Trabalhos Aprovados 2019

Ficha do Proponente

Proponente

    Leandro José Luz Riodades de Mendonça (UFF)

Minicurrículo

    Leandro José Mendonça ensina arte, cinema, economia da cultura e direitos autorais. É professor permanente no PPED/UFRJ- Programa de pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, no PPGCA/UFF – Programa de pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes e do PPCULT/UFF – Programa de pós-graduação em Cultura e Territorialidades. Membro do INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia História Social das Propriedades e Direitos de acesso e pesquisador integrado ao CEIS 20

Ficha do Trabalho

Título

    Autoria e o cinema periférico

Seminário

    Cinemas pós-coloniais e periféricos

Resumo

    O ponto de partida é a historicidade da noção de autor e as relações de apropriação geradas pela proteção à propriedade autoral. O termo periférico serve também como biombo para a visibilidade e a construção de uma ideia de interno/externo na criação de valor seja estético seja econômico.

Resumo expandido

    O ponto de partida é a historicidade da noção de autor e as relações de apropriação geradas pela proteção à propriedade autoral. O termo periférico serve também como biombo para a visibilidade e a construção de uma ideia de interno/externo na criação de valor seja estético seja econômico. Trata-se de um mapeamento sobre os processos de criação subjetiva de autoria cinematográfica esteja essa relação suportada ou não pelos procedimentos artísticos e/ou sistemas de legitimação/deslegitimação autoral. Através de discussões sobre a relação autoral e sua inserção ao conceito de novidade subjetiva pretende-se uma análise sobre distinções e semelhanças das noções de ideia de criação, de original, de originalidade e obra primígena. Nas periferias as tendências são de negar possibilidade de circulação associado a ideia de ter o filme um baixíssimo valor econômico. Como constantemente são os filmes periféricos legitimados no circuito de festivais são, também, intermediados na exibição por distribuidoras que entendem terem esses filmes apenas no mercado de “Cinema Autoral” ou “Cinema de Autor”. Boa parte do pensamento sobre cinema consideram os dois rótulos como um estilo de produção cinematográfica onde o diretor e a expressão “mise-en-scène” suporta um leque ferramental que daria identidade a relação autoral. Ao destacar o diretor como principal foco no talho criativo remete a fita para um nicho de distribuição/exibição. Além de fundamento principal da relação autoral implica no uso de aparato técnico restrito ao sistema de financiamento que viabiliza essa produção.

Bibliografia

    Barbosa, Dênis Borges. Contributo Mínimo na Propriedade Intelectual, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
    Barbosa, Dênis Borges, Barbosa, Ana Beatriz Nunes. Proteção de títulos de obras, acessado em 15/11/2018 http://www.nbb.com.br/pub/audiovisual03.pdf
    Woodmansee, Martha. The author, art, and the market: rereading the history of aesthetics. NY: Columbia University Press, 1994.
    Charvat, William. The Profession of Authorship In America, 1800-1870. Columbus, Ohio State University Press, 1968.