Trabalhos Aprovados 2016

Ficha do Proponente

Proponente

    João Guilherme Barone Reis e Silva (PUCRS)

Minicurrículo

    Doutor em Comunicação pelo PPGCOM-PUCRS, onde atua como professor e diretor da Faculdade de Comunicação, FAMECOS. tem pesquisa e publicações nas áreas de indústria audiovisual, distribuição e tecnologias. Mestrado em Comunicação e Indústrias Audiovisuais pela Universidade Internacional da Andaluzia.

Ficha do Trabalho

Título

    Uma Plataforma Piloto para o Audiovisual Regional

Resumo

    Relato dos resultados finais do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Consumo em Rede- Distribuição de Conteúdos Audiovisuais em Plataformas Digitais, iniciado em 2013, através de convênio entre a Secretaria de Inovação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul e a PUCRS. Em 2016, o projeto desenvolveu o piloto de uma plataforma no formato VOD, com o objetivo de fazer circular a produção já existente no Rio Grande do Sul, fortalecendo a cadeia produtiva local.

Resumo expandido

    Esta comunicação consiste em um relato dos resultados finais do Projeto de Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Consumo em Rede- Distribuição de Conteúdos Audiovisuais em Plataformas Digitais, iniciado em 2013, através de convênio entre a Secretaria de Inovação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul e a PUCRS. Após uma etapa inicial de levantamento de dados sobre novas formas de consumo audiovisual, considerando cinema, televisão, web e mídias móveis, com a participação de consultorias externas e colaboração de doutorandos do PPGCOM da PUCRS e bolsistas de Iniciação Científica, houve a constatação da forte tendência de plataformas VOD como mecanismos capazes de oferecer soluções inovadoras para ampliar a circulação de um catálogo de títulos já existente. Inicialmente, a ideia estava voltada para desenvolver um piloto de plataforma a ser oferecido às empresas produtoras e distribuidoras do RS que poderiam utilizá-lo de forma customizada. Entretanto, o projeto elaborou um mapeamento de como as produtoras estavam utilizando distribuição digital e verificou-se que seria mais produtivo e inovador, propor uma plataforma setorial para o audiovisual gaúcho. Assim, seria possível organizar e dar acesso ao público a um grande número de títulos, entre filmes de curta e longa metragens, seriados, minisséries, musicais e outros formatos, os quais já haviam sido comercializados nas mídias tradicionais, seja a sala de cinema ou a televisão e mesmo a venda em DVD. Constatou-se ainda que a comercialização desse catálogo de títulos através da plataforma, poderia resultar em renda adicional para os produtores ou detentores dos direitos destes títulos. O projeto passou então a desenvolver um layout de plataforma que recebeu a denominação provisória de Paralelo 30, trabalhando com um conceito de reunir a produção regional e torna-la acessível numa amplitude global.O que se constatou no mapeamento do mercado local foi que todas as noventa e duas (92) produtoras pesquisadas que se encaixavam no critério exibiam seus conteúdos na internet através de alguma plataforma/site/serviço de vídeos (YouTube , Vimeo e outros). O interesse das produtoras por essas plataformas específicas de distribuição de conteúdo audiovisual conduziu a
    pesquisa para a sua terceira etapa, na qual foi constatado que o “produto símbolo”
    da entrada (e da cada vez mais evidente consolidação) da internet no meio audiovisual é a elaboração de uma plataforma de exibição via streaming com conteúdo sob demanda. A relevância e a permanência deste novo modelo de distribuição em mercados no exterior, conforme destacado por Keating (2012) ao narrar a formação da Netflix, sugerem que a meta de desenvolver a plataforma piloto surgiu em um momento relevante da indústria cinematográfica brasileira e local.
    O projeto recebeu também alguns aportes importantes sobre hábitos e comportamentos do consumo do entretenimento audiovisual, adotando um espectro que mostra mudanças e transformações, desde o surgimento do Vídeo Home, até o momento atual caracterizado por uma ênfase na ruptura dos modos tradicionais de entrega geofísica de uma programação de conteúdos, em substituição a um modo de consumo baseado no em qualquer lugar e a qualquer hora. Os levantamentos do projeto estão organizados e publicados em http://blog.consumoemrede.com.br/.

Bibliografia

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