Trabalhos Aprovados 2022

Ficha do Proponente

Proponente

    Tiago Bravo Pinheiro de Freitas Quintes (UFF)

Minicurrículo

    Cineasta e pesquisador. Possui graduação em Cinema (Universidade Estácio de Sá – RJ), especialização em Artes Visuais: Cultura e Criação (Senac – RJ), e é mestre no Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual – PPGCine (Universidade Federal Fluminense). Exerce o cargo de técnico em audiovisual no Instituto Federal Fluminense, em Campos. Eleito como reprentante civil na Câmara Técnica de Audiovisual do Conselho Municipal de Cultura de Campos dos Goytacazes – RJ (Gestão 2021 a 2023).

Ficha do Trabalho

Título

    Cinemadroga

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Formato

    Presencial

Resumo

    A proposta do presente estudo é analisar a coluna Cinemadroga, publicada na Folha do Commercio, de Campos (RJ), entre os anos 1910 e 1911. A coluna abusa de um humor sarcástico e debochado, com textos tenazes, contendo humor e velocidade. Tudo isso assinado por ninguém menos que Max…Linder! A análise tem como objetivo compreender o significado do nítido trocadilho entre as palavras cinematógrafo, cinema, e droga, e elucidar como esta concepção permeia todo o estilo de escrita dos textos.

Resumo expandido

    A proposta do presente estudo é analisar a coluna Cinemadroga, publicada na Folha do Commercio, de Campos dos Goytacazes, estado do Rio de Janeiro, entre os anos 1910 e 1911. A coluna abusa de um humor sarcástico e debochado para falar sobre os espaços com exibição cinematográfica na cidade, os costumes do público e dos empresários, e vai além, tratando também dos tipos populares campistas, e ainda, publicando inflamados versos que muitas vezes escancaravam críticas engasgantes aos jornalistas dos periódicos concorrentes. Tudo isso assinado por ninguém menos que Max…Linder (com as reticências nos originais).
    A análise tem como objetivo compreender o significado do nítido trocadilho entre as palavras cinematógrafo, cinema, e droga, presente no título da coluna, e elucidar como esta concepção permeia todo o estilo de escrita dos textos.
    A partir do entendimento de que a palavra droga já possuía, em 1910, o significado de algo viciante, diferentemente de remédio ou de simplesmente uma substância ilícita, o presente estudo busca respostas sobre o que o cinema simbolizava para a pessoa autora da coluna, e quais características intrínsecas ao cinema, como velocidade, tenacidade, humor e abuso, eram introduzidas nas páginas do jornal.
    O início da década de 1910 foi um momento de estabilização do cinema como um meio autônomo, e o estudo das publicações de Cinemadroga contribui para o entendimento do que o meio representava, no sentido espectatorial, para o público em geral e para Max…Linder.

Bibliografia

    ELSAESSER, Thomas Elsaesser. Cinema como arqueologia das mídias. São Paulo:
    Edições Sesc São Paulo, 2018.
    Folha do Commércio, Campos dos Goytacazes, 1910, Ano 2.
    Folha do Commércio, Campos dos Goytacazes, 1911, Ano 3.
    STEYER, Fábio Augusto. Cinema, Imprensa e Sociedade em Porto Alegre (1896-1930). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
    QUINTES, Tiago Bravo Pinheiro de Freitas. Os primórdios do cinema em Campos dos Goytacazes. Dissertação de mestrado. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2022.
    VENÂNCIO, Renato Pinto; CARNEIRO, Henrique. Álcool e drogas na história do Brasil. São Paulo: Alameda; Belo Horizonte: Editora PUCMinas, 2005.