Trabalhos Aprovados 2022

Ficha do Proponente

Proponente

    Rafael Sbeghen Hoff (UFAM)

Minicurrículo

    Graduado em Jornalismo, mestre em Letras e Cultura Regional, doutor em Ciências da Comunicação e Informação, docente do curso de Jornalismo da UFAM, professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação, líder do Grupo de Pesquisa em Processos Imagéticos (PRIMA-UFAM), vice-líder do Grupo de Pesquisa em Estéticas e Processos Audiovisuais (ARTIS-UFRGS).

Ficha do Trabalho

Título

    Coletivos e cinema de grupo: a organização do trabalho em rede no RS

Formato

    Presencial

Resumo

    A proposta desta apresentação é discutir sobre as formas de organização em rede das equipes cinematográficas, em especial as de baixo orçamento, usando o exemplo de equipes do Rio Grande do Sul, Brasil. E com isso perceber a criação de ambiências de cinema em várias cidades do Estado.

Resumo expandido

    Partindo de filmes de baixíssimo orçamento realizados no Rio Grande do Sul, desde os anos 2010, pretende-se ver como pequenos coletivos estão organizando suas produções a fim de manterem um mercado audiovisual em cidades do Estado em que quase não havia produção até a bem pouco tempo, e com isso constituindo uma ambiência de cinema. Pretendemos problematizar a ideia do cinema em rede como forma de organização do trabalho, que resgata modelos há bastante tempo esquecidos, como os cooperativados. A discussão integra o projeto de pesquisa “Cinema brasileiro e a economia da dádiva: o baixo orçamento como projeto político-estético”, que teve financiamento do CNPq até 2020, e é realizado pelo ARTIS – Grupo de Pesquisa em Estética e Processos Audiovisuais, junto ao PPGCOM/UFRGS. Como principais observações, apontamos que, para os grupos, a organização em rede é também uma forma de partilhar o interesse por uma temática, ou por uma forma artística de trabalho que lhes é cara, porém isso não significa que desconsiderem a questão do retorno financeiro dos filmes. Nesses modelos de trabalho, outras formas de retorno, simbólicos, são observados e igualmente desejados, como a participação em festivais nacionais e internacionais e as premiações. E isso impulsiona esses coletivos para produções maiores e mais caras.

Bibliografia

    CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
    IKEDA, Marcelo (2012). O novíssimo cinema brasileiro. Cinéma d´Amerique Latina, n.20, p. 136-149.
    MARTINS, Paulo Henrique (2004). A sociologia de Marcel Mauss: dádiva, simbolismo e associação. Revista crítica de ciências sociais. Coimbra.
    OLIVEIRA, Maria Carolina Vasconlos (2015). O lugar dos independentes: práticas e representações de independência a partir da observação do “novíssimo” cinema brasileiro. Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs,.
    RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível (2005). Estética e política. São Paulo: Editora 34,
    ROSSINI, Miriam de Souza et al (2016). Tendências do Cinema Brasileiro Contemporâneo. Modelos de produção e de representação. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, Famecos/PUCRS, v.21, n.35, p.2-11.