CINEMA, ESTÉTICA E POLÍTICA: ENGAJAMENTOS NO PRESENTE

Resumo

    O seminário retoma a indagação que norteou seu percurso até o momento – como o cinema enfrenta e se articula com as formas contemporâneas do poder – dedicando-se, agora, a pensá-la no contexto específico da experiência brasileira, em atenção aos filmes (sua estilística, seus modos de produção e circulação). Para tanto, traçamos duas grandes linhas de indagação: 1) Quais forças históricas atuam transformando e mobilizando a produção brasileira? A que cinema se alude, nesse caso? Que recortes estabelecer, tendo em vista continuidades e descontinuidades da história? 2) Quais formas o cinema brasileiro adquire no presente, isto é, quais os modos (múltiplos, heterogêneos) pelos quais ele se engaja na experiência histórica do nosso tempo, sob as novas forças do capital e no contexto atual do nosso país? Como pensar o cinema brasileiro, atentos à produção que circula de maneira dispersa e reticular, ligada à vida dos grupos e comunidades nos quais se criam?

Coordenadores

    Cezar Migliorin
    Sylvia Beatriz Bezerra Furtado
    André Guimarães Brasil

 

Diretoria

  • Afrânio Mendes Catani – Presidente
  • Antonio Carlos Amancio da Silva – Vice-Presidente
  • Alessandra Soares Brandão – Secretária Acadêmica
  • Mauricio Reinaldo Gonçalves – Tesoureiro

 

Conselho Deliberativo

  • Erick Felinto – UERJ
  • Esther Hamburger – USP
  • Fabio Uchoa – UFSCar
  • Gilberto Alexandre Sobrinho – Unicamp
  • Luíza Beatriz Melo Alvim – UNIRIO
  • Marcel Vieira Barreto Silva – UFPB
  • Luiz Augusto Rezende Filho – UFRJ
  • Mariana Baltar – UFF
  • Gustavo Souza – UFSCar
  • Rodrigo Octávio D’Azevedo Carreiro – UFPE
  • Patricia Rebello – UERJ
  • Rafael de Luna Freire – UFF
  • Ramayana Lira de Souza – UNISUL

 

Discentes

  • Marina Costa – UFSCar
  • Jamer de Mello – UFRGS

 

Conselho fiscal

  • Paulo Menezes – USP
  • Rogerio Ferraraz – UAM
  • Rubens Machado Jr – USP

 

Comitê Científico

  • Alexandre Figueirôa – UFPE
  • César Guimarães – UFMG
  • Genilda Azeredo – UFPB
  • Maria Dora Mourão – USP
  • Miguel Pereira – PUC-Rio
  • Sheila Schvarzman – UAM

Diretoria

  • Maria Dora Genis Mourão – Presidente
  • Anelise Reich Corseuil – Vice-Presidente
  • Alessandra Soares Brandão – Secretária
  • Mauricio Reinaldo Gonçalves – Tesoureiro

Conselho Deliberativo

  • Adalberto Müller
  • André Guimarães Brasil
  • Andréa França
  • Consuelo da Luz Lins
  • João Guilherme Barone
  • Josette Maria Alves de Souza Monzani
  • Laura Loguercio Cánepa
  • Lisandro Nogueira
  • Luiz Antonio Mousinho Magalhães
  • Mariana Baltar Freire
  • Ramayana Lira de Sousa
  • Rodrigo Octávio D’Azevedo Carreiro
  • Rosana de Lima Soares
  • Rubens Luis Ribeiro Machado Júnior
  • Sheila Schvarzman

Discentes

  • André Keiji Kunigami
  • Ilana Feldman Marzochi

Suplentes Discentes

  • Reinaldo Cardenuto Filho
  • Gabriela Machado Ramos de Almeida
  • Pablo Gonçalo Pires de Campos Martins

Conselho fiscal (em ordem alfabética)

  • Afrânio Mendes Catani
  • Antonio Carlos (Tunico) Amancio da Silva
  • Paulo Menezes

Comitê Científico

  • Ângela Prysthon – UFPE
  • Bernardette Lyra – Anhembi-Morumbi
  • César Guimarães – UFMG
  • José Gatti – UTP/UFSC/SENAC
  • João Luiz Vieira – UFF
  • Miguel Pereira – PUC RJ

NOTA DE PESAR

É com profunda tristeza que a SOCINE comunica o falecimento do nosso amigo Osmar Gonçalves, professor da UFC e membro da Diretoria na gestão de 2021 a 2023.

Amigo de personalidade generosa, sensível, de olhar perspicaz para a dimensão das correlações arte contemporânea, especialmente entre a fotografia e o cinema; Osmar foi imprescindível para a elaboração e realização do Prêmio Socine, cuja primeira edição ocorreu em 2023.

Professor da Universidade Federal do Ceará e do programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM-UFC), é doutor em Comunicação pela UFMG, com bolsa-sanduíche na Bauhaus-Universität (Alemanha). Realizou pós-doutorado em Arte Contemporânea na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3 (2015) e  foi pesquisador visitante na New York University (2022).

Além das parcerias com colegas de diversas universidades brasileiras (UFRJ, da UnB, da USP e da UFPE), Osmar mantinha cooperações acadêmicas com LIRA – Laboratoire International de Recherches en Arts da Sorbonne Nouvelle (França), da Ruhr-Universität Bochum (Alemanha). Contribuiu como pesquisador e como Diretor Científico da Compós, onde coordenou o GT Comunicação, Artes e Tecnologias da Imagem. Na Socine, além de participar de Conselhos e Diretoria, coordenou o ST Interseções Cinema e Arte.

Organizou os livros “Narrativas Sensoriais: ensaios sobre cinema e arte contemporânea” (Circuito, 2014), ganhador do Prêmio FUNARTE de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais e, junto com Susana Dobal, “Fotografia Contemporânea: fronteiras e transgressões” (Casa das Musas, 2013). Em 2019, Osmar recebeu um o prêmio de fotografia PrixPhoto da Aliança Francesa.

A densidade, serenidade e delicadeza que marcaram a trajetória de Osmar, como fotógrafo, professor, pesquisador, companheiro de Diretoria, de trabalho e, principalmente, como amigo, deixará imensa saudade!

Que seus ensinamentos, reflexões e sua memória sigam vivas!

Nossos sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos de Osmar.

Diretoria Socine

[CARTA ABERTA EM DEFESA DO CENTRO TÉCNICO AUDIOVISUAL E DA CINEMATECA BRASILEIRA]

No dia 07 de agosto de 2020, a Secretaria do Audiovisual (SAv), vinculada ao Ministério do Turismo, recebeu as chaves da Cinemateca Brasileira. Desde então, mesmo após encontros com associações do setor e promessas de resolução do impasse administrativo, os rumos da instituição permanecem incertos e o acervo segue desprotegido. No dia 16 de setembro, Edianne Paulo de Abreu foi nomeada para a Coordenação Geral do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), entidade federal também vinculada à SAv. As duas entidades pertencentes ao Ministério do Turismo, responsáveis pela preservação do patrimônio audiovisual brasileiro estão com as suas estruturas de gestão fragilizadas. De um lado, um órgão público sem comando especializado, nem recursos para gerir o maior acervo audiovisual do país; de outro, uma instituição que passa a ser comandada por uma profissional sem conhecimento e preparo técnicos específicos para gerir um órgão com tamanha complexidade e importância.

O CTAv foi criado em 1985, a partir de um acordo de cooperação técnica entre a Embrafilme e o National Film Board do Canadá, com a missão de apoiar, capacitar, difundir e preservar o audiovisual brasileiro. Desde então, o CTAv apoia a produção de filmes e séries com cessão de equipamentos de filmagem e finalização, além de alguns serviços, em parcerias estabelecidas através de editais. Seu valioso acervo audiovisual inclui materiais que remontam aos anos 1930 e é constituído por cerca de 6 mil títulos e 30 mil rolos de filmes, além de 20 mil negativos fotográficos e quase 2 mil cartazes. Entre as obras, a maior parte da filmografia do pioneiro Humberto Mauro e clássicos da animação brasileira. A nova reserva técnica, lançada em 2013, possui os parâmetros climáticos ideais para a conservação de filmes e tem capacidade para 100 mil rolos. Sua existência é fundamental para a comunidade audiovisual e, devido às suas competências específicas, a instituição precisa ser comandada por profissional com experiência no setor.

As associações aqui subscritas vêm manifestar enorme preocupação com os rumos tomados pela Secretaria do Audiovisual em relação aos órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio audiovisual brasileiro e pelo apoio à produção independente. Produtores, cineastas, artistas, curadores, pesquisadores e programadores de salas e mostras de cinema dependem do acesso a esses acervos e instituições para a continuidade de seus trabalhos. Não é somente a preservação audiovisual que se fragiliza neste momento, mas toda a cadeia da produção audiovisual brasileira se vê em risco. A ausência de ações concretas para a resolução do vácuo administrativo da Cinemateca Brasileira e a nomeação de uma coordenadora sem experiência para a gestão do CTAv fragilizam o audiovisual brasileiro.

Em um Estado democrático de direito, as políticas públicas devem ser formuladas com o setor produtivo e a sociedade civil – e jamais estar a reboque de interesses eleitorais. Defendemos, portanto, a importância de um princípio fundamental da gestão pública: a necessidade de nomeações de caráter técnico para órgãos públicos, com o reconhecimento das características técnicas, administrativas e culturais das instituições vinculadas ao audiovisual brasileiro e do mérito dos profissionais especializados da área.

São Paulo, 21 de setembro de 2020.

ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual
ABRACI – Associação Brasileira de Cineastas
APAN – Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro
ABRACCINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema
SOCINE – Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema
ABCA – Associação Brasileira de Cinema de Animação
ANDAI – Associação Nacional Distribuidores Independentes
API – Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro
ABD-SP – Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas de São Paulo
ABD-DF- Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas do Distrito Federal
ABD-GOIÁS – Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas de Goiás
APTC-RS – Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do RS
SOS Cinemateca-APACI – Associação Paulista de Cineastas
Movimento Cinemateca Acesa
ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo
STIC – Sindicato Interestadual dos  Trabalhadores na Cinematográfica e do Audiovisual  – RJ
SINDCINE – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal

SIAESP – Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo

Caros associados,
 
Estará aberta de hoje, 29 de janeiro de 2018, até o dia 16 de fevereiro de 2018 a chamada para proposição ou reproposição dos Seminários Temáticos para o biênio 2018-2019 da SOCINE. A inscrição de proposta está condicionada ao pagamento da anuidade, então será preciso esperar a compensação bancária do pagamento realizado.

Lembramos que, de acordo com decisão de Assembleia Geral da Socine (São Paulo, 2009), ficou estabelecido que os Seminários Temáticos teriam um prazo de vida máximo de seis anos, a partir de 2010, sendo que a cada dois anos desse período, o Seminário precisaria ser reproposto com a troca de pelo menos dois coordenadores, que poderiam voltar à coordenação após o intervalo de dois anos. Tomamos como base o ano de 2010 para início deste ciclo de 6 anos para os STs da Socine (2010-2011/2012-2013/2014-2015). Além disso, levamos em consideração que alguns Seminários começaram seu ciclo de 6 anos em 2010, mas outros só iniciaram depois, em 2012 e 2014. 
 
Para inscrever a proposta basta entrar com a senha de associado no menu inicial, clicar em ENCONTRO, do lado esquerdo da tela, e em seguida aparecerá a opção “Proposta de Seminário”. Um dos coordenadores submete a proposta e os outros dois podem assinar clicando na opção “Incorporar-se à proposta”. Seguem as diretrizes para submissão das propostas.


 

As diretrizes para proposição de Seminários Temáticos para os Encontros anuais de 201e 2019​ são: 

  1. Cada seminário proposto deve contar com a assinatura de três coordenadores doutores de Instituições de Ensino Superior diferentes e que tenham apresentado trabalho em, no mínimo, dois encontros da SOCINE;
  2. Os seminários já existentes podem ser repropostos a cada dois anos, desde que com duração máxima de 6 anos. Para a reproposição de STs que ainda não completaram seus 6 anos de duração, é necessário haver a substituição de pelo menos dois coordenadores;
  3. O prazo para o envio de propostas é de 29 de janeiro de 2018 a 16 de fevereiro de 2018, sem possibilidade de adiamento;
  4. As propostas de Seminários Temáticos devem acompanhar as seguintes indicações: Título (até 100 caracteres); resumo curto (até 1.000 caracteres); resumo expandido (até 4.000 caracteres com espaço), bibliografia (1.000 caracteres) e mini-currículo de cada coordenador (500 caracteres);
  5. A avaliação das propostas se dará da seguinte maneira:​
    ​A. Em um primeiro momento, a secretaria verificará se todos os requisitos formais foram atendidos. O não atendimento a esses quesitos acarreta a eliminação da proposta.
    B. Em seguida, as propostas formalmente aprovadas serão encaminhadas para avaliação por uma comissão composta por membros do Conselho Deliberativo e do Comitê Científico que não sejam proponentes.
  6. Os critérios para avaliação serão os seguintes:
  • especificação de como o ST se renova, em caso de reproposição, e de sua relevância para os estudos de cinema, no caso de primeira proposição;
  • coerência dos objetivos com a proposta geral do ST;
  • pertinência e engajamento com perspectivas contemporâneas dos referenciais teórico-metodológicos;
  • demonstração do potencial de nucleação e construção de redes.    ​
  1. Cada proposta deverá ser encaminhada pelo 1º coordenador do ST mediante preenchimento de formulário online disponível na área do associado. Os outros dois coordenadores deverão agregar os seus nomes à proposta, também pelo site e dentro do prazo máximo estabelecido (​16 de fevereiro de 2018). Assim, todos os proponentes devem entrar em sua área de associado e seguir as instruções, propondo novo seminário ou incorporando-se a alguma proposta de seminário já realizada pelo primeiro coordenador;
  2. A proposta só será validada se todos os três coordenadores tiverem efetuado inscrição pelo site, de acordo com o item 7 acima
  3. A lista final de STs aprovados será divulgada no dia 26 de março de 2018.