O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    NEZI HEVERTON CAMPOS DE OLIVEIRA (UFF)

Minicurrículo

    Possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Cinema pela Universidade de São Paulo (1994) e mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2006). É doutorando do Programa de pós-graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense. É assessor técnico da Vice Direção de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, onde atua nas áreas do Patrimônio Cultural, da Divulgação Científica e da Produção Audiovisual.

Ficha do Trabalho

Título

    História e Nova História do Cinema Brasileiro: uma análise comparativa

Resumo

    Tendo como recorte temporal o período do chamado Cinema Silencioso (primórdios até o advento do som), esse trabalho propõe-se a realizar uma análise historiográfica comparativa das obras História do Cinema Brasileiro (1987) e Nova História do Cinema Brasileiro (2018). À luz dos respectivos quadros históricos, o intuito é identificar nos capítulos relativos ao período em foco convergências e divergências no que tange aos objetos, métodos e documentação mobilizados pelo trabalho historiográfico.

Resumo expandido

    Em Panorama da Historiografia do Cinema Brasileiro (2007), Arthur Autran busca realizar uma periodização da historiografia do cinema brasileiro, a partir de uma leitura crítica que visa a identificar as mudanças de perspectiva histórica em função dos objetos, recortes e conceitos utilizados, e dos contextos ideológicos envolvidos.
    Sua proposta contempla quatro movimentos na historiografia do cinema brasileiro, sendo o marco fundador de cada período, em geral, definido pela publicação de uma obra relevante. A passagem do primeiro período (proto-historiografia) para o segundo (historiografia clássica) se dá com a publicação de Introdução ao Cinema Brasileiro, de Alex Viany, em 1959. A demarcação do período subsequente (historiografia universitária) não ocorre a partir da publicação de uma pesquisa de relevo, mas da consolidação dos estudos de cinema no meio universitário. O quarto e último período (nova historiografia universitária) é inaugurado com a publicação de Historiografia Clássica do Cinema Brasileiro, de Jean Claude Bernardet, em 1995, obra seminal em sua crítica aos mitos, periodizações e contextos elaborados pela historiografia clássica.
    Desenvolvendo algumas ideias originalmente apresentadas por Bernardet, Autran sintetiza em seu texto o que seriam as principais características da historiografia clássica: caráter panorâmico, narratividade, cronologia e teleologia. Também aponta o que seriam as principais problemáticas desse período: as origens do cinema no Brasil, os ciclos regionais, a derrocada artística da produção com o advento do som, as chanchadas e a tomada de uma “consciência cinematográfica” em prol do desenvolvimento da sétima arte no país.
    Reverberando questionamentos colocados por Bernardet em seu ensaio de 1995, Autran põe em relevo o quadro ideológico dominante na historiografia clássica: uma concepção de cinema calcada exclusivamente na produção e ditada por uma sintonia de interesses entre historiadores e cineastas em defesa da sobrevivência do cinema nacional diante da concorrência do filme importado.
    Dentro do período nomeado por Autran como historiografia universitária, surge em 1987 a publicação História do Cinema Brasileiro, organizada por Fernão Ramos. Essa obra panorâmica, estruturada em 7 módulos que consomem 454 páginas, reúne trabalhos autorais de pesquisadores egressos do meio acadêmico. O caráter cronológico e narrativo em geral se mantém, os ciclos regionais são reiterados assim como o quadro ideológico do período anterior. Em seu prefácio, o organizador destaca que a leitura da obra facultará ao leitor entrar contato com uma “ideia fixa muito pouco racional” que acompanha toda a sua extensão: “a de fazer cinema no Brasil”. E ainda elege o universo do cinema como “o local onde se depositam fortes paixões e onde a elaboração da imagem em movimento aparece como polo de atração intenso, desafiando as mais diversas condições sociais e econômicas.”
    Em 2018, essa publicação é reeditada, agora com o título Nova História do Cinema Brasileiro, em dois volumes, com cerca de 1.040 páginas, organizada por Fernão Ramos e Sheila Schvarzman. Os dois volumes reúnem 25 artigos que incluem participantes da primeira edição e uma nova geração de historiadores que mantém, em sua maioria, vínculos com a universidade. O termo “nova” certamente não surge de forma gratuita, mas demarca influências da chamada New Film History, que, sem negligenciar necessariamente o conteúdo dos filmes, passa também a considerar sua circulação e consumo e investigar o universo cinematográfico como locus privilegiado de interações culturais e sociais.
    A partir de uma perspectiva histórica, este trabalho propõe-se a empreender uma análise historiográfica comparativa das duas obras citadas, tendo como horizonte temporal o período do chamado Cinema Silencioso. O objetivo é identificar pontos de similitude e diferença no que tange aos objetos, métodos e documentação utilizados nos capítulos que historicizam o período.

Bibliografia

    AUTRAN, A. Panorama da historiografia do cinema brasileiro. Alceu, Rio de Janeiro, PUC, v. 7, n. 14, jan-jun. 2007.
    _______. A noção de “ciclo regional” na historiografia do cinema brasileiro. Alceu. Rio de Janeiro: PUC, v.10, n. 20, jan.-jun. 2010
    BERNARDET, J. C. Historiografia Clássica do Cinema Brasileiro. São Paulo: Annablume, 1995.
    MALERBA, J. (Org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo: Contexto, 2006.
    MALTBY, R. New cinema histories. In: BILTEREYST, D.; MALTBY. R.; MEERS, P. (Orgs.). Explorations in New Cinema History: Approaches and Case Studies. Oxford: Wiley-Blackwell, 2011.
    MUSSER, C. Historiographic Method and the Study of Early Cinema. Cinema Journal, vol. 44, n. 1, 2004
    RAMOS, F. (Org.). História do Cinema Brasileiro. São Paulo: Círculo do Livro, 1987.
    RAMOS, F. P.; SCHVARZMAN, S. (Orgs). Nova História do Cinema Brasileiro. São Paulo: Edições Sesc, 2018, v.1.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
1650 Downloads

Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br