O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Jusciele Conceição Almeida de Oliveira (CIAC/UALG)

Minicurrículo

    Possui graduação em Letras Vernáculas/UFBA (2006). Mestre em Literatura e Cultura UFBA (2013), com a dissertação sob o título “Tempos de Paz e Guerra: dilemas da contemporaneidade no filme Nha fala de Flora Gomes”. Doutora em Comunicação, Cultura e Artes pela Universidade do Algarve-CIAC/Ualg, em Faro/Portugal, (Bolsista do Programa Doutorado Pleno no Exterior da CAPES/Brasil), com a tese: ““Precisamos vestirmo-nos com a luz negra”: uma análise autoral nos cinemas africanos – o caso Flora Gomes”

Ficha do Trabalho

Título

    A música no filme “No ritmo do Antonov” (2014) de Hajooj Kuka

Seminário

    Cinema Negro africano e diaspórico – Narrativas e representações

Resumo

    A música é de fundamental importância na cultura africana porque são formas de celebrar, festejar, comemorar que fazem parte da realidade diária temporal e espiritual, o que em África pode ser percebido como indissociável e inseparável do cotidiano. Por esta razão, o presente resumo pensa a música, o ritmo, o som e a dança como tendo um papel central na trama e a música como protagonista cultural, tradicional, crítica e rítmica, como no filme No ritmo do Antonov (Sudão/África do Sul,

Resumo expandido

    Normalmente, os filmes possuem sons, diálogos e falas característicos da trilha sonora, expressão relacionada com todos os sons produzidos no filme ou na produção audiovisual, mas quando um filme é classificado como musical o destaque são suas músicas. Contudo, na contemporaneidade a trilha está especialmente vinculada às músicas dos filmes, compostas exclusivamente para o filme ou não. A música, assim como outros aspectos estéticos e os diálogos, tem um enorme efeito emocional no espectador – alegria, tristeza, embate, medo e até liberdade: “a broader personal liberty” (LEAL-RIESCO, 2011); de modo especial, é como “dizer ao público o que deveria sentir, e quando” (BAHIANA, 2012, p. 114). Assim, a música e a dança são de fundamental importância na cultura africana porque são formas de celebrar, festejar, comemorar que fazem parte da realidade diária temporal e espiritual, o que em África pode ser percebido como indissociável e inseparável do cotidiano, tal como destaca Frank Nwachukwu Ukadike. Nesse sentido, destaca-se que a música faz parte da vida social e cultural do africano, em todas as etapas da vida desde o nascimento, a iniciação, o casamento, no trabalho, lazer, até na relação com Deus ou com o mundo dos espíritos na morte. Por esta razão, o presente resumo propõe refletir sobre a música como tema, identidades, som, tradição, discurso no documentário No ritmo do Antonov /Beats of the Antonov (Sudão/África do Sul, 2014) de Hajooj Kuka, que conta as histórias de agricultores, pastores e rebeldes que – mesmo vivendo o cotidiano dos bombardeios e da guerra nas regiões do Nilo Azul e dos Montes Nuba no Sudão, permanecem praticando e sentindo a música no seu dia-a-dia, como um fator de união cultural, como fuga dos problemas causados pelos conflitos bélicos e também como forma de resistência. Demonstrando que a música é protagonista cultural, tradicional, crítica e rítmica, o que permite pluralidade nas abordagens de análise, daí sua relevância nas películas em que ganha uma força maior, visto que da trilha sonora fazem parte todos os sons presentes no filme, inclusive a falta de som: o silêncio. Assim, a música no filme coabita com ruídos, vozes e silêncio. Além disso, a musicalidade tem um papel subversivo, que se utiliza também para combater estereótipos recorrentes e interpretações antropológicas negativas. Por essa razão, pode-se também “[a] partir da música, conhecer realidades africanas há tanto silenciadas; [a música] se apresenta como uma tarefa fundamental, porque é reveladora” (LEAL-RIESCO, 2012, p. 109).

Bibliografia

    ARNAUD, G. Musicalité africaine. Africultures: “L’africanité en question”. Paris: Edtions L’Harmattan, n.41, octobre 2001.
    BAHIANA, A M. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
    DIAWARA, M; DIAKHATÉ, L. Cinema africano: novas estéticas e políticas. Lisboa: Sextante Editora, 2011.
    LEAL-RIESCO, B. The role of music in African cinema. In. Afroscreen. 16 May 2011.
    LEAL-RIESCO, B. A caminho de um amadurecimento na utilização da música no cinema africano: Sembene, Sissako e Sené Absa. In. Filmes da África e da diáspora: objetos de discursos. Salvador: EDUFBa, 2012, p. 101-128.
    MAIA, G; SEFARIM, J F (orgs). Ouvir o documentário: vozes, músicas, ruído. Salvador: EDUFBA, 2015.
    OLIVEIRA, J. A musicalidade africana narra a vida de Vita na comédia-musical Nha fala, do cineasta Flora Gome. In. Revista Mulemba. Rio de Janeiro: UFRJ, v.1, n. 9, 2013.
    UKADIKE, F. Black African cinema. Los Angeles/USA: University of California Press, 1994.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br