexico.

Ficha do Trabalho

Título

    A preservação do cinema: a CINEMATECA, a ESCOLA e a UNIVERSIDADE

Seminário

    Cinema e Educação

Resumo

    Imagine uma cinemateca que atualiza a preservação do seu acervo fazendo 5 cópias em 4k de cada fotograma dos seus filmes. Imagine agora um governo que recebe de mãos de cineastas e preservadores um Plano Nacional de Preservação Audiovisual e não da nenhum tipo de retorno durante quatro anos. Que países são esses? Que políticas públicas fazem isso possível? Como fazer para que o património audiovisual nacional preservado circule pelo país começando pelas escolas públicas? Um estudo México-Brasil

Resumo expandido

    A Cineteca Nacional (México, DF) produz permanentemente 5 copias em 4k de cada fotograma dos sus filmes. Sete salas de cinema abertas diariamente com uma oferta que mistura cinema comercial com independente, públicos variados, integrando o mercado através de numerosas lojas que oferecem livros, músicas, filmes e cafe criam um espaço de encontro. Do lado externo, uma enorme telona se ativa ao chegar a noite. Não se trata de um drive-in. Pessoas de todas as idades procuram suas esteras para assistir filmes num delicioso jardim íngrime.
    Ao mesmo tempo, pouca coisa vincula a Cineteca às escolas púbicas e às universidades. Sua capacidade de recepção para investigadores com serviços da mais alta qualidade fazem da sala de pesquisa um lugar de excelência com atendimento especializado e conforto impar. Apenas, uma universidade (privada) realiza aulas de mestrado. A Educação Básica (EB) aparece em episódios isolados, ocasionais. Não existe um projeto ou programa permanentes da instituição.
    No Brasil, pela sua vez, longe de investimentos significativos para preservar e divulgar seu cinema, existem programas e parecerias pedagógicas em diferentes cinematecas, São frequentes as aulas de universidades públicas nas suas salas. Porém, isso não torna acessíveis os recursos audiovisuais nacionais para qualquer pessoa. A maioria dos municípios brasileiros não tem sequer acesso a salas de cinema. Uma bela iniciativa para agilizar a circulação da produção audiovisual nacional foi a PROGRAMADORA BRASIL (PB). Programa estratégico da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, entre 2006 e 2013, juntamente com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico Audiovisual (CTAv) construiram um catálogo com 970 filmes e vídeos de todas as regiões do país, organizados em 295 programas (DVDs), apresentando a diversidade e a possibilidade de conhecimento sobre o cinema brasileiro. À promessa do conjunto de filmes em formato DVD virar o início de uma plataforma on line se somava à esperança do Ministério de Comunicações garantir uma banda larga para todo o pais. Promessas diluídas, kits esquecidos, apagados ou destruidos com o impeachment e a dissolução do Ministério de Cultura nos fazem sentir a força da regressão. Ainda em 2015 a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual entregou em mãos dos responsáveis pela Secretaria do Audiovisual do MinC um Plano Nacional de Preservação Audiovisual que completará 4 anos de estrondoso silêncio.
    Outros modos de aproximar a memória do cinema à sociedade têm exemplos fortes na Cinemateca Capitólio em Porto Alegre com intensas interações com a EB pelo Programa de Alfabetização Audiovisual. No Rio, o MAM recebe diversos festivais, mostras, cursos de formação. Em 2008 acolheu estudantes de EB para assistir filmes de Nelson Pereira dos Santos e mergulhar nas cartas, rascunhos, convites e cartazes antes do encontro com o Diretor em visita numa escola piloto que apadrinhara para a criação de escolas de cinema em escolas públicas. Ele convidou aos alunos depois para a Academia Brasileira de Letras.
    Festivais de produção audiovisual escolar e seminários de formação de professores acontecem em Museus de Imagem e Som (Campinas), Salas tradicionais como Vila Rica em Ouro Preto ou o Cinema São Luiz ou a Fundação Joaquim Nabuco no Recife, entre tantas outras iniciativas interessantes porém isoladas.
    O que fazer? É preciso inventar modos de operacionalizar a chegada dessas imagens de arquivo para os espaços educacionais de todos os níveis de ensino.
    Enquanto lutamos por políticas públicas que reconheçam a importancia da sobrevivência do cinema nacional e sua presença nos espaços educacionais como sonhara Humberto Mauro, cada vez que exibimos um filme e como Os óculos do vovô, A velha a fiar ou Limite, para uma turma de em uma escola de educação infantil, ensino fundamental ou médio ou para estudantes universitários acredito que estamos fazendo um gesto de preservação de cinema em contextos educativos.

Bibliografia

    BEZERRA, L. Preservação audiovisual no Brasil Contemporâneo. 10ª CINEOP Mostra de Cinema de Ouro Preto. Uma década de preservação. Cinema Património. Ouro Preto: Universo, 2015.
    FRESQUET, A. A preservação audiovisual e a educação – O que faria Humberto Mauro, em tempos da lei 13006, com “Os óculos do vovô”? In: Reflexões sobre a preservação audiovisual.1 ed.Ouro Preto : UNIVERSO, 2015, v.1, p. 174-177.
    HEFFNER, H. A preservação audiovisual na atualidade. Filme Cultura, v. 24, p. 93-95, 2012.
    __________ Em busca do futuro: Veredas cinematográficas brasileiras. Cinética, v. Julho, p. 1, 2012.
    HEFFNER, H.; DANGELO, R. H. (Org.) ; DANGELO, F. H. (Org.). Reflexões Sobre a Preservação Audiovisual – 2006-2015. 10 Anos da CINEOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. 1. ed. Belo Horizonte: Universo Produção, 2015.
    SCHMELZ, I. Cineteca Nacional 40 anos de história. 1974/2014. México: Conaculta – Cineteca Nacional, 2015.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br