O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Adriano Ramalho Garrett (UAM)

Minicurrículo

    Graduado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e mestrando em Comunicação – Audiovisual pela Universidade Anhembi Morumbi, atua como crítico e repórter. É idealizador e editor do site Cine Festivais e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Pensando os meandros da seleção e programação de filmes, realizou entrevistas com curadores de alguns dos principais festivais brasileiros. A área da curadoria em cinema também é foco da sua pesquisa de mestrado.

Ficha do Trabalho

Título

    Mostra Aurora (2008-2012): discurso curatorial e recepção crítica

Resumo

    Partindo de um estudo que pretende mapear ou conceituar o que é hoje a curadoria em cinema no Brasil, a presente apresentação irá analisar o discurso construído pela curadoria da Mostra Aurora em seus anos inaugurais (2008-2012), utilizando para isso textos em catálogos, falas em mesas de debate e entrevistas para a imprensa, etc. O intuito é fazer um cotejo entre as visões da curadoria sobre si mesma e a repercussão crítica/jornalística sobre o evento publicada ao longo do mesmo período.

Resumo expandido

    A Mostra de Cinema de Tiradentes, criada em 1997, passou por uma mudança a partir de 2007, com a entrada em sua equipe do crítico Cleber Eduardo, e mais especificamente no ano seguinte, quando houve a primeira edição da Mostra Aurora, seção competitiva voltada a realizadores em início de carreira em longas-metragens.

    Eduardo trouxe uma proposta de curadoria que buscava ir de encontro à de vários outros festivais nacionais, como é possível verificar nesta declaração que deu para a Revista Cinética no ano de sua entrada no festival: “Eu não tenho conhecimento de nenhum festival de cinema brasileiro que tenha um catálogo em que o curador se explique durante algumas páginas sobre seus critérios para escolher aquela composição de filmes, ou mesmo que a comissão explique seus critérios. Apenas se seleciona e pronto, e quando se vai reclamar da seleção, seja a crítica ou seja os realizadores, não se tem de quem reclamar porque é um grupo, e esse grupo não tem identidade e o critério de escolha não é de uma pessoa e não é de grupo também” (EDUARDO, 2007).

    Pode-se apontar um exagero neste posicionamento generalista, visto que é possível encontrar antes de 2007 a ocorrência regular “de mostras e festivais de cinema com outros valores de curadoria e de programação, refletindo as novas condições de produção do cinema brasileiro independente” (IKEDA, 2018), como é o caso da Mostra do Filme Livre (criada em 2002 no Rio de Janeiro) e do Cine Esquema Novo (criado em 2003 em Porto Alegre). Mas é viável defender o lugar de importância da Mostra Aurora no debate sobre curadoria em cinema no País, notadamente em suas primeiras edições, que coincidem com um momento de reconfiguração do cenário de festivais brasileiros (com a criação de eventos como o Olhar de Cinema, a Semana dos Realizadores, o Janela Internacional de Cinema do Recife, o Cachoeira Doc, o Panorama Coisa de Cinema, entre outros).

    Partindo de um estudo que busca mapear ou conceituar o que é hoje a curadoria em cinema, buscamos observar de que forma a Mostra de Tiradentes, e mais especificamente a criação da Mostra Aurora, contribuiu não só para complexificar e trazer à tona o conceito de curadoria em cinema, mas também como essa curadoria terminou por dar forma a um tipo de cinema cuja produção se generaliza no período.

    Na presente apresentação vamos analisar o discurso construído pela curadoria da Mostra Aurora nos cinco anos inaugurais do evento (2008-2012), utilizando para isso textos em catálogos do festival (que se tornaram mais volumosos ano após ano a partir de 2007), declarações em mesas de debate e entrevistas para a imprensa, entre outras fontes. O intuito é fazer um cotejo entre as visões da curadoria sobre si mesma e a repercussão crítica/jornalística sobre o evento publicada ao longo do mesmo período.

    É importante lembrar que a chegada de Cleber Eduardo à curadoria da Mostra de Tiradentes representou “a aproximação de uma nova geração de críticos, que despontava na crítica on-line, especialmente nas revistas Contracampo e Cinética, ao contexto da curadoria de mostras de cinema no país” (NOGUEIRA), e que esta crítica eletrônica contra-hegemônica procurava se diferenciar de boa parte dos textos publicados em jornais e revistas sob o rótulo de “críticas”, os quais eram vistos pejorativamente como jornalismo cultural (VALENTE, 2000).

    Tendo isso em vista, a análise de recepção aqui proposta a respeito dos primeiros anos da Mostra Aurora tem como fonte de investigação um rol variado de veículos, tanto impressos tradicionais quanto sites e blogs com perfis diversos, buscando traçar um panorama que aponte como esses textos se aproximam ou se afastam, em maior ou menor grau, das visões curatoriais defendidas pela equipe do festival.

Bibliografia

    EDUARDO, Cleber. “Configurando um panorama – a curadoria da Mostra de Tiradentes”. 2007. Cinética. Disponível em: . Acesso em: 17 de abr. 2019.
    EDUARDO, Cléber et al. Catálogos da Mostra de Cinema de Tiradentes. Belo Horizonte: Universo Produção, 2007-2012.
    IKEDA, Marcelo. Novos desafios na curadoria e programação no cinema brasileiro do século XXI. In: Menotti, Gabriel (org.). Curadoria, cinema e outros modos de dar a ver. Vitória: Edufes, 2018.
    LEAL, Antônio; MATTOS Tetê. Festivais Audiovisuais Brasileiros: Um diagnóstico do setor. In: V Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. UFBA, 2009.
    NOGUEIRA, Cyntia. Cinefilia e crítica cinematográfica na internet: uma nova forma de cineclubismo? Estudos de Cinema e Audiovisual Socine, São Paulo, p. 157-163, 2006.
    VALENTE, Eduardo. Afinal, para que serve o crítico? Contracampo, n. 24, dez. 2000.
    Disponível em . Acesso em: 17/04/19

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br