30/09 – Quarta-feira – 19h
Experiências Estéticas e Narrativas do Insólito no Audiovisual
Tiago Monteiro / Ana Acker / Filipe Falcão
Com o objetivo de articular questões de ordem política, social, tecnológica, filosófica e estética, o Insólito audiovisual é um conceito de amplo espectro que abrange nuances como o estranho/inquietante, o maravilhoso, o horrífico, o grotesco, o realismo mágico, o fantasismo e a ficção-científica/especulativa. Tais narrativas de subversão das matrizes realistas têm se revelado cada vez mais expressivas nas produções contemporâneas em diversas plataformas. Em 2020, a urgência de reflexão acerca do insólito se faz ainda mais profícua frente às instabilidades cognitivas e sensíveis catalisadas pela pandemia da covid-19 quando, não raro, termos, imagens e percepções associadas ao universo do horror, da ficção científica, e do estranho são acionadas pela imprensa ou mesmo nas conversas cotidianas, em uma tentativa de dar conta do cenário turbulento que atravessamos, evidenciando, assim, a pertinência das discussões acerca do insólito e suas modulações.
Link da live: https://youtu.be/etRoiOFx_wY
01/10 – Quinta-feira – 19h
Diálogos sobre espectatorialidades femininas no audiovisual
Regina Gomes / Letícia Moreira / Enoe Lopes Pontes
Mediação – Andy Jankowski
Nossa proposta é de uma roda de conversa sobre a espectatorialidade feminina partindo de três eixos que serão conduzidos pelas integrantes da mesa. O primeiro introduzirá reflexões sobre as contribuições das pioneiras a partir de intervenções críticas de teóricas feministas nos anos de 1970 e 1980, cujas teorias convocam a psicanálise e a semiótica como chaves interpretativas para avaliar a experiência feminina no cinema hegemônico, repensando conceitos importantes como o “male gaze”, vouyerismo e “mascarede”. O segundo eixo apresenta as perspectivas críticas que apontam para a interseccionalidade do gênero com outras categorias, tensionando o binarismo que marca as perspectivas anteriores. Já o terceiro aporte busca pensar a atividade espectatorial das fãs, problematizando o papel que as mulheres ocupam quando estão inseridas em fandoms organizados, já que estudos demonstram que as figuras femininas habitam estes grupos em maior quantidade e em número mais forte de participação.
Link da live: https://youtu.be/Z9pa7JYmTcQ
02/10 – Sexta-feira – 19h
Mulheres à margem no audiovisual
Hanna Henck Dias Esperança / Virgínia Jangrossi / Susana Aparecida dos Santos
Por meio de três obras audiovisuais brasileiras, o debate tem como intuito analisar criticamente a representação de mulheres que se desviam do padrão imposto pela sociedade patriarcal.
O recorte temporal, entre o final dos anos 1950 até meados dos anos 1980, compreende certos aspectos da sociedade brasileira que se perpetuam como questões relevantes até os dias de hoje.
– “Como um olhar sem rosto (As presidiárias)”, documentário de Maria Inês Villares (1983), registra a situação das mulheres presidiárias.
– “As bellas da Billings”, filme de ficção de Ozualdo Candeias (1987), aborda a temática da prostituição.
– “Coisa Mais Linda” série de Heather Roth, Giuliano Cedroni (2019), trabalha a questão do aborto, realizado após um estupro conjugal.
Link da live: https://youtu.be/I-ABMU6Rjng