Trabalhos Aprovados 2018

Ficha do Proponente

Proponente

    Angélica Coutinho (ANCINE/FACHA)

Minicurrículo

    Servidora concursada da ANCINE desde 2011, atual Superintendente de Desenvolvimento Econômico tendo atuado na área de seleção de projetos e secretária de políticas de financiamento. Jornalista com experiência de 26 anos em televisão como repórter, editora, roteirista e diretora de programas. Professora universitária desde 1990 tem mestrado em doutorado em Letras (PUC-RJ) com pesquisa sobre narrativa audiovisual é coordenadora dos cursos de Pós-graduação em Roteiro e em Produção Audiovisual.

Ficha do Trabalho

Título

    Políticas Públicas do Audiovisual-A experiência dos núcleos criativos

Resumo

    Em 2013, a Agência Nacional do Cinema lançou o primeiro edital voltado para o financiamento do desenvolvimento do projetos audiovisuais. O principal deles era o de Núcleos Criativos que permitia a um agente econômico regularmente registrado na Agência a inscrever uma carteira de projetos para desenvolvimento e posterior comercialização no mercado audiovisual. O objetivo de nossa comunicação é avaliar os resultados da política de desenvolvimento apresentando um levantamento inédito de dados.

Resumo expandido

    O desenvolvimento de projetos audiovisuais, que inclui desde a pesquisa até a escrita do roteiro, tem sido historicamente pouco valorizado no Brasil. Em geral, são atividades realizadas “no risco”. O pesquisador e roteirista trabalham e apenas são remunerados caso o projeto se viabilize. Atividades, obviamente, menos valorizadas do que outras remuneradas desde o início do projeto. Em contraposição, o desenvolvimento é justamente aquilo que permite que o projeto se torne obra e vá ao mercado gerando renda para vários segmentos da cadeia audiovisual.
    O fomento ao desenvolvimento sempre foi possível através do fomento indireto – utilização de leis de incentivo – mas pouco acessado. No entanto, desde 2013, a ANCINE criou iniciativas de investimento no campo do desenvolvimento, uma delas nomeada NÚCLEOS CRIATIVOS que permitia a agentes econômicos inscrever carteiras de projetos sob a rubrica de investimento, ou seja, garantindo retorno econômico a partir da viabilização das obras desenvolvidas. O edital chamado PRODAV 03 teve desde então cinco chamadas públicas contemplando números diversos de núcleos – inicialmente 28 e posteriormente 14, quando houve a criação do PRODAV 13 – renovação de núcleos, que permitia ao agente econômico já selecionado e tendo entregue os projetos desenvolvidos, propor uma nova carteira.
    A proposta desta comunicação é fazer uma balanço das carteiras selecionadas, as correções efetuadas de acordo com o retorno da seleção, a viabilização dos projetos e a busca por renovação. A questão que se coloca é se o investimento proposto é viável economicamente, qual o impacto sobre o mercado em termos de viabilização e desenvolvimento.
    Por outro lado, é preciso avaliar o resultado dos processos de seleção através do diagnóstico de quem são os agentes econômicos envolvidos e quais os resultados que apresentam. Pretendemos demonstrar o que realmente foi viabilizado cinco anos depois da primeira iniciativa analisando os dados das solicitações de renovação através dos PRODAV 13.
    Trata-se de um levantamento inédito que permite mapear os parâmetros de seleção definidos para os núcleos criativos e sua relação com os resultados da política pública. A partir do levantamento será possível avaliar questões mais amplas do investimento no audiovisual apontando para um possível redesenho que aponte para a necessidade de redefinir a proposta de financiamento.

Bibliografia

    Observatório do Cinema e do Audiovisual – OCA/ANCINE. oca.ancine.gov.br
    Site do BRDE/ANCINE. brde.ancine.gov.br
    Site do FSA. fsa.ancine.gov.br