O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Eliska Altmann (UFRJ)

Minicurrículo

    Professora associada do Departamento de Sociologia da UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFRRJ). Coordena o GRUA – Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais: http://www.grua.art.br (CNPq). Organiza a coleção “Cinema em livro: Eduardo Coutinho visto por”, editada pela 7Letras. Tem experiência na área de sociologia da cultura com ênfase em movimentos artísticos, recepção de bens culturais, crítica cinematográfica e América Latina.

Ficha do Trabalho

Título

    Cidade e distopia: filmes brasileiros comparados (anos 1950-60 e 2019)

Seminário

    Audiovisual e América Latina: estudos estético-historiográficos comparados

Resumo

    A ideia de distopia é o objeto do trabalho que tem como tarefa identificar imaginários sobre o Rio de Janeiro em análise comparada da recepção de quatro filmes brasileiros realizados nas décadas de 1950 e 1960. Por meio de práticas “crítico-cinematográficas”, que engendram uma leitura sociocrítica, será enfatizada uma lente distópica, própria aos nossos dias, a verificar elos espaço-temporais de uma cidade (e do próprio País) que reprisam certo passado em nova roupagem.

Resumo expandido

    A ideia de distopia é o objeto do trabalho que tem como tarefa identificar imaginários sobre o Rio de Janeiro, enquanto e para além da capital, por meio da crítica cinematográfica. A análise comparada de quatro filmes brasileiros realizados nas décadas de 1950 e 1960 envolve práticas “crítico-cinematográficas” que, com base em uma lente distópica própria aos nossos dias, engendram uma leitura sociocrítica. Esta, por sua vez, pressupõe que elementos sociais se encontram nas (ou dentro das) próprias obras. Contudo, tais elementos serão igualmente verificados como exteriores às mesmas, bem como em sua recepção.
    Assim, se a distopia muitas vezes é tomada como o avesso da utopia, relacionada à falência do humanismo, normalmente associada a um tempo futuro, a um mundo pós-humano-tecnológico, veremos que tal concepção no Brasil e no cinema brasileiro pode ser vista longe de um “por vir”, sendo motor de práticas sociopolíticas a se repetirem sazonalmente. Trata-se, portanto, de um caráter anacrônico a integrar um “futuro passado” atual. Se, como observa Reinhart Koselleck (1993: 333-357), a expectativa experimentada hoje é o futuro tornado presente, este trabalho será atravessado por sentidos de uma experiência expectante. Nesta dimensão, a distopia mostrará sua base não na expectativa futura, mas em sua própria permanência, ou seja, nas estruturas formais da história que são cíclicas, representando o que o historiador alemão denomina por “constantes antropológicas”.
    Noto que a presente pesquisa compreende uma terceira etapa, sob uma nova ótica – distópica –, de duas investigações que têm como tarefa identificar imaginários sobre os processos de capitalidade e descapitalização do Rio de Janeiro. Seu primeiro esboço, apresentado em um congresso na Argentina, em 07 de setembro de 2018, conferiu à comunicação uma importância simbólica nos seguintes aspectos: ela foi discutida na data comemorativa dos 186 anos da independência do Brasil, cinco dias depois do incêndio do Museu Nacional (que destruiu um dos maiores e mais populares acervos históricos e científicos do mundo), e um dia depois de Jair Bolsonaro, então candidato à presidência da república, sofrer um atentado a faca num evento de campanha. O “capitão” (cujo maior ídolo é um torturador da ditadura militar brasileira, 1964-1985) ganhou as eleições no segundo turno, por meio de voto popular, em 28/10/2018. Tal momento e tais acontecimentos podem parecer amostras do termo “distopia”, a compor o título do trabalho.
    Quanto ao recorte, vale lembrar que a cidade foi capital do Brasil entre 1763 e 1960, deixando de sê-lo e tornando-se Estado da Guanabara, até 1975, na gestão do presidente Juscelino Kubitschek (1956 a 1961), que deu início à construção do novo Distrito Federal, no primeiro ano de seu mandato.
    Do período aparentemente utópico – anos 1950 e 1960 – serão verificadas críticas aos seguintes filmes da outrora capital e ex-capital: Rio fantasia (1957), de Watson Macedo, e Rio, 40 graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos; Rio, verão & amor (1966) e El Justicero (1967), dos mesmos diretores, consecutivamente. Dos documentos serão ressaltados aspectos distópicos tanto nas obras quanto em suas leituras, bem como nas configurações sociais da época em uma relação temporal com o Brasil de 2019. Assim, considerando que os filmes não são reflexos mecânicos da sociedade, mas modos de experimentação e construção de determinados contextos sociais, a distopia será analisada enquanto 1) anomia; 2) sendo a cidade o seu lócus; e 3) como finalidade civilizatória ou projeto totalitário – no Brasil de ontem e de hoje.

Bibliografia

    ALTMANN, E. O Rio capital imaginado pela crítica cinematográfica: os casos de “Rio fantasia” e “Rio, 40 graus”. Caderno CRH, v. 30, Salvador, 2017, pp.579-596.
    AZEVEDO, A. N. de. “A capitalidade do Rio de Janeiro. Um exercício de reflexão histórica”. En _____ (Ed.) Rio de Janeiro: capital e capitalidade. Rio de Janeiro: Departamento Cultural/ Sr-3 UERJ, 2002.
    CLAEYS, G. (2013). Utopia: a história de uma ideia. São Paulo: Edições SESC SP.
    KOSELLECK, R. Futuro pasado: para una semántica de los tiempos históricos. Barcelona: Paidós, 1993.
    KUMAR, K. Utopia and anti-utopia in modern times. Oxford: Blackwell, 1987.
    MOTTA, M. Rio, cidade-capital. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
    NAGIB, L. A utopia no cinema brasileiro – matrizes, nostalgia, distopias. São Paulo: Cosac Naify, 2006
    NOVAES, A. (Coord). O novo espírito utópico. Série Mutações. São Paulo: Edições SESC, 2016

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br