Trabalhos Aprovados 2019

Ficha do Proponente

Proponente

    TIAGO MENDES ALVAREZ (UFPR)

Minicurrículo

    Mestre em Comunicação e Linguagens na linha de Cinema e Audiovisual e Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, atualmente é professor de fotografia do ensino superior do curso de Cinema e Audiovisual da UNESPAR – Campus Curitiba II/FAP, coordenador e professor do curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo no Colégio Estadual do Paraná. Realizou extensão em fotografia digital na EICTV (Escuela Internacional de Cine y TV de Cuba, em 2012).

Ficha do Trabalho

Título

    2019 | 2049: A DIALÉTICA CROMÁTICA EM BLADE RUNNER

Seminário

    Teorias e análises da direção de fotografia

Resumo

    Neste artigo, pretende-se analisar a relação dos filmes Blade Runner (1982) e Blade Runner 2049 (2017), traçando um paralelo entre as duas obras. Tendo como base os estudos da teoria das cores na direção de fotografia, destaca-se a importância da presença da cor como elemento narrativo, base pela qual se pode estabelecer uma continuidade entre os filmes.

Resumo expandido

    A intrínseca relação entre a cinematografia Noir e Blade Runner (1982) se caracteriza de forma intensa pela presença de luzes anguladas e do alto contraste de figuras e cenários no plano cinematográfico. A iluminação e efeitos cromáticos construídos por Jordan Cronenweth, fotógrafo de Blade Runner, resgata a estética do claro-escuro dos anos 40 e 50, apresentando novas concepções imagéticas a partir da apropriação de matizes e contrastes. Trinta e cinco anos depois, Roger Deakens, fotógrafo de Blade Runner 2049 (2017), estabelece uma linha contínua em relação ao filme predecessor. Deakens parece remodelar a estrutura da imagem fílmica sem descaracterizar a essência anterior, apresentando uma expressiva dialética dada por meio da cromaticidade, elemento existente na duas cinematografias. Desta forma, essa relação cromática que estabelece um diálogo, pode estar contida nos tipos de iluminação e temperaturas de cor, no uso de determinados enquadramentos e movimentos de câmera, como também na definição das cores dos figurinos, objetos e adereços do filme. Neste artigo, pretende-se analisar a relação dos filmes supracitados, tendo como base os estudos da teoria das cores na direção de fotografia, destacando a importância da presença da cor como elemento narrativo, base pela qual se pode estabelecer uma continuidade entre os filmes.

Bibliografia

    ALBERS, Josef. A interação da cor. São Paulo: Martins Fontes, 2009. ALMENDROS, Nestor. Días de una cámara. Barcelona: Seix Barral, 1993. AUMONT, Jacques. A estética do filme. São Paulo: Papirus, 1995. LUCIANO, Guimarães. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores. 3oed. São Paulo: Annablume, 2004. LOISELEUX, Jacques. La luz en el cine Cómo se ilumina con palavras. Cómo se escribe con la luz. Barcelona: Paidós, 2005. MOURA, Edgar. 50 anos luz, câmera e ação. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2001. MOURA, Edgar. Da Cor. Santa Catarina: iPhoto Editora, 2016. PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac, 2004. SANTAELLA, Lucia, NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 2008.