Trabalhos aprovados 2025

Ficha do Proponente

Proponente

    Daniele Santos Santana (UniRio)

Minicurrículo

    Mulher, negra, nordestina, professora, estudante. Na área profissional, desenvolvo projetos culturais que dialogam com a educação, o teatro e com a linguagem audiovisual, tendo como público alvo estudantes da educação básica. No campo acadêmico, doutoranda em Artes Cênicas; mestra em Artes; licenciada em Teatro e Pedagogia; especialista em Gestão e Orientação Educacional, Artes Visuais e Gênero e Diversidade na Escola; tecnóloga em Produção Cultural e futura técnica em Produção Audiovisual.

Coautor

    Agnes Aparecida Santos (UFRGS)

Ficha do Trabalho

Título

    Formação Clandestina de Cinema

Resumo

    A Formação Clandestina é uma das atividades desenvolvidas pelo Coletivo Clandestina e tem por objetivo oferecer cursos sobre a contribuição feminina no cinema, com o propósito de evidenciar a história das mulheres no cinema brasileiro e, em especial, no cinema goiano.

Resumo expandido

    O projeto Formação Clandestina de Cinema tem por principal objetivo, desenvolver ações de cunho artístico, pedagógico e cultural com enfoque na valorização de mulheres na produção cinematográfica, bem como trabalhar a sensibilização e formação de público para o cinema na Cidade de Goiás. O Coletivo Clandestinas atua na cidade de Goiás desde 2018, exibindo, divulgando e debatendo obras audiovisuais dirigidas por mulheres, tanto em sua Mostra oficial anual, quanto em suas duas mostras itinerantes já realizadas. Assim, a atividade de formação vem se somar à série de atividades realizadas pelo Coletivo no intuito de consolidar o debate de gênero na cena do audiovisual brasileiro e goiano.
    Com essa proposta de promover um espaço de debate que mobilizasse a produção, distribuição e divulgação de obras audiovisuais dirigidas por mulheres (cis, trans pessoas não binárias), a Formação Clandestina de Cinema realizou, em 2024, sua primeira edição, ofertando o curso Mulheres no Audiovisual, em formato híbrido e dividido em dois Módulos. No primeiro módulo, “Mulheres no audiovisual brasileiro”, a ministrante Maiári Iási enfatizou principalmente o histórico das produções audiovisuais feitas por mulheres no país, trazendo dados relevantes para esse debate. Já no segundo módulo “Mulheres no Audiovisual Goiano”, a professora e doutora Naira Rosana, trouxe dados da sua pesquisa sobre as cineastas goianas. Ademais, os Módulos contaram com convidadas que enriqueceram os debates – Silvana Beline; Lara Damiane; Taís Oliveira; e Manuela Veloso – e destacaram ainda mais as mulheres do audiovisual.
    Cada Módulo foi desenvolvido no período de três meses, com encontros semanais, exibições audiovisuais, realização de atividades, dentre outras práticas pedagógicas, estimulando, assim, a redução das desigualdades de gênero e raça no audiovisual brasileiro. A Formação instigou também a formação de público e a sensibilização da comunidade local ao cinema brasileiro feito em Goiás, realizado por mulheres. As atividades foram direcionadas preferencialmente a residentes dos setores Aeroporto, Rio Vermelho, comunidade do Quilombo Alto Santana e na rua Cambaúba, no Centro Histórico da Cidade de Goiás, com divulgação do projeto nas comunidades e escolas das regiões escolhidas.
    O projeto proporcionou ainda, em parceria com a V Mostra Clandestina Cinema e com a participação da produtora audiovisual Camila Mendes, a Roda de Realizadoras, um encontro presencial, na cidade de Goiás, onde foram compartilhadas experiências e desafios das produtoras audiovisuais.

Bibliografia

    ARAÚJO, Lucina Corrêa de. Cléo de Verbena e o trabalho da mulher no cinema silencioso brasileiro. In: HOLANDA, Karla. TEDESCO, Marina Cavalcanti. Organização. Feminino e Plural, mulheres no cinema brasileiro. Papirus Editora. Campinas, 2017.

    BARSOSA, Neusa. Pioneiras na realização cinematográfica no Brasil. In: LUSVAEGHI, Luiza. SILVA, Camila Vieira da. Org. Mulheres atrás das câmeras – as cineastas brasileiras de 1930 a 2018. Estação Liberdade. São Paulo, 2019. (p.17 a 28)

    HOLANDA, Karla. TEDESCO, Marina Cavalcanti. Organização. Feminino e Plural, mulheres no cinema brasileiro. Papirus Editora. Campinas, 2017.

    LUSVAEGHI, Luiza. SILVA, Camila Vieira da. Organização. Mulheres atrás das câmeras – as cineastas brasileiras de 1930 a 2018. Estação Liberdade. São Paulo, 2019.

    QUEM TEM MEDO DAS MULHERES NO AUDIOVISUAL? Outras Palavras. Por
    Redação. Artigo publicado em março de 2016. Disponível em: https://outraspalavras.net/blog/quem-tem-medo-das-mulheres-no-audiovisual/. Acesso em 09/201