O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    CARLOS FEDERICO BUONFIGLIO DOWLING (UFPB/UFRJ)

Minicurrículo

    Carlos Dowling é cineasta independente e professor de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, atuando principalmente nos seguintes temas: filme ficcional, direção cinematográfica, direção audiovisual, roteiro audiovisual, videoclipe, documentário e roteiro cinematográfico. É doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação – ECO da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Ficha do Trabalho

Título

    THE CHALKROOM: sobre tecnologias imersivas de interação audiovisual

Seminário

    Interseções Cinema e Arte

Resumo

    A presente análise aborda The Chalkroom, instalação dos artistas Laurie Anderson e Hsin-Chien Huang exibida na 42º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O trabalho apresenta alguns conceitos base para pensar a imersão e interação frente a contemporâneos obras e objetos artísticos em matrizes digitais, e aponta para questionamentos sobre modelos de escalabilidade de exibição e respectivas guarda-conservação e acesso que acompanham o recente boom de obras e filmes imersivos de interação.

Resumo expandido

    A presente análise aplica os conceitos de realidades aiônicas em contraponto à realidade cronológica, que baseiam potencialmente narrativas audiovisuais espaciais imersivas disruptivas, para uma breve análise de processo cinematográfico contemporâneo visto e vivenciado imersiva e sensorialmente recentemente durante a 42º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
    A obra objeto desta breve análise é The Chalkroom, instalação em realidade virtual da artista multimídia Laurie Anderson e do media creator twainense Hsin-Chien Huang, que além de integrar a programação 42º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, ficou algumas semanas em cartaz numa sala especialmente preparada para a instalação que permaneceu para além do evento, para ampliar e responder ao interesse do público, visto que cada sessão da obra, que dura 20 minutos, comporta seis espectadores-interagentes por vez.
    A instalação ocupa um ambiente que se divide em dois andares, cada interagente sendo instalado em uma cadeira rotatório posicionada próxima a um cubo luminoso e recebendo um headset, com óculos VR e fones de ouvido, além de dois manches de controle, que serão os dispositivos de comando e interação com a obra. Dois técnicos monitores ajudam a posicionar os equipamentos e dão suporte aos interagentes durante toda a sessão.
    Me impressionou positivamente a articulação entre o ambiente padronizado de processos audiovisuais baseados em Realidade Virtual [VR], como gradativa e recentemente estandardizados pela indústria de entretenimento audiovisual , acrescido de conteúdos artísticos em sons e imagens bem desenvolvidos como proposto pelos artistas, tanto no que tange a programação e animação gráfica como no campo da ambientação e desenho arquitetônicos dos espaços pré e pós imersivos, instaurando estados oníricos ativos, com a sensação de movimento estereoscópico em 720 graus, muitas vezes simulando voos em velocidades controladas pelo interagente, explorando os ambientes em animação tridimensional em tons escuros, majoritária e prioritariamente em preto e branco, baseada na estética base de quadros negros e desenhos e escrituras em giz branco, acrescidas da leitura de poemas na voz da própria Laurie Anderson. A sensação de imersão vertiginosa remete e reporta a outras experiências de imersão audiovisual em realidade virtual que vivenciei anteriormente, mas acrescidas de uma sensação onírico-flutuante ativa, onde o controle da exploração espaço-ambiental instaura uma sensação semelhante a um sonho lúcido, e à sensação de potência temporal circular não linear aiônica, como descrita por Deleuze (1969/2003), em oposição a experiência convencional e hegemônica de fruição audiovisual baseada em uma narrativa linear, progressiva e cronologicamente estabelecida.
    O ambiente da instalação é composto por várias salas interconectadas por corredores que causam uma sensação de exploração em forma de labirinto, onde cada sala reporta a uma distinta experiência de potencial interação, controlada pelos dois manches manuseados pelas interagentes. Chama atenção quão bem resolvido é o presumido paradoxo estabelecido entre a produção de imagens sintetizadas através de linguagens de programação computacional digital, que resultam em experiências sensoriais que remetem a formas e materiais analógicos representados pelo clássico binômio quadro negro de lousa e bastões de giz branco, adensando a experiência de fruiçãovivência imersiva da obra.
    The Chalkroom não é um processo isolado e extemporâneo, representa uma relevante aproximação entre inovação e desenvolvimento da linguagem audiovisual, como expressivo processo que aponta a relação estabelecida entre as experimentações de linguagem e novas tecnologias audiovisuais, relação esta que instaura e mobiliza a cinematografia desde os pré-cinemas e acompanha e lastreia a evolução e desenvolvimento das linguagens cinematográfica e, de maneira mais expandida, audiovisual.

Bibliografia

    DELEUZE, Gilles. Cinéma 2. L’Image-temps. Paris: Éditions de Minuit, 1985.
    ____________. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1969/2003.
    FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Hucitec, 1985.
    ____________. O universos das imagens técnicas. Elogia da superficialidade. São Paulo: Anablume Editora, 2008.
    FRAGOZO, Fernando. A tecnologia e seus possíveis: É possível pensa-los? Rio de Janeiro: E-papers, 2004.
    MANOVICH, Lev. The language of new media. England: The MIT Press Cambridge, 2001.
    MANOVICH, Lev. AI Aesthetics. Moscow: Strelka Press, 2018.
    ____________. On the existence of digital objects. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2016.
    ____________. The Question Concerning Technology in China. An essay in cosmotechnics. United Kingdom: Urbanomic, 2016.
    ____________. Recursivity and Contingency. Rowman & & Littlefield International, 2019.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br