O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Lucas Gadelha Parente (UFRJ)

Minicurrículo

    Doutorando em Linguagens Visuais na EBA-UFRJ. Dedica-se ao cinema e à escrita, além de desenvolver pesquisas voltadas para a história da arte, do cinema, das cidades e das religiões. Dentre seus trabalhos em vídeo e cinema se destacam Satan Satie ou Memórias de um Amnésico (2015), co-dirigido com Juruna Mallon e Calypso (2018), longa-metragem co-dirigido com Rodrigo Lima. Atualmente dirige o cineclube Urubu Cine, na Cinemateca do MAM-RJ, dedicado ao curta-metragem dos anos 1960 a 1980.

Ficha do Trabalho

Título

    A Corcina e a Lei do Curta: auge e crise do curta-metragem brasileiro?

Mesa

    História e preservação do curta-metragem brasileiro

Resumo

    Fundada no Rio de Janeiro em 1978, a CORCINA – Cooperativa dos Realizadores Cinematográficos Autônomos – realizou cinquenta curtas-metragens em cinco anos, distribuindo cerca de cem filmes em salas de cinema durante o período de implementação da Lei do Curta. Uma das maiores representantes do curta-metragismo brasileiro, a CORCINA se caracteriza pela afirmação político-econômica do curta-metragem e por seu caráter experimentador, realizando uma verdadeira antropologia poética da cidade.

Resumo expandido

    Há movimentos subterrâneos que permanecem excluídos da história oficial que funcionam como terremotos clandestinos, despontando inesperadamente décadas depois em novas cristalizações. É curioso como no Brasil, durante os anos 1970, há uma enorme produção de curtas-metragens assombrosos, em quantidade e qualidade, que se mantém raros em relações e análises levantadas por críticos, teóricos e historiadores do cinema nacional. Tal produção é extremamente germinativa, essencial para se pensar as transformações por que passará o cinema nacional nas décadas seguintes. Trata-se de um cinema caracterizado pela valorização de um formato alternativo, considerado menor, assim como por novos modos de produção, distribuição e exibição de filmes, com o extenso uso de câmeras e projetores de 16mm e Super8, permitindo a multiplicação de cineclubes pelo país.
    O Cinema Alternativo não se plasmou em uma unidade de movimento, possuindo como característica estrutural seu próprio dinamismo, ponto de encontro que era entre várias tendências e movimentos políticos e artísticos. Surgiu como uma frente única do curta-metragismo, engendrando diálogos e contrapontos com relação ao Cinema Novo, ao Cinema Marginal e ao documentarismo de Thomas Farkas. Além do crescimento quase espontâneo de uma rede de cineclubes pelos estados, exibindo filmes apresentados em festivais e aqueles fornecidos pelos acervos das cinematecas criadas no Rio e em São Paulo, despontou, nos anos 1970, uma nova geração de realizadores que emergiu nos festivais de cinema amador, como a Jornada de Cinema da Bahia, dentre outros festivais de documentários. Inteiramente voltada para a exibição de curtas, a Jornada foi um verdadeiro caldeirão de discussões onde se fundou a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD), com sede no Rio de Janeiro. A ABD tornou-se, então, um núcleo central de tensão entre o Cinema Alternativo e a Embrafilme, lutando para que se regulamentasse a distribuição de curtas-metragens.

    Por volta de 1975 a ABD pressionou a Embrafilme para que se alterasse a regulamentação de distribuição e exibição de curtas-metragens. Surgia a Lei do Curta, posta em prática a partir de 1977, tornando obrigatória a exibição de um curta-metragem nacional antes de cada longa-metragem estrangeiro. Para aplicar-se à lei, o filme deveria possuir até 12 minutos e ser distribuído em 35mm. Não seria necessária uma nota de qualidade para que os filmes fossem distribuídos, e assim, curtas experimentais invadiram as salas do circuito comercial ao lado de curtas informativos. Cada curta exibido recebia 5% da bilheteria, sendo o dinheiro reinvestido em novas produções, isso gerou um novo sistema rentável para cineastas que se dedicavam ao curta-metragem. A lei também previa que cada produtora poderia enviar até 5 curtas a serem distribuídos por ano. Certas empresas começaram a rentar com o aluguel de tais vagas, recebendo dinheiro para enviar curtas de cineastas sem produtoras. Então, cineastas da ABD, dentre eles Sérgio Péo, Lúcio Aguiar, Sílvio Da-Rin, Sandra Werneck, Jorge Abranches, Pompeu Aguiar e Ivan Vianna, uniram-se para buscar uma solução jurídica que permitisse a distribuição de curtas de realizadores independentes. Optaram por fundar uma cooperativa de produtores e realizadores, a Cooperativa de Realizadores Cinematográficos Autônomos – CORCINA. Fundada no Rio de Janeiro em 1978, a CORCINA – Cooperativa dos Realizadores Cinematográficos Autônomos – realizou cinquenta curtas-metragens em cinco anos, distribuindo cerca de cem filmes em salas de cinema durante o período de implementação da Lei do Curta. A Uma das maiores representantes do curta-metragismo brasileiro, a CORCINA se caracteriza pela afirmação político-econômica do curta-metragem e por seu caráter experimentador, realizando uma verdadeira antropologia poética da cidade, temas da presente comunicação.

Bibliografia

    ALENCAR, Miriam. O cinema em festivais e os caminhos do curta metragem no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Artenova/Embrafilme, 1978.

    Catálogo Dobra – Festival Internacional de Cinema Experimental, 2018.

    MOURA, Roberto. “O curta na década de 1970”. Revista Cine Cachoeira, Ano II, n.3, 2012.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br